segunda-feira, 26 de março de 2012

Uma (ou mais) cerveja(s) por dia


Pessoas,

já começamos a desfrutar do presente de aniversário que eu mesma me dei, antecipadamente, depois da dica do Bernardo, aqui.

A idéia é degustar e registrar uma(s) por dia, não necessariamente em dias subsequentes, ainda que a numeração seja ordenada. Os valores quase sempre serão da Mamãe Bebidas, de onde a maior parte veio.

Esse post será atualizado a cada nova degustação. Sem tosqueira, sem excesso. Carinhosamente, como elas merecem. Acatando sugestão do Rafael Suguiura, alteramos a sequência do post e agora as últimas resenhas cervejísticas ficam no começo, facilitando a vida de quem acompanha.

Algumas já conhecemos, é acho que o reencontro será bem legal. Outras estão me enchendo de expectativas. Vamos lá!

Dia 46 - Hopweiss Bodebrown, Curitiba, R$ 17,90, na Mamãe Bebidas.

Tem tempo que a gente não atualiza esse post, mas não é porque a gente não tem bebido, não. Absolutamente. É porque sei lá.

Ontem provamos a Hopweiss, uma cerveja de trigo com dry hopping (adição de lúpulo no final da fermentação) de Amarillo (Lúpulo cítrico americano), da super premiada cervejaria Bodebrown, de Curitiba.



Uma delícia! Bem irreverente. Primeiro, o aroma margnífico do lúpulo, acho que maracujá, bem IPA. Depois, aquele cheirinho de banana e cravo, te lembrando que a cerveja é de trigo. É pouco amarga, refrescante, bonita e eu quero mais!

Teor de álcool de  5,0%


Dia 45 - Mistura Clássica, Mosteiro Tripel (Beatus), R$ 29,99, MB.


A garota do dia é: Mistura Clássica Mosteiro Tripel, que recentemente teve o nome alterado para Beatus. Cerveja nacional, produzida pela Mistura Clássica, de Volta Redonda.

A aparência da garrafa é excepcional. Garrafa de 750m, arrolhada como champagne, vidro com tratamento que lembra um jateamento, rótulo clássico e de bom gosto. O aspecto externo casa bem com o estilo da cerveja - uma tripel, que automaticamente nos remete a monges brassando em abadias no interior da Bélgica. O ponto negativo está justamente em um dos seus elementos de charme - a rolha. Abrir rolhas em garrafas de cerveja é uma tortura. A rolha não é expulsa da garrafa como em um espumante, e o abridor não se encaixa com facilidade como em um vinho. É um sofrimento que, em regra, me toma uns minutinhos lutando contra a garrafa. Dessa vez não foi diferente.




Abrimos e servimos em duas taças. Cerveja turva de coloração dourada, bem viva. Formou um creme bastante denso (bolhas pequeninas) mas que não teve muita persistência (pouco depois, já tinha ido embora). Nenhum perlage.

O aroma é frutado e adocicado. O sabor, além de doce, é bem alcóolico (o que não foi uma surpresa, já que essa garota tem 10% de graduação alcóolica). Mas logo se nota um intenso sabor de madeira - resultado de armazenamento em carvalho. Ao final do gole, o sabor passa a ser amargo, o que muito me agrada. Segundo o rótulo, ela é feita com 6 tipos diferentes de lúpulos, o que justifica esse bom final.

Onde e quanto: a compramos pela Mamãe Bebidas, em abril - era uma promoção e saiu por R$ 29,99. No site da Cerveja Social Clube ela está, hoje, por R$ 34,00. O site oficial da Mistura Clássica sugere o preço de venda ao consumidor, nos bares, por R$ 39,00.

Opinião geral: eu gostei bastante. Infelizmente a degustamos pura, e cervejas tão alcóolicas devem ser consumidas harmonizadas com alguns petiscos. Ficaria um pouco mais contente se ela descesse um degrau e passasse a ser engarrafada em envólucros menores (350ml), com tampinha metálica, e a um preço mais amigável. Menos charme e mais praticidade...



Dia 44 - Amazon Beer - WitBier Taperebá e Forest Bacuri, descoladas no DeliBeer em Brasília!


Ter a possibilidade de só beber cervejas nacionais me deixa tão feliz! Creio que temos cervejas de excelente qualidade de quase todos os estilos clássicos, e esse quase é só para me resguardar de algum estilo que talvez eu não conheça.

O burburinho brasileiro de cerveja de qualidade sempre vem do sul e sudeste, né? Por isso, faço questão de  registrar que a Amazon Beer, produzida no Pará, nos surpreendeu pela qualidade das cervejas. Provamos dois rótulos: a Witbier Taperebá e a Forest Pilsen.

Witbier Taperebá tem a adição da fruta, também conhecida como Cajá, na composição. Isso garante à bebida um sabor super frutado, deixando-a bem saborosa. A cerveja é turva, amarela (mas não tão brilhosa quanto à Hoegaarden), boa carbonatação e espuma persistente. 

Na boca, é cítrica, com pouquíssimo amargor. Talvez nenhum. O retrogosto também é suavíssimo. Conclusão: é altamente leve e refrescante, ótima para dias quentes (como aqueles do Pará :-p) e para paladares sensíveis (leia-se, para quem não quer papo com lúpulo). O teor de álcool é de 4,7%. 



Apesar de leve, é uma cerveja densa, encorpada, com personalidade, criativa. Merece espaço na geladeira.

Amazon Forest Bacuri é uma pilsen que leva bacuri na composição. É absolutamente dourada, translúcida, e brilhante, com perlage super intenso (igual espumantes!) e bolhinhas lindas subindo todo o tempo sem parar. Fiquei impressionada. A carbonatação é das boas.

Também é bastante frutada (o Vinicius sentiu aroma de lichia) e retrogosto levemente amargo, nada agressivo.


É super leve, com apenas 3,8% de álcool, perfeita para ser tomada como um suco refrescante que mantém os muito bem vindos níveis de alegria e relaxamento. 

