quarta-feira, 20 de junho de 2012

Toujours Bistrot, 405 sul, Brasília.

Pessoas,

depois um longo período desde a última e primeira visita, relatada aqui, voltamos ao Toujours. A escolha da vez se deu por estar o Toujours dentre uma das opções do Surpreenda Gourmet  lá da promoção Surpreenda da Mastercard, do tipo paga 1 leva 2 (já falei dela aqui). Basicamente, nos restaurantes participantes, se paga um prato principal e o outro, de igual ou menos valor, é na faixa.

O local continua lindo de querer morar. O atendimento gentil e atencioso.

Aceitamos o couvert. Pão caseiro, manteiga e terrine da casa, por R$ 9,00 por pessoa. Na primeira porção servida, o pão estava duro e frio. Tão duro por fora, que ele se quebrava nessa parte até onde vai o corte. Até aqui, eu estava achando que o pão era assim mesmo, "italiano". Só percebi o deslize da casa quando o pão foi reposto e chegou uma unidade quente e macia. O terrine estava bom (não como muito, então não sei avaliar) e a manteiga poderia estar menos gelada.


Éramos 4 pessoas, e os 2 pratos com valores menores não foram pagos.

A Déia pediu o prato de camarões com talharim ao molho soubise e mostarda, por R$ 69,00. Na minha opinião,  não vale o preço. Achei o molho super sem graça, quase que um molho branco menos encorpado.


Já o prato camarão grelhado no licor de anis e arroz de polvo, por R$ 59,00, estava gostoso, mas achamos a porção muito pequena. E, também, o Vinicius reclamou que o arroz não estava quentinho, do tipo reconfortante.


Eu, depois de muito ir e voltar no cardápio e me convencer de que pelo frio da noite o Steak Tartare, por R$ 34,00, seria uma boa pedida, escolhi o Entrecote Bernaise (entrecote com batatas bravas), por R$ 57,00. Não me perguntaram o ponto da carne e eu não lembrei de falar. Merda. Veio uma carne tão bem passada que eu fiquei irritada! As batatas, apesar de estarem deliciosa e bem feitas, muito macia e tals, acabaram virando um incômodo ao ter que acompanhar aquela coisa seca. Arrependimento.


E, a melhor escolha da noite, sem dúvidas, foi o prato que escolhemos para o Marcos (porque ele não conseguia escolher - pior que eu!): atum grelhado com cuscuz marroquino e molho oriental, por R$ 58,00. Só provei o peixe e estava muito bom! Agora, isso é comida francesa?



 No fim das contas, só não fui embora muito triste por conta das duas garrafas do tinto Moulin Guilhem (R$ 93,00 cada) que nos acompanharam enquanto a gente comia e proseava. Mas, para o restaurante eleito pela Veja Brasília como melhor francês, acho que a casa deixou muito a desejar. Fiquei com a impressão de que no cardápio as coisas são mais interessantes que na mesa....

Uma coisa legal da casa é que ela não fecha entra o almoço e janta, horário ideal para uma omelete ou croque mounsieur  com uma tacinha de vinho branco, né?

Sobre o desconto, se a idéia for tomar vinho ou outras bebidas, é mais vantajoso aproveitar os descontos do SaveSpot e do Grubster, que incidem no valor de todos os ítens. Aqui, a conta acabou ficando alta por causa da bebida.

Endereço: 405 sul, bloco D
Telefone (61) 3242-7067
Horário: 12h - 1h (sextas e sábado até 2h)

Beijocas. Vanessa

17 comentários:

  1. Esse arroz de polvo é muito pequeno mesmo e os ingredientes não justificam o preço. Só pedi uma vez. Os meus favoritos no Toujours são Steak Tartare, Steak au Poivre e o Cassoulet.

    Tem alguns restaurantes que é bom não explorar muito o cardápio. Infelizmente, só descobrimos isso depois de algumas tentativas frustradas.

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  2. Vanessa, tem certeza que serviram batatas bravas? Pela foto não parece nem um pouco. Quando vi a carne pensei: pobre Vanessa... Fui ao Toujour logo que abriu e foi uma decepção em todos os sentidos. Nunca mais me animei a voltar. Domingo, falando com uns amigos sobre a possibilidade de revisitar a casa eles me falaram que foram novamente e também não comeram bem e nem foram bem atendidos. Eu que já ando meio chateada (leia-se p da vida) de gastar dinheiro pra não comer bem, meio que tirei isso da cabeça. Também não entendo o prêmio. bjs.

