domingo, 1 de maio de 2011

CCBB e Caixa Cultural - Pérolas de Brasília.

Pessoas,

isso de que em Brasília não se tem nada pra fazer é pura lenda urbana. E de que em Brasília tudo é caro, mais ainda. 

O Centro Cultura Banco do Brasil - CCBB, localizado ali perto da Academia de Tênis, é cheio de coisas legais e baratas. Os espetáculos custam R$ 15,00 a inteira, e R$ 7,50 a meia, para estudantes e clientes do Banco do Brasil. No site tem a programação completa, que costuma ser alterada a cada mês. E não é coisa ruim, não. São espetáculos e exposições em regra bem conceituados e sucesso de bilheteria em longas temporadas no eixo Rio-São Paulo.

Os ingressos devem ser comprados na bilheteria do local, que funciona de 09h às 21h, de terça a domingo, e começam a ser vendidos nos 2 domingos que antecedem o espetáculo. Em regra, os ingressos acabam rápido. Entretanto, pode acontecer de você conseguir comprar na hora. Como as salas são pequenas, qualquer lugar é bom. Pode acreditar.

Esse mês, vimos As Três Velhas e o Bosque. As Três Velhas é muito bom! O Bosque não é muito bom, mas também não o caracterizaria como ruim. É chato.

Outras 2 vantagens do CCBB são o estacionamento imenso (tem vaga na hora de comprar ingresso, vaga na hora do espetáculo) e a lanchonete/bistrô/livraria, chamado Bistrô Bom Demais. Serve sanduíches, risotos, salgados, tudo delicioso. Nunca foi ruim. Nas bebidas, suco de melancia com canela e água aromatizada, ótimas surpresas. O preço é justo: sandubas por volta de 15 reais, risotos por 25 (esses nunca provei).


O acesso ao CCBB, pra quem não tem carro, é foda, e táxi deve sair uma fortuna. Talvez por isso, o CCBB tem um ônibus gratuito, que sai do Teatro Nacional a partir das 11 horas, de terça a domingo, e passa por diversos pontos da cidade (em regra hotéis) até chegar ao CCBB. Mais informações aqui

O Teatro da Caixa é ali logo atrás do Edifício Sede da Caixa Econômica e do Banco Central. Por lá, os espetáculos custam R$ 20,00 (inteira) ou R$ 10,00 (a meia). A bilheteria funciona de terça a domingo, de 12h às 21h, e os ingressos começam a ser vendidos no final de semana anterior ao espetáculo.


Na Caixa, a logística de toda mais complicada. Primeiro porque o site não é dos melhores. As informações sempre estão meio escondidas e quase não tem divulgação antecipada. Geralmente, a divulgação acontece quando os ingressos já se esgotaram. Como disse a moça da bilheteria, é mais fácil saber da programação pelo site dos artistas! Comprar ingresso é um problema enorme!!!! Estacionamento durante o dia? Brincou, né....E esse horário da bilheteria a partir de 12h também fode tudo. Porque, dependendo do espetáculo, a noite já não tem mais nada. Ainda bem que na hora do espetáculo, a noite, tem estacionamento farto.


Em compensação, rola muita coisa boa! Tipo Paulinho Moska e Arnaldo Antunes. Tava rolando uma exposição ótima de Botero, chama Dores da Colômbia. Pequena, perfeita pra ser vista antes do espetáculo.


Da lanchonete da Caixa, ainda não sei. Não exploramos como a do CCBB, até porque as opções de comida ao redor da Caixa são excelentes. 



Dica de outro para o Teatro da Caixa: fuja das 3 primeiras fileiras, porque o palco é muito alto!

Além da agenda variável, a Caixa tem dois projetos fixos muito bacanas: o Jogo de Cena e o Teste de Audiência (esse é de graça!).