Achamos as duas cervejas excelentes opções para iniciantes no mundo cervejeiro, pela boa drinkability, pela leveza, pelo uso de frutas típicas da Amazônia na composição - fato que, por si só, já torna o rótulo interessante. 

E, repito, fiquei contente demais com a qualidade das cervejas. Viva o Brasil! Terão espaço cativo na geladeira aqui de casa. Eu trouxe uma de cada do DeliBeer, mas elas podem ser encontradas no Empório Soares & Souza, por R$ 14,00 a garrafinha de 330ml.

Ainda que seja apaixonada por lúpulo e IPAs, reconheço que uma boa cerveja leve e cheirosa tem o merecido valor no momento adequado, seja por questões de temperatura, necessidade de hidratação, ou  acompanhar amigos a quem a gente tenta beerevangelizar.

"Um pouco de cerveja é um remédio divino."  (Paracelso, médico e botânico suíço.)


Dia 43 - Hoergaarden, belga, R$ 5,69, MB.

Não sei onde eu andava. A Hoergaarden parece uma cerveja comum? Eu tinha essa impressão, ainda que não a visse por perto. Talvez por ser um dos copos mais antigos aqui em casa. Só sei que me apaixonei novamente na segunda, quando provamos (novamente?? sinceramente, não sei....) essa delícia.

É amarela bem clara, turna e cheirosa. Bem suave. Não forma espuma densa como cervejas de trigo, apesar de ser uma wit. 


Tem aroma (banana e frutas maduras) e sabor que lembram as weiss, já que também tem como base maltes de trigo. Entretanto, é mais "brilhante".  Cerveja super refrescante, ideal para dias quentes. Seria perfeita para um churrasco, salvo pelo "problema" de que cerveja de trigo (inclusídas as wit) são meio enjoativas e não dá pra passar a tarde bebendo.

Vale muito o preço. Quero mais!

Teor de álcool de 4,9%. 

Dia 42 - St. Michael 750ml, Bamberg, paulista, R$ 59,00, MB.


Essa Weizen bock, de garrafa rolhada é escura, cor de carvalho e bem turva. Também encorpada, bastante alcoólica e muito doce. Os primeiros goles não foram muito agradáveis, achamos enjoativa. Tentamos, então, harmonizar com o queijo Babybel e bingo: melhorou horrores e acredito que ela poderia facilmente substituir um vinho em alguma refeição forte e pesada.



Teor de álcool de 8.20%


Dia 41 - Tripel de Garre, belga, no pub Staminée, Bruges, em julho de 2010.

O Staminée é um pub minúsculo e bizarro localizado no final de um estreito beco de Bruges. Só chega lá quem já sabe da existência dele, e ainda assim dá medo de cruzar aquela porta feia  e andar por um corredor de época medieval que parece que vai dar em nada. Nunca vai acontecer de alguém passar por lá e dizer "bóra sentar".  Fica na rua Breidelstraat, entre a praça do Markt e a prefeitura, o Burg. A entrada do beco é bem em frente a placa de madeira na rua aí na foto, que, lógico, não indicava o Staminée.

Então, lá também se produz uma cerveja, chamada de Tripel de Garre. Essa não é comercializada nem para uso pessoal, como a de Westvleteren. Mas também não tem o título de trapista. Whatever. Só pode ser consumida lá, e diz a lenda que apenas em até 3 quantidades. E foi essa bendita que tirou o posto de melhor do mundo da blond de westvleteren, na nossa opinião. A de Garre é encorpada, parece um milk shake. Tem presença, desce pesada, porém macia, e te conquista porque não é enjoativa. Como já havia dito milhares de vezes, Bruges é o paraíso na terra. Aliás, ali é terra?



Dia 40 - Westvleteren ABT Blond, 8 e 12, belgas, no In de Vrede, na Abadia de Sint Sixtus (em julho de 2010).

A abadia produz 3 tipos de cerveja: a blonde, e duas escuras, chamadas de número 8 e número 12. Provamos todas; nos apaixonamos pela 8. 



A blonde é bem bacana, mas depois da De Garre (cerva produzida por um pub em Bruges, o Staminée de Garre) ela perdeu um pouco o encanto. 


A 12 é obviamente muito boa, mas não percebi nenhum diferencial em relação às demais super escuras já provadas (isso em 2010. Talvez hoje teria outra percepção completamente diferente).


Agora, a 8.... nunca provei nada igual. A bichana é avermelhada e capaz de provocar sensações tão diversas no paladar que nem sei explicar. Ela arde um pouco, pinica outro pouco, é amarga, mas também doce, tem presença e deixa memória. Até esqueci da foto.

O Thyago, amigo cervejeiro que primeiramente nos falou sobre a Abadia de Sint Sixtus, merecidamente ganhou de presente uma garrafinha da 8 e eis a descrição dele:

"O que dizer desta que é considerada por muitos a melhor cerveja do mundo? Posso garantir que tudo que dizem é pouco diante da perfeição dessa breja. Do começo ao fim, ela encanta. A aura de mistério que a circunda não é sem razão. Começa pela garrafa, rústica, frugal, sem rótulo - os monges têm muito a nos ensinar... Despejada no copo, mostra sua beleza (coloração maravilhosa, escura, com creme claro, denso e persistente) e seus aromas - de uma complexidade muito grande, mas ao mesmo tempo de um equilíbrio inacreditável. No paladar, comprova toda sua fama. Simplesmente não é possível descrever todos os sabores que se sucedem. Eu poderia tentar listar - malte, frutado, cravo, especiarias, lúpulo e floral, café, madeira, chocolate, etc. etc. etc. etc... - mas não conseguiria descrevê-la por completo. A textura é incomparável. Apenas experimentando é que se tem a real noção do que essa cerveja é. Mesmo depois de engolida, as sensações deliciosas continuam se sucedendo. Simplesmente inacreditável! Não sei se é "a melhor cerveja do mundo", mas sem dúvida nenhuma é a melhor que já provei."