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    1. Anna, sobre as batatas, tenho quase certeza q eram bravas mesmo, mas realmente não tinham nada de bravas, apesar de estarem bem boas.
      Eu ainda vou voltar lá pra comer o Steak Tartare. Preciso resolver isso nessa vida :)
      Bjo!

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  3. Olá, leio o blog sempre mas nunca comentei.
    Dessa vez decidi comentar pra perguntar como exatamente funciona o SaveSpot? Tentei encontrar informações no site mas não consegui informações específicas... Você poderia me ajudar?

    Adoro o blog e tenho seguido algumas dicas daqui.
    Bjs!

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    1. Oi! O save Spot funciona assim: vc cadastra seu e-mail no site e, a partir daí, fazendo reservas nos resturantes parceiros, através do site (a reserva agora é gratuita), a conta vem com 30% de desconto. Basicamente é isso.
      Obrigada pela comopanhia :)

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  4. Vanessa,
    Pedir a especialidade do lugar é uma regra básica da restauração, e nem precisa ser Blogueiro como nós pra sacar isso. Quero dizer com isto que só 1 dos pedidos do seu grupo foi de clássicos franceses (justamente o seu), e quase todos (vc foi quem pediu melhor!)pediram frutos do mar a mais de 1000 km. do litoral. Claro que isso não exime a cozinha de incompetência, mas ocorre que o 'Toujours' não oferece alta gastronomia a ponto de não decepcionar nunca (melhor tentar isso no 'Gero' ou no 'Aquavit'...).
    Vc aponta efetivos deslizes da cozinha: No ponto da sua carne, pão duro, etc., tudo bem, mas vcs foram infelizes nos pedidos tb.
    Voltando ao 'Toujours', insista no básico que sua impressão provavelmente melhorará.
    abs

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    1. Marcelo, para mim, não existe isso de "infelizes nos pedidos", é conversa fiada. Se consta no cardápio, tem que ser bom e ponto final. Especialmente se falando de um restaurante "adulto" como o Toujours. O cardápio de lá é grande, será que não pensaram em reduzir as opções e garantir a qualidade no que vão servir? Não decepcionar nunca deveria ser o lema de todos os restaurantes: se só garante bolinho de bacalhau com qualidade, que só tenha isso no cardápio, ué.
      Eu dou preferência aos pratos típicos da especialidade da casa não porque ache que eles serão melhores executados que os outros, mas porque acho legal. Aflora o meu eu viajante. Mas, verdadeiramente, nem as casas estão preocupadas com essa fidelidade pátria, afinal, que que ter opções que agrade a todos e muita gente vai a um restaurante sem se ligar em especialidade, quer apenas comer o que gosta e encontrar amigos.
      Até mais e valeu pelo comentário.

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    2. Vanessa, a sua idéia é válida e justa, mas, na prática, a realidade é outra, infelizmente. Esse lance de que todos os pratos do cardápio "tem que ser bom e ponto final" é utópico e impraticável aqui no Brasil. Talvez em países com maior tradição gastronômica, onde a preocupação com a sazonalidade, com a oferta e com o frescor dos ingredientes é maior, isso valha, mas aqui? É melhor nos adaptarmos à realidade.

      Você acha ou espera de verdade que um restaurante com cardápio extenso fará tudo bem feito? Qual outra atividade econômica do mundo vende produtos com a mesma qualidade em toda sua linha?

      Repare na lista dos restaurantes mais elogiados pela crítica de Brasília. São os especialistas: carnes, sushi, crepes, hamburguerias; ou os de menu fechados ou reduzidos: trio, aquavit, nossa cozinha etc. Os "sem classificação" ou que fazem muitas concessões (para agradar a todos) nos cardápios sempre tem um porém ou opiniões muito conflitantes, o que reflete a inconsistência da proposta.

