quarta-feira, 6 de junho de 2012

Téte à Téte, Casa Park, Brasília/DF

Pessoas,

finalmente conhecemos o Téte à Téte. Minha irmã ama e vai muito. Vou ao Casa Park sempre para resolver algo pontual, e nessas nunca casou de ir na hora da janta ou almoço. E também acho que a muito discreta fachado do Téte à Téte sempre me deixou a impressão de que todas as mesas por aquela região eram do Carpe Diem, uma casa que não me atrai: acho cara demais para o que oferece. 

O caso é que dia desses deu certo e caimos lá eu, Déia e Vinicius.

De cara, bateu aquela preguiça básica com o cardápio longo demais. Só de principais, mais de 30! Depois, fiquei chocada com o preço de algumas coisas, como as quiches por volta de R$ 27,00. Perguntei o tamanho: como uma fatia de pizza. Céus!

O local não é barato, a maioria dos principais fica na faixa de 50 a 60 realidades. A vantagem é que servem meia porção por 70% do valor do prato cheio.

Pulamos o couvert por vontade de não comer muito mesmo. Mas, o vi passando e era lindo. Quero voltar para provar.

De bebidas, eu fui de Backer Pale Ale, por R$ 10,50, o Vinicius de suco de morango com graviola e a Déia de suco de tangerina, R$ 6,50 casa suco.

O suco do Vinicius não tava bom não. De tão gelado, não tinha gosto algum. Já o suco de tangerina estava fenomenal. Tão tão maravilhoso que me arrependi de ter pedido a cerveja e não um dele. Vejam só.


De principais, eu fui com a primeira opção: filet ao molho de vinho tinto com risoto de roquefort e pistache, por R$ 34,30 a porção reduzida (inteira custa R$ 49,00). Risoto com filet é coisa mais batida do mundo, eu sei, mas esse roquefort com pistache me comprou. 


Não era bem o que eu esperava. Imaginei o pistache misturado com o risoto, e não separadinho como veio. O risoto estava muito muito bom, assim como a carne, que chegou no ponto certo: mal passada. Porém, achei o molho de doce demais: se por um lado fazia uma graça com o gosto forte do risoto, por outro matava o sabor da carne em si. Acabou ficando um pouco enjoativo.

O Vinicius foi de PF Téte à Téte, filet grelhado com cebola, arroz branco, tomate picado, feijão tropeiro, banana e ovo frito, por R$ 50,00. 


Não provei, mas pelo forma como o Vinicius conduzia a comelança devia estar bem bom. E a cara era ótima mesmo.

A Déia foi de robalo grelhado com camarões e shimeji no saquê, arroz branco e vinagrete de mel, shoyo e gengibre, por 36,40 a porção reduzida (inteira por R$ 52,00).


Esse prato acho que vale o preço: diferente e com combinações exóticas. Provei o vinagrete de mel, shoyo e gengibre e estava mesmo muito gostoso, com sabor de novidade, sabe? Peço esse quando voltar lá.

Para finalizar, café expresso. Antes, eu pedia o café sem preguntar marca e preço. Já tinha me conformado com os R$ 5,00 do Nespresso por aí e acreditava que estávamos no topo do custo do café numa refeição em local fino. Se fosse mais barato, ótimo. Se fosse R$ 5,00, é a vida e já me rendi. 


Porém, quando a conta chegou e vi que o Nespresso aqui custa R$ 6,00, mudei minha conduta. Sempre perguntarei o preço antes e decidi que NÃO pago mais que R$ 5,00 pelo café, seja ele qual for. Tudo tem que ter um limite. E por 1 real aqui, outro acolá, que Brasília atingiu esses preços surreais de comida, cerveja, diversão e arte.

Beijocas. Vanessa.

7 comentários:

  1. precisamos lançar uma cruzada contra estes preços extorsivos. Cobrar 10 reais numa long neck da Heineken deveria constar no código penal

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  2. não, não conheço este restaurante, mas conheço vários que andam cobrando na faixa de 10 reaus por uma Heineken.

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  3. R$ 50,00 num PF? Até onde vai a falta de noção desses "empreendedores"?

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    1. Então, senso cri- critico, a falta de noção deles vai até a falta de noção (ou de opção????) de quem paga :)
      É como preços de carros no Brasil. Aquela história de que os carros aqui são caros por causa dos impostos não é verdade. Já existem mil publicações na internet discriminando o custo do carro e nem de longe o valor do imposto supre a diferença entre o preço do carro aqui e do preço do mesmo veículo na Argentina ou nos EUA. Veja aqui: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,carro-no-brasil-seria-mais-caro-mesmo-sem-imposto,85197,0.htm e http://www.correiodoestado.com.br/noticias/lucro-e-nao-imposto-faz-brasileiro-pagar-o-carro-mais-caro_115896/.
      Portanto, é questão de mercado, da lei da oferta e da procura. Existe porque tem quem pague, e a falta de noção é do consumidor e não do empreendedor.
      Obrigada por passar por aqui!
      Abraço.

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  4. Vanessa, Vanessa, tu pulou o melhor da casa. O couvert. É a única coisa que até hoje me agradou por lá. Nunca comi um prato principal que me encantasse. Vou de vez enquando porque a irmã do Hilmar considera o Tete a Tete o melhor restaurante de Brasília. Toda comemoração ela pede pra fazer lá... E barato não pode ser né? Imagina o custo de um restaurante daqueles. E o custo, claro, reflete no preço do produto. O que um restaurante desses precisa é ter um prato muito bem executado. Isso eles não conseguem...

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