Dia 39 - Wäls Quadruppel, mineira, R$ 12,00, MB.

A cervejaria Wäls tá toda de parabéns! Cheia de delícias cervejeiras, ganhando prêmios por aí...Um luxo! 

A Wäls Tripel é bem conhecida e frequentada aqui em casa. É a cerveja preferida do Vinicius. A Quadruppel esteve aqui poucas vezes, talvez porque o estilo não seja tão apreciado pelos moradores humanos nem felinos.


No exemplar que pousou aqui em casa, a carbonatação era quase zero. Nenhuma espuma. O sabor é bem doce e melado. Eu acho um pouco enjoativo, feita para doses homeopáticas. Dividir a garrafa de 330ml é o ideal. Sem contar o seu valor acolhedor nas noites frias.

A alegria é que a moça é extremamente provedora de felicidade e relaxamento: o teor de álcool é de 12%.


Dia 38 - Urthel Saisonnière Blond, belga, R$  11,79, MB.

Essa Urthel entrou na lista de pedidos porque estava com precinho vermelho, ou seja, em promoção. Uns dias depois de a garota chegar aqui em casa, fomos ao Empório SS e lá tinha o copo da Urthel, mais barato uns 4 reais que na MB. Compramos!

A cerveja é bem estilo belga blonde: frutada, encorpada, levemente doce, gostosa, refrescante e tudo mais. Não apresenta grandes particularidades do estilo. Mas, é toda estilosa e o anão do rótulo parece que pisca pra mim.

Olhem a o copo e a tampinha:



Ahhhhhh, é muita fofura! Por R$ 11,79, ou um pouco a mais, compro de novo!

Teor de álcool de 6%.

Dia 37 - Rogue Brutal IPA, americana, R$ 38,98, MB.

Provamos poucas cervejas da Rogue, mas sempre que provamos elas foram impactantes. A Halzelnut Brown, cujo chopp bebemos no pub Santa Brígida, lá em Gramado, era puro chocolate com nozes. Aposto que qualquer garota gastaria. Em outra feita, bebemos no Agrippina Bistrô a Chipotle Ale, e o promessa do gosto de pimenta foi devidamente cumprida: era muito evidente o saborzinho de pimenta na boca.

Por isso, no último pedido na Mamãe Bebidas, considerei pedir uma Rogue e escolhi a Brutal IPA. Podemos dizer que a IPA já um estilo brutal. Considerando a qualidade das cervejas Rogue e o quão levam a sério a satisfação e percepção pelo cliente da promessa do rótulo, pensei: será A IPA (e imaginei algo como a Vixnu, brasileira, aliás, o que me enche de orgulho!).

Mas, não. A Rogue Brutal é um boa IPA, mas tá longe de ser bruta. É bem fácil, na verdade. Achei-a também pouco aromática, talvez por culpa minha de não conseguir adequara a temperatura da geladeira para toda a diversidade que tem lá dentro (cerveja, laticínios, comida pronta, etc).


Namorando a garrafa (vejam como o rótulo é lindo!), vi que o IBU nem é lá essas coisas: 59. O da Vixnu é 75. O amargor da cerveja era bem cítrico, lembrado muito grapefruit. Como não foi fantástica, o custo benefício não compensa e a moça não ganhou lugar cativo na geladeira de casa. É a vida.

Teor de álcool de 6%.

Dia 36 - Wäls Petroleum e exemplares da mesma receita com 3 tipos diferentes de fermentos, feitas pela DUM, só deus sabe o preço (deus em letra minúscula porque não estou falando da cerveja), do IV Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau.

Provamos a Wäls Petroleum no festival e confirmo o bafafá todo em torno da garota: essa imperial stout é impressionantemente licorosa, densa, pouco alcoólica, com óbvias notas de chocolate amargo, café. Faz jus à referência ao petróleo. Até a espuma é escura. Cerveja de macho! O Vinicius ama! Eu, depois 3º gole, já me dou por satisfeita.

A receita da Wäls Petroleum foi elaborada pela cervejaria DUM. De tão boa, a a Wäls resolveu fabricar em grande escala. Ponto pra eles e que ótimo pra gente!

Um ouro que encontramos lá no Festival da Cerveja foi exemplares da receita da Wäls Petroleum, mas com 3 fermentos diferentes: Edimburgo, London e original. 

A idéia, obviamente, era abrir as 4 e perceber as diferenças.


O exemplar com o fermento Edimburgo é idêntica à Wäls Petroleum. A mais equilibrada das três.

O exemplar com o fermento London já é bem diferente. Bem mais complexa, com destaque para o sabor do álcool na boca.

O exemplar com fermento "original" parece que tem mais café mais amargo que a Petroleum. Não é alcoolica como a com o fermento London. Mas, sabe quando a fruta está madura demais e fica aquele gostinho de um quase álcool? Pois é, lembra bastante aquilo.


Não sei se o nome dos fermentos que nos foi passado é o nome comercial, mas acho que não porque andei perambulando em busca deles na internet para verificar procedência e não encontrei.


No copo, todas são idênticas.


Foi isso. Grande experiência!

Teor de álcool de 12%.


Dia 35 - Schmitt Barley Wine, gaúcha, R$ 6,39 na MB.

Não sei de onde surgiu a idéia de pedir essa barley wine na última leva que compramos na Mamãe Bebidas. Talvez tenha ouvido falar sobre ela tomei nota, ou gostei do nome, ou do preço.

Fato é que nem sabia que existia esse tipo de cerveja. As barley wine são cervejas que fermentam dentro da própria garrafa, levam na sua composição muito mais malte que o normal e têm teor alcoólico alto.

Ela é realmente diferente. Complexa. Para ser tomada devagar.

E eu não gostei. Nem o Vinicius. Pela primeira vez na história dessa casa um falava para o outro: toma você. Não, toma você primeiro. Pode ficar. Bebe mais um pouco. Pior que nem sei explicar direito o porquê. Azeda? Amarga? Achei muito esquisita. Pra mim, faltou harmonia. Senti uma "briga por espaço" na boca. Parte do líquido causava uma sensação. A outra parte, outra sensação. Só que elas não combinavam.