      Meu pai me ensinou: não perca seu tempo com peixes em churrascarias, nem com carnes em restaurantes de frutos do mar. Baseado nesse corolário do meu pai, desenvolvi outras regrinhas básicas que, para mim, fazem sentido: sempre conversar com o gerente/maitre/garçom sobre "O" prato especial, explorar o cardápio a partir dos pratos mais simples e nunca sair da proposta geral da casa. Quando lembro delas, minha chance de sair feliz de um restaurante aumenta muito.

      Acho que não custa nada refletirmos melhor na hora de escolher uma opção num cardápio ao invés de achar que é um direito nosso que tudo seja bom. Afinal, estamos ali investindo tempo e dinheiro para termos momentos felizes. Não podemos deixar isso ao acaso.

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    3. Só para deixar claro, no meu comentário anterior não quis insinuar que você é impulsiva ou que não pensa nas escolhas da comida. Só quis enfatizar que fazer um reflexão maior sobre as opções disponíveis é uma energia bem gasta.

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    4. Bessa, em restaurantes de nome, eu sou nada impulsiva na escolha do prato. Pelo contrário, sou a última a escolher, sempre! Especialmente em cardápios longos. E isso justamente porque eu considero que tudo que está ali foi pensando pelo restaurante e são opções válidas. Caso contrário, a casa está dando um tiro no pé. Veja o Porcão. É uma churrascaria, mas tem uma variedade impressionante e mantém a qualidade de todos os produtos que serve, inclusive dos sushis e sashimis. O Taypá tem um cardápio imenso e, em relação aos pratos principais, sempre me dei bem por lá (sabe da história que pedi por garçom escolher pra mim dentre duas opções? eu voltei depois lá para comer a opção não escolhida pelo garçom e estava tão bem executada quanto a opção dele, que conhece bem a casa). O Gero, também se não me engano, não tem cardápio curto. E vc acredita que alguma coisa lá não seja boa?

      Eu jamais penso na possibilidade de estar em um restaurante bem cotado, caro e premiado (como o Toujours e vários outros da cidade) e ter que desconsiderar opções porque elas não serão bem executadas. Se tiver que fazer isso, excluo o restaurante da minha lista porque deixo de confiar nele: se eles se conformam em oferecer pratos meia boca, independentemente da razão, quem garante que aquele que vc escolheu, ainda que seja clássico, estará bem executado naquele dia (que foi o que aconteceu comigo no Toujours, prato clássico, e foi ruim)? Acho que um restaurante de porte tem que se garantir, sim. Afinal, a gente está falando de um tipo de comércio que pediu tem que pagar. Não tem devolução. Não é como sapatos, que a gente prova e só leva (e paga) se ficar bom.

      No Toujours, o melhor prato da mesa não foi um tradicional francês e era feito de frutos do mar, vindos não sei de que distância. Nos outros dois pratos com frutos do mar, o problema não foi eles. Na massa, eu critiquei o molho, que me parece ser francês. No prato de arroz com polvo, o problema foi o arroz, e não o camarão, que, aliás, estavam lindos e gostosos. O meu prato, que, teoricamente, foi a melhor escolha por ser tradicionalmente francês, foi um desastre.

      Eu acho que isso de pensar bem no que pedir para não correr o risco de pedir algo ruim é válido em restaurantes corriqueiros, do dia a dia, que vendem comida, e não gastronomia. Então, se for para ir com restrições, eu vou num lugar barato ou, melhor ainda, vou numa casa que já confio. Até porque eu não sou de ficar repetindo pratos nos restaurantes, eu sempre procuro escolher algo diferente.

      Então, eu gasto energia escolhendo o prato sim, mas com o objetivo de sair mais feliz ainda, e não para evitar que saia triste porque, sinceramente, eu não considero essa possibilidade quando estamos falando de um restaurante do nível (teórico) do Toujours.

      Abraço!

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    5. Respondendo a sua pergunta sobre Gero: é outro nível, é alta gastronomia. Como disse o Marcelo, eles podem ter cozinha para nunca decepcionar, mas, pessoalmente eu não sei e não coloco minha mão no fogo... Só fui lá uma vez. Além disso, eles trocam o seu prato por completo se não gostar do que pediu ou se veio com algum "defeito". Pode não ter algo "ruim", mas acredito que existam os carros-chefes, o pratos mais bem executados pela equipe. Quanto ao Taypá, ótimo, você fez o que costumo fazