sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval 2006 - Caprichosos de Pilares / Vila Isabel - republicação


Pessoas, 


em 2006 nosso carnaval foi lá na Sapucaí. Desfilamos na Caprichosos de Pilares. Mesmo com alguns perrengues, o saldo foi positivo. Vale a pena!


Pela internet, dá pra encontrar vários sites que vendem fantasias e entregam em algum endereço no Rio. Tem de todo preço! No caso, optamos pela mais barata (R$ 270,00 na época). Recomendo optar por uma mais confortável e numa escola organizada. Talvez vocÊ faça isso uma vez na vida, então tudo bem abrir a carteira.

Na mesma estadia no Rio, fomos no carnaval de rua em Vila Isabel e também foi fantástico! Talvez até mais...pela simplicidade: povo na rua, spray de espuma, marchinhas de carnaval...uma delícia.



Mas a avenida tem muitas encantos também! A grandiosidade, uma infinidade de gente, a bateria.....Tem que desfilar pelo menos uma vez na vida!!!!!  Vai aí, logo após as fotos, a republicação do post feito após a folia.






"E não é que a Caprichosos foi rebaixada...mereceu um pouco. Mas vamos aos relatos.

Desfilar é muito bom. É emocionante. Mas a espera foi cruel!!! A Rocinha atrasou né....quebrou carro e tudo mais. Isso nos rendeu 2 horas a maisde espera para entrar na avenida. Nessa espera choveu. E o cheirão de xixi subiu, aquela nhaca básica. Nessa hora, ainda não tínhamos entrado na concentração (que é onde a escola se reúne e se organiza pra dali entrar na avenida). Estávamos ainda na rua, junto com o pessoal da escola. Aquela fantasia pesa muito!!!! Então sempre ficavam apoiadas no chão, e com a bendita chuva, que formou uma água imunda e fedorenta nas ruas, as fantasias ficaram todas molhadas e fedidaças....Ok. Abriram a concentração e começamos a ir em direção. Aquela multidão. Até que aparece uma cara da escola, numa educação de dar inveja e grita: "Pqp, primeiro os carros, depois as pessoas". Obedientes que somos, esperamos. Qdo os carros passaram, todos resolveram ir juntos. Obviamente com o espaço de circulação reduzido, pois os carros são enormes. E com aqueles trambolhos pendurado nas costa e na cabeça (quase todas as fantasias têm trambolhos). Resultado: todo mundo se enganchou e ficava sempre parado no meio do caminho um bolo de foliões com as fantasias presas umas nas outras. E sempre algum não percebia e continuava andando, arrastando outros 4, que, por sua vez, segurava em alguém da família pra não se perder e começava aquela gritaria e o caos estava armado.

Tinha horas que eu olhava pra cima e só via fantasia. Ninguém ia nem pra frente nem pra trás, e ainda tinha sempre umas penas das outras fantasias passando na sua boca, entrando no seu ouvido, no seu olho, aquelas penas com cheiro horrível de pipi, marrons de tão sujas, fruto da chuva. Educados como sempre, o pessoal da escola (dessa vez da bateria com aqueles tambores na mão) volta e meia aparecia (e sempre nas horas mais emboladas) gritando: "Pqp, sai da frente que pesado caral..." e a gente lá, embolado sem conseguir nem respirar direito. E aquele troço pesando nas costas e nem tinha como tirar pq não tinha espaço pra nada. Até que conseguimos chegar na nossa ala.

Apoiamos as fantasias no chão, ficamos lá esperando, esperando, esperando, as costas doíam, o pé doía, a cabeça doía, tudo doía. Até que chegou a hora. E pronto. 

Quando entramos na avenida, gente, não tem dor que sobreviva. Aquela passarela iluminada, aquele monte de gente vibrando é bom demais. O tempo que se passa na avenida é curto, foi menos de 30 minutos. Daí no final tem a dispersão. Chegando lá todo mundo vai arrancando as fantasias. Nós mesmos jogamos a trambolhada fora, só ficamos com as calças, a blusa e a sandália (que machucou meu pé), até pq fomos vestidas com elas. A mulherada vai ficando de sutiã, calcinha...não tem stress, não tem vergonha, nada disso, todo mundo sai meio anestesiado. E vai-se montando aquela montanha de fantasias no chão. Só quem não joga fora são os foliões que desfilaram em escolas com chances de ficarem entras primeiras, pq tem o desfile das campeãs.

O lance é que nossa escola é podre mesmo. Sem um pingo de organização, orientação. Só nós que passamos por essas coisas. Não tinha sequer um organizador por ala, pra dizer onde era o que, se ia demorar, pq a gente colcava a fantasia, tirava a fantasia. Colocava, tirava, sem saber se já ia, se não ia, se tinha sinal, sem saber nada. Nas outras concentrações, todo mundo já tava organizado, orientado e não teve nada disso.

Outro lance é comprar uma fantasia sem trambolhos, sem nada pendurado, principalmente nas costas. A gente ficou com os ombros machucados, eu com um calombo nas costa por causa da armadura, a Mirna com um arranhão no ombro, e a Andréia, coitada, não era ninguém no dia seguinte. A menina tinha dor até no céu da boca. Não conseguia nem espirrar, tossir, rir, fazer cocô, nada disso.

Então, ano que vem escola high level e fantasia sem trambolho. E quem tiver a fim vai fazendo contato, a gente pode juntar um grupo grande pra ir junto.


Ainda tenho que fazer um post sobre a van que alugamos pra nós deixar ( com direito a mulher barraqueira do motorista e puliça pedindo $ pra deixar a gente estacionar mais perto)."

Beijocas. Vanessa

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