Quero provar de novo. Outro lote, ou talvez até mesmo outra marca.

Teor de álcool de 8,5%.

Dia 34 - Ola Dubh 40, escocesa, presente de Natal da sogra.

Presente bom é o que não vira tranqueira. Presente bom é um que é a sua cara. Presente bom é aquele que você adiaou a compra por mil razões e, de repente, cai no seu colo. E coisa maravilhosa é ter duas mães. A super Nice e a super sogra Nélida. Além de carinho e cuidado (me trata como filha), me presentei com cerveja. \o/

Fica a dica: vai me presentear? Ou seja, cerveja.

De Natal de 2011, eu descolei uma Ola Dubh 40, comprada no Delirium Café no Rio.

Eu não sou fã de whisky e não me agrava muito as cervejas envelhecidas nos barris do destilado, ainda que faça questão de prová-las. Porém, com a Ola Dubh 40 a coisa é diferente.

Pensa numa cerveja redonda. Equilibrada. Gostosa até! Impressionante. Vale a pequena fortuna que custa por aí. 


Ora doce, ora amarga, mas sempre deliciosa. Sério, gostei muito. O Vinicius achou sensacional! Não parava  de falar nela no dia seguinte.

É isso: redonda. Equilibrada. Não espanta e não causa furor, como a Paradox ou Ola Dubh 18. Me questiono se quem é realmente fã de whisky gostaria da Ola Dubh 40, tão discreto, mas presente, é a impressão do destilado deixado pela moça. 

Eu indico!

Teor de álcool de 8%.

Dia 33 - Infinium Ale, criação da associação da Samuel Adamn com a Weihenstephaner, R$ 99,00, no Extra do Sia, Brasília/DF.

As pessoas aqui de casa vão fazer compras de material de limpeza,  verduras e frutas no Extra, mas metade do carrinho vem abarrotado de cerveja. E metade da conta também.

O caso é que achamos a Infinium Ale de promoção no Extra do SIA por R4 99,00, ou algo perto disso. Menos de 100, com certeza. Compramos.

No copo, a cerveja assusta um pouco. Parece refrigerante. A aparência, a coloração, as bolhas e tudo mais. Susto! No paladar, não é refrigerante, mas é bem refrescante e frutado, Quase um espumante. Só que não é feita pelo método champenoise, ok? Segundo o blog do Edurecomenda, é assim:

"A Samuel Adams afirma que usou um método inovador, com patente já requerida, para produzir uma cerveja diferente de qualquer outra já produzida pela Lei de Pureza. Pelo que entendi, parte do mosto é adicionado novamente à tina de mostura e também ao tanque de fermentação, potencializando a composição de açúcares permitindo que ela atinja um maior teor de álcool."


É gostosa, equilibrada, frutada alegre, aberta, e muito provavelmente agrada a mulherada. Ei, você aí que tá querendo conquistar alguma pela boca eu acho que o sucesso é garantido. Além do mais, o teor de álcool trabalhará a seu favor :-)

Mas, definitivamente, não vale o que custa. Nenhuma cerveja até hoje provada nessa vida vale 50 pilas o copo. Nenhuma.  Nem mesmo a Westvleteren 8.

Então fica assim. Boa, mas não vale.

Teor de álcool de 10,5%.

Dia 32 - Blitzkrieg Hop, Teckelbier, de Joinville, só deus sabe o preço (deus em letra minúscula porque não estou falando da cerveja), do IV Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau.

Olha que cerveja mais adequada! O nome,  Blitzkrieg Hop, é uma brincadeira "lupulada" (hop é lúpulo em inglês) ao nome da clássica Blitzkrieg Bop, do Ramones. Com certeza você conhece, clica aqui e comprove.


Essa cerva feita em homenagem aos Ramones é obra da Teckelbier. Tivemos a chance de chegar até ela no Festival da Cerveja, em Blumenau, e, além de homenagear a banda punk rock, a cervejaria artesanal também fez reverenciou Pink Floid, ACDC, dentre outros, e vocês podem bisbilhotar aqui

A Blitzkrieg Hop é uma America Punk IPA com 80,1 IBUs. Cheirosíssima e bem amarga. É mesmo uma IPA! A coloração é bela, acobreada, espuma firme. 


Na boca, eu esperava mais. Achei que faltou um pouco de corpo. Fiquei com a sensação de ela estava fluida demais. O Vinicius não achou. Adorou do começo ao fim.

Teor de álcool de 8,1%.

Dia 31 - Grand Cru, Dum Cervejaria, Curitiba, não lembro o preço, do IV Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau.

Dentre as mil cervejas super bacanas que conhecemos e trouxemos de Blumenau está a Grand Cru, da Dum Cervejaria. A moçoila é uma cerva de trigo, com notas cítricas de laranja. Na composição leva aveia, raspas de casca de laranja baía, sementes de coentro e o fermento utilizado pela Hoegaarden.


Gostosérrima! Macia, encorpada e completamente refrescante. Uma delícia mesmo. Duvido que exista alguma garota que não gostasse dela. Duvido.

Pena que só trouxemos uma (na verdade, trouxemos poucas cervas), porque ficamos muito com gosto de quero mais. Especialmente eu.

Lamento que a lanchonete do meu trabalho não sirva a Grand Cru no lugar do suco de laranja. Todo mundo ia ficar muito mais feliz. Inegavelmente.

Teor de álcool de 6,5%.
Número da garrafa - 29/10/11 - 44.

Quero mais! Dum, como faz?

Dia 30 - Colorado Vixnu Imperial IPA, de Ribeirão Preto, por R$ 13,00 a garrafa de 600ml, no IV Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau.

Provamos ontem a Vixnu, cerveja hiperlupulada da Colorado, com 75 IBU's. Em outros tempos, era chamada de Double Indica, em referência ao aumento de lúpulos em relação à IPA Indica. 