O Jogo de Cena é antigão, mas só conheci há pouco tempo. Diversão garantida com os apresentadores Welder e Pipo, da Cia de Comédia Os Melhores do Mundo.  Funciona como um "espaço vitrine", no qual artistas desconhecidos mostram seus talentos. Há várias apresentações de arte, como dança, pintura, teatro, curtas e música. Adorei e lamentei nunca ter ido antes! Fomos no Jogo de Cena especial em comemoração aos aniversário de 21 anos de Brasília e teve: a pintora Claudia Bertolim, que pintou um quadro durante toda a apresentação (uma quadro meio doido, não entendi direito a mensagem e fiquei esperando ela explicar o que era, mas não aconteceu); a banda "The Neves" (boazinha....), stand up com Edson Duavy, artista brasiliense com trecho do espetáculo "Pretinho Básico" (bem legal), os curtas O Eixo (chato) e Braxília (legal), apresentação teatral com a Cia de Comédia Os Fantásticos, com trecho da peça "Amor ou Traição, eis a questão" (legalzinho, com super destaque para o ator que fazia a enfermeira), e a companhia de dança Dança Senhoritas Cia de Dança (super legal!). Por R$ 10,00 a meia, só alegria.


O Teste de Audiência é projeto super legal (e de graça!!!): eles exibem um filme em fase de acabamento para o público opinar sobre ele. A gente só sabe o nome do filme na hora e ainda assina um termo de compromisso de que não pode sair divulgando por aí. Daí passa o filme, e depois a gente preenche um formulário dando opinião sobre diversos pontos: se gostou ou não, se indicaria, se cortaria alguma cena, se alguma cena precisa ser melhor explicada, etc. A seguir, tem a discussão do público com a produção, direção e etc. Excelente. Vimos o filme Xingu (isso eu posso dizer porque no site eles já divulgaram :)) e a experiência foi super bacana. O próximo é dia 14 de junho.


Pra finalizar o post, vai umas fotos de Brasília, cidade linda (que, sob alguns ângulos, me lembra Paris) e com o céu mais perfeito do mundo. Essas fotos foram tiradas por mim, com meu celular. Ou seja, é tudo ainda mais belo!



É isso. Aproveitem!


Beijocas. Vanessa.

3 comentários:

  1. Vanessa,

    Desculpe, mas para uma capital federal as opções são muito poucas. Culturalmente há espaço para muito mais.

    Outro detalhe: as opções por você descritas estão apenas no plano piloto. E o restante do DF como é que fica? As pessoas precisam vir ao plano então? Ah, e de carro, pois o transporte público no final de semana é terrível (durante a semana também).

    As cidades satélites são completamente abandonadas. Projetos pontuais como o Jovem de Expressão ainda são poucos. Mesmo assim, são de organizações não governamentais ou internacionais. O governo é completamente ausente.

    É necessário parar de pensar somente em Brasília. Há todo um Distrito Federal. 80% dele é abandonado à própria sorte, sem lazer, cultura, urbanismo, transporte, saúde, etc....

    Eu sou de Curitiba e não tem como não comparar com Brasília, afinal é hoje minha cidade. Em termos macros, do distrito todo, não há nada para fazer. As opções são poucas e distantes do grande público.

    Desculpe o tom um tanto pessimista, mas quando saio DF à fora, fico sempre impressionado com o abandono. Também me impressiona como o povo do plano piloto ignora todo o restante.

    Eu gosto muito do seu blog e leio sempre.

    Abraços

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  2. Oi, Umberto

    Você tem razão quanto ao abandono das satélites. Morei em Taguatinga até os 22 anos e minhas saídas culturais sempre foram pelo Plano. Mesmo assim, longe, eu sempre me arranjava e ia.

    É fato que a grande maioria das opções de lazer se concentram no centro de Brasília.

    Eu não quis dizer que o CCBB e a Caixa Cultural são suficientes para a cidde toda, tanto que os chamei de "pérolas". Só quis exaltá-los e deixar a dica ( porque conheço muita gente, do Plano ou das satélites, que nem sabe da existência deles e acha que só exite o teatro Nacional com peças a 80 reais a meia) de que temos opções excelente e baratas, mesmo que o acesso não seja facilitado para todos.

    E não é que o povo do plano ignore todo o restante. Eles só aproveitam o que tem por perto. Não dá pra culpá-los por isso. Quanto ao governo sim, você tá coberto de razão.

    Obrigada pelo elogio, opnião e visita.

    Beijocas.

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  3. uma dica pra quem vai comprar ingresso no teatro da caixa nos dias da semana. estacione na comercial da 202 sul. sempre tem vaga, o teatro fica pertinho, pertinho. é só atravessar por aquela parte arborizada e vc ainda pára no Grenat Café pra fazer uma gracinha pro estômago.

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