A cerveja é excepcional. Gostosíssima! Bonita. Bastante amarga e aromática. Aliás, tenho pensando seriamente em desenvolver um perfume a base de lúpulo. Acho que seria um sucesso!

O rótulo é cheio de detalhes legais que fazem referência à cultura indiana e com o ursinho da Colorado segurando os ingredientes.


Não será uma cerveja fácil de se encontrar. A distribuição é um pouco complicada porque, por não ser pasteurizada, é preciso que seja sempre mantida refrigerada, desde a saída da fábrica até a chegada no ponto de venda.

No mais, a Colorado mandou muito bem em distribuir tatuagens fakes do ursinho mascote da marca e do selo Beba Menos Beba Melhor. Olha que fofo:



Vou pedir centenas deles para usar o ano todo!!!

Dia 29 - Backer Três Lobos Pilsen, mineira,  por volta de R$ 10,00 na Super Adega.


Pensa numa falta de empolgação quando optamos por essa pilsen numa dada ocasião.  Tava meio largada, no fundo da geladeira....Agora, pensa numa incrível surpresa. Pessoas, podem apostar nela!

Ela se parece demais da conta com a BrewDog Trashy Blond, que havíamos bebido no dia anterior. Eu juro! O aroma se sente de longe. Todo hora vou lá e cheio a garrafa. O amargor é delicioso. A cor é linda.

Conquistou lugar cativo na geladeira mais linda desse prédio :)

Teor de álcool de 5%.

Dia 28 - Backer Três Lobos Imperial Porter, mineira,  por volta de R$ 10,00 na Super Adega.

Essa cerveja é maturada em barril de umburana. Não sabia para que esse barril servia até terminar a taça de cerveja e buscar no google, movida pelo curioso retrogosto que a bichana deixa na boca. O barril de umburana é muito utilizado para envelhecimento de cachaças. Pronto. É um gostinho de cachaça mesmo que fica.

Daí, parece um café com pinga. Não nessa simplicidade, mas nessa esquisitice. A moça é interessante e merece ser conhecida, até porque é nacional e viva o que é da gente. 


O rótulo é super legal e ela leva açúcar mascavo! Diga isso pro médico quando ele implicar com a cerveja.

Quero provar de novo.

Teor de álcool de 9%.

Dia 27 - Mac Queen's Nessie, austríaca, por R$ 12,60.

A primeira vez que provei essa cerveja, não gostei, falei mal, e levei bronca. Aceitei o puxão de orelha porque os argumentos eram válidos e admito que no dia a gente bebeu mais que o necessário, tinha vários amigos em casa, e tudo isso prejudica as impressões. 

O caso é que duas provas depois, a minha opinião continua a mesma. É fabricada com malte whisky de Highland. O problema é que o aroma do destilado parece que fica lá na Escócia mesmo, não vem junto com ela não. 


Sobre o sabor, ela é "blé". Não tem personalidade, não agrada nem desagrada. Apenas não vale a pena. Um leve melado aparece de vez em quando, mas é meio aguado, sabe? E o defumado, definitivamente, não percebi.

Tchau, Nessie.

Teor de álcool de 5%.

Dia 26 - Eisenbahn Lust Prestige, Santa Catarina, por R$ 119,90 no Pão de Açúcar.

Certa feita comentei em casa que queria muito provar a Eisenbahn Lust Prestige. Dias depois, o Vinicius foi ao Pão de Açúcar comprar ? e trouxe também a garota que espuma. 

Daí pra combinar uma visita a um casal de amigos recém paridos foi um pulo. Nós somos os melhores amigos do mundo. Ligamos para o Thyago e dissemos: 'a gente tá querendo ir aí conhecer o Lucas'. Antes que ele arranjasse qualquer desculpa, emendamos: 'aproveitando, estamos com uma Lust Prestige aqui e vamos levar pra provar juntos. Pode ser?'. Sucesso total, com direito à recepção com arroz com brócolis, picanha, batata frita e sobremesa de chocolate com cerejas fresca. Tudo mortal, vocês precisam provar! 

Ah, a cerveja. Quando provei a DeuS, impressionou-me a confusão gustativa entre cerveja-espumante. Achei uma loucura. De cara, já sentia tudo ao mesmo tempo.

A Lust Prestige é mais calma. O lado espumante predomina em relação à cerveja. Só após alguns goles consegui perceber a essência de cerveja. 

No copo, é linda! O perlage é dos bons, borbulha sem parar e vai formando esuma de respeito. É muito tipo espumante mesmo.



Achei o custo-benefício é dos piores! Como ela me pareceu mais espumante que cerveja, comprar um espumante top de linha brasileiro por 40 reais é mais coerente.

Teor de álcool de 11,5%.

Dia 25 - Backer Três Lobos Pele Vermelha IPA, mineira, menos de R$ 9,00 na Super Adega.

Fomos surpreendidos com umas novas (?) cervejas da Backer, chamadas Três Lobos e em 4 tipos diferentes, numa ida ao Super Adega pra comprar espumantes. É que ando curiosa com o assunto depois de um ranking feito pela revista Playboy com os espumantes nacionais.

Os rótulos dessa linha são super legais e lembram as Flying Dog! Isso já faz a gente gostar delas. 

Provamos a IPA Pele Vermelha e merece nosso respeito. Amarga, mas sem deixar o amargor tomar conta de tudo. Bonita, escura. 

Há raspas de laranja da terra na composição. Teoricamente interessante, mas não achei nada de aroma ou sabor de laranja.





Aqui em casa ela acompanhou um prato de massa com molho pesto e cubos de peito de frango. Combinou demais. A sensação do amargo "cortando" o peso do pesto na boca era muito boa. Vejam só: eu falando em harmonização. Já brigaram comigo por causa disso :)

O custo benefício é excelente, compro de novo.

Teor de álcool de 7%.

Dia 24 - Aecht Schlenkerla Rauchbier Weizen, alemã, R$ 15,84

Aqui, temos uma loucura: uma rauchbier junto com uma weiss. Achei esquisitíssima! Me pareceu a rauchbier tradicional que deu errado, porque tem um azedinho no fundo que não me agradou. 

No copo, da mesma marca, ficou lindo, mas não tenho fotos :( Espuma linda e firme, parecia copo de cerveja para foto de revista.

Fonte: google imagens.


O Vinicius gostou bastante e ficou deveras feliz quando eu disse, depois do meu segundo gole, que não queria mais.

Teor de álcool de 5,2%.



Dia 23 - Aecht Schlenkerla Rauchbier, alemã, R$ 14,69.

O nome da cerveja é pronunciado assim: écht xlenkérla rauchbier. 

Bacon, bacon, bacon. Sem dúvida, sem pensar muito. Extremamente defumada, é uma ótima surpresa pra quem é "bacomaníaco", meu sogro provou e amou. 

Fonte: google imagens.

É isso, não tem muito o que falar, porque o que verdadeiramente importa é que existe bacon líquido. Não deixe de se impressionar.

Impreterivelmente, depois desta rauchbier todas as outras perderam totalmente a graça.

Teor de álcool de 5,1%.

Dia 22 - Ola Dubh Ale 18 years old, escocesa, por R$ 25,99.

Depois da experiência com a Paradox, fiquei louca para provas todas as cervejas que passaram por barris de whisky. Mais por curiosidade que por esperança de gostar delas. Acho-as interessantes e, portanto, a degustação é válida. 

A Ola Dubh 18 lembra café, malte torardo, um leve defumado, um "que" de doçura e, como esperado, um gostinho equilibrado de whisky em volta de tudo isso, o que a faz uma cerveja equilibrada, porém, marcante. 

Daí, fica assim: se você quer loucura na vida e experiência inesquecível, vá de Paradox; se você gosta de whisky e quer uma cerveja gostosa e um pouco mais de tranquilidade, vá de Ola Dubh 18 :)

Tenho em casa a Ola Dubh 40 (presente de Natal da da sogra) e em breve compararemos.


Teor de álcool de 8%.


Dia 21 - BrewDog Trashy Blond, escocesa, por R$ 14,80.

Fantástica! Pareça uma pegadinha: o aroma é tão frutado que vai achando que é suco. Quando bebe, a cerveja é tão amarga, que vc agradece. Ótima a experiência do aroma constratando com o sabor. Bem neurótica. Adorei!


No mais, a cor é viva e linda, e a espuma idem. 

O Vinicius não gostou tanto. Achou com gosto de remédio.

Teor de álcool de 4,1%.

Dia 20 - Meantime Coffee Porter, inglesa, por R$ 16,99.

Abrimos depois do almoço, no lugar da sobremesa/café. Perfeito, a cerveja parece que foi feita pra isso. Pouca espuma e café evidente no aroma e no sabor. Depois de ler algumas opiniões na internet, percebi o aroma de baunilha. Chocolate? Não achei.


Apesar de porter, é leve e desce fácil. Diria que é quase refrescante, lembra "drinks" e pode ser uma boa opção caso o leitor masculino deseje mostrar uma cerveja especial, mas não comum, para alguma leitora feminina.

Teor de álcool de 6%.


Dia 19 - Maredsous Brune 6, belga, por R$ 17,40.

Olha aí uma agradável surpresa. Não sei porque essa cerva entrou no segundo pedido (segundo? é, pessoas, de Natal e também porque provamos cada delícia nas últimas visitas ao Agrippina e ao Delirium Café, ambos sem post ainda, que ficamos cheios de vontade de nos presentear), nunca tinha ouvido falar, ela não estava em promoção, mas fiz muito bem.

Assim que abri, a espuma vazou (???) e subiu um aroma delicioso e familiar. Tentei por uns bons minutos descobrir qual era, mas não consegui. Ameixa? Talvez. 

O caso é que a garota é bem agradável, meio amarga, meio doce, com coloração quase escura, mas amarronzada (a minha não ficou tão escura como a da foto) e espuma firme. Tão firme que o aroma quase ou não conseguia ultrapassá-la. 


Com certeza provaremos a 6, Blonde, a 10, Triple.

Teor de álcool de 8%.


Dia 18 - BrewDog Paradox, escocesa, por R$ 36,00.

Eita ferro! Uma experiência. Verdadeiramente maturada em barris de whisky Islay, o aroma do destilado na cerveja não deixa rastro de dúvidas. O sabor também acusa o whisky e, por essa razão, não gostei muito, porque não curto whisky. 

O Vinicius gosta bastante. Inclusive já fez degustação do todos da marca Johnnie Walker com amigos do trabalho: compraram em free shops e iam degustando e anotando. A reunião foi nomeada de "Do Red ao Blue". Tenho as anotações pra um dia transformá-las em post. 

Voltando à cerveja. O Vinicius gosta de whisky, mas não se encantou com a Paradox. Pra ele, o sabor que eu atribuía ao destilado seria algo como a Westvleteren 8 ou a Rochefort 10 com sal (?). 

Como a cerveja é muito interessante, rica em sabores e dá pra deixar a imaginação correr solta, considero a degustação imperdível, ainda que aqui em casa não ganhe local cativo na geladeira.

Teor de álcool de 10%.


Dia 17 - Rochefort 10, belga, por R$ 27,00.

Já a rochefort 10 eu quero de novo. Tenho olho pra coisa cara, minha mãe já dizia. 

Cerveja rica! A cada gole, tico e teco são ativados tentando descobri de onde vem o que. É escura, licorosa, caramelizada e, por vezes, picante. 

Fonte: google imagens

Teor de álcool de 11,3%.


Dia 16 - Rochefort 8, belga, por R$ 19,00.

Mais uma trapista. Encorpada, aromática, confortável, mas sem grandes novidades. Por R$ 19,00, não será presença constante na geladeira. Talvez compre de novo para futuras comparações.

Fonte: google imagens


 Teor de álcool de 9,2%.



Dia 15 - Falke Triplel Monasterium, mineira, por R$ 42,00.

A Falke Monasterium é um cerveja tipo abadia, estilo belga, gostosa e charmosa. É cítrica e achei um azedinho puxado que não me agradou muito. Mas, nada grave.

Vem com tampa de rolha, enfeita a geladeira e o aroma conforta. 

Se compro de novo? Não sei. A Wäls Tripel ainda é a preferida do tipo no meu coração.

Fonte: google imagens


Teor de álcool de 9%. 



Dia 14 - Meantime London Porter, inglesa, por R$ 42,00.

Cerveja glamurosa exige dia especial. Estava esperando um boa oportunidade para abrir a Meantime London Porter, de garrafa estilosa, tampo de rolha e rótulo lindo.

Pois bem. Chegou o dia.


No sabor, não destoa das demais boas porters por aí: amargor equilibrado, café presente, espuma OK. Fiquei feliz em me lembrar da Ella enquanto bebia. Boa cerveja, a Ella...

Compro de novo pela garrafa e pelo glamour.

Teor de álcool de 6,5%.

Dia 13 - BrewDog 5 A.M. Saint, escocesa, por R$ 14,80.

Lúpulo: presente! Aroma: presente! Equilibradamente. Compro de novo.


Teor de álcool de 5%.



Dia 12 - Göttlich Divina Weiss, brasileira de Santa Catarina, por R$ 14,40.

O interessante dessa cerva brasileira é que ela contém extrato de guaraná (?). O caso é que é uma ótima weiss, sem nenhum rastro de guaraná, o que eu considerei uma vantagem. Mas, sem essa tal história do guaraná, o que seria essa cerva? Nada mais que uma a mais no mercado.


O preço, ainda que para uma garrafa de 600ml, não é um ponto vantajoso, afinal, temos ótimas weiss no mercado bem mais em conta. A Erdinger, por exemplo, custa R$ 8,99 no Mamãe Bebidas, e a Paulaner custa R$ 12,00.

Teor de álcool de 5,8%.

Dia 11 - Coopers Vintage, Extra Strong Ale, australiana, por R$ 13,95.

Esperei muito para provar essa cerva. Na última "ida à Austrália", pelo Ready Beef, zurei e não quis pagar o preço dela por la´, bem maior que das irmãs. Daí, depois da Mamãe Bebidas, meus problemas quase acabaram :)

A cerveja é vintage mesmo, turva e marcante, e te remete aos tempos antigos. Ideal para ser tomada numa taberna. 


Gostosa, vale o preço. Compro de novo.

Teor de álcool de 7,5%. 



Dia 10 - Ella Dry Sout, brasileira, presente do produtor, Hilmar.

Fomos convidados pro aniversário do Hilmar, marido da Anna Claudia, e saimos de lá com presente: uma cerveja produzida por ele! Olha que máximo! No dia do nosso encontro do Bottarga, uma das boas descobertas da noite foi que o Hilmar produz cervas.

A cerveja se chama Ella e a gente ganhou uma Dry Stout, com a garota morena no rótulo. No rótulo da Weiss, a garota e loira e na Pale Ale, ruiva. Adorei o detalhe.



A cerva é muito gostosa. Fica pau a pau com todas as stouts de nomes conhecidos que já provei por aí. Forte, café, espuma, cremosa. Delícia!


Teor de álcool de 4,6%.

Muito obrigada ao Hilmar :)


Dia 9 - Wäls Tripel, brasileira, mineira, por R$ 9,75.

Em seguida, abrimos outra triplel para exercer a arte da comparação. Quase nada amarga, mas forte, cítrica e bem aromática. Deliciosa.


A bem da verdade, achei a brasileira mais bonita e mais gostosa. E, ainda, custa a metade do valor. Com certeza será presença constante no estoque caseiro.

Teor de álcool de 9%.

Registro: nesse dia, quebrei o copo da Leffe. Que puxa. Pelo menos não foi o copo da Westvleteren :)



Dia 8 - Westmalle Tripel, trapista belga, por R$ 16,50.

Trapistas sempre me deixam nervosa :P 

A Westmall Tripel me surpreendeu pelo amargor. Me lembrou um IPA! Ainda assim, é bem fácil perceber as frutas por ali...A cor é linda, mas a espuma deu uma broxada.


Teor de álcool de 9,5%.

Dia 7 - Taberna Porter, brasileira, mineira (?), por R$ 9,00.

Cometi o erro de abrir a cerva assistindo How I Met Your Mother. Minha atenção não voltava-se para a moça. Mas, lembro da boa impressão, de ser uma porter leve, fácil. Compro de novo.


Teor de álcool de 5%.


Dia 6 - Lucifer, belga, por R$ 14,99.

Escolhi essa pelo nome. Bem cítrica, ácida, com espuma firme, mas sem personalidade. Não fosse o nome, jamais me lembraria dela.

Fonte: http://www.chocobeer.com/products/cerveja-lucifer-330-ml/

Teor de álcool de 8%.


Dia 5 - Dado Bier Belgian Ale, brasileira, do Rio Grande do Sul, por R$ 6,09.

Entristecidamente, porque sou patriota, direi que essa cerveja é ruim. Ela tenta ser boa, mas, na real, não consegue. Parece de mentira. Tipo um Lifan, carro coreano. Tem tudo pra ser bacana, só que na essência é uma fuleiragem só.

Fonte: http://rodadabreja.wordpress.com/page/3/

Teor de álcool de 8,5%.


Dia 4 - Brew Dog Hardcore IPA, escocesa, por 19,99.

Estávamos super curiosos pra prova essa IPA, de 150 BPU. Obviamente, é amarga. Até demais pra mim, que não consigo me lembrar de mais nada além do amargor. Minto. Lembro da melhor parte, que foi abrir a garrafa, quando o aroma de lichia, completamente perceptível, vai tomando seu olfato. 

Apesar da cor linda e de ser gostosa, não achei o custo-benefício agradável. Provavelmente não comprarei de novo.


Teor de álcool de 9,2%. Embriaguei.



Dia 3 - Delirium Tremens, belga, por R$ 18,90.


Tão difícil falar dessa cerveja sem deixar a emoção influenciar. A conheci em Bruges, um dos meus lugares prediletos, numa das noites mais divertidas da viagem, no Brugs Beertje, com certeza meu pub favorito. 

Se não bastasse isso tudo, a garrafa é linda e o rótulo apaixonante: elefantes (eu amo animais) rosas (eu amo rosa, tinha até um carro rosa) sorridentes e crocodilos felizes dançantes. Alegria garantida na mesa.

A cerveja é bem gostosa, mas, sinceramente, não é impactante. Bonita no copo, um pouco frutada, um pouco amarga. Degusto de novo.


Teor de álcool de 8,5%.

Curiosidade, tirada da WikipédiaO delirium tremens é uma psicose causada pela abstinência ou suspensão do uso de drogas ou medicamentos freqüentemente associada ao alcoolismo mas que também pode se apresentar com o uso prolongado ou abusivo de benzodiazepínicos ou barbitúricos. Assim, é uma forma mais intensa e complicada da abstinência. Delirium é um diagnóstico inespecífico em psiquiatria que designa estado de confusão mental: a pessoa não sabe onde está, em que dia está, não consegue prestar atenção em nada, tem um comportamento desorganizado, sua fala é desorganizada ou ininteligível, a noite pode ficar mais agitado do que de dia. A abstinência e várias outras condições médicas não relacionadas ao alcoolismo podem causar esse problema. Como dentro do estado de delirium da abstinência alcoólica são comuns os tremores intensos ou mesmo convulsão, o nome ficou como Delirium Tremens. 

Dia 2 - Tucher Übersee Export, alemã, por R$ 8,99.

Um boa cerveja comum. A cor é linda, bem dourada, e o aroma é agradável, aberto, como flores ou frutas, mas não consegui identificar extamente pra que rumo vai.

Boa para servir para visitas, por ser bem tradicional, e para beber após a corrida, como fizemos, porque cerveja hidrata como águaeu juro.

Teor de álcool de 5,5%.


Fonte: http://www.brejas.com.br/cervejas/alemanha/Tucher-Uebersee-Export/


Dia 1 - Bode Brow Perigosa Imperial IPA, brasileira, de Curitiba, por R$ 15,90.


Bonita, turva, espuma firme. No nariz, lichia. Na boca, conforto. Na garganta, amargo. Muito amargo. Achamos amarga demais. Sabe quando você vai tomar um comprimido mas ele demora pra descer e fica aquele gosto ruim na boca? Lembra um pouco isso.

Teor de álcool de 9,1%. 

IBU, o Unternational Bitterness Unit, medidor do amargor pela quantidade de lúpulo na cerva, bate nos 100 IBU.

fonte: http://trilhadacerveja.com/?tag=bodebrown

Beijocas. Vanessa

6 comentários:

  1. Olá!
    Também sou um apreciador (ou melhor dizendo, um grande bebedor) de cervejas. Pelo menos às sextas e sábados. E já que o papo é cerveja, apresento como sugestão a "Inedit", a da garrafa grande com uma estrela dourada no rótulo. É uma cerveja espanhola, desenvolvida por um chef de cozinha também espanhol, que já foi eleito algumas vezes um dos melhores chefs do mundo.
    Como dizem por aí: essa é para tomar de joelhos. Simplesmente fantástica.
    Aqui em Brasília tem no Iguatemi e no Empório Soares e Souza. Aliás, este último, apesar de ser bem caro, é, certamente, o melhor lugar pra quem gosta de cervejas diferentes.
    Parabéns pelo blog. Estarei sempre visitando.
    Abraços!!!

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  2. Oi pessoa anônima. Tudo bem?
    Nós já provamos a Inedit, lá no Grenat Café. O post está aqui: http://www.blogdenosdois.com/2011/04/grenat-cafes-202-sul-brasiliadf.html
    Realmente, é uma cerva deliciosa e achei o preço bem justo, na época (abril de 2011): 34 reais a garrafa de 750ml, no restaurante. Então, comprando em lojas podemos encontrar um preço mais adequado.
    Ah, olhei agora no catálogo da Mamãe Bebidas (atualizado, recebi ontem), e ela está por R$ 28,50.
    Sabe que estive recentemente umas duas vezes no Empório SS e achei os preços bem razoáveis (considerando que eles eles têm cervas refrigeradas e servem lá também). Tomamos duas Anderson Valley, a Amber Ale e a Seasonal Ale. Custaram em torno de 20 reais cada. Para vc ter uma idéia, na Mamãe Bebidas, a Amber Ale está por 15,85. Acho bem justo os R$ 5,00 a mais pelo custo do local, da refrigeração e, principalmente, por aquela cerveja naquele momento X, entende?
    Agora, caro mesmo são as "ilhas" que vendem cervejas nos shoppings da cidade. E só vendem, não servem. A alemã Aecht Schlenkerla Rauchbier custa mais na lojinha do Brasília Shopping que no Agrippina, bar na 102 norte. Pode?
    Obrigada pela visita e volte sempre!
    Abraços, Vanessa.

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  3. Muito bacana os comentarios em cada uma das cervejas... pena que nao consegui fazer tantas degustacoes quanto vcs, porem nao me faltaram oportunidades, Foi um prazer ter conhecido vcs dois, Vanessa e Vinicius, forte abraco!

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  4. Jonny Greenwood, se produzíssemos nossa própria cerveja, como você, provavelmente teríamos provado menos amostras :)
    O prazer foi nosso, e parabéns pela Stannis.

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  5. Este post está o máximo!!! Enciclopédia de cervas!! uhu!

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  6. Obrigada, Lulu! Colaboremos, sim?
    Bjo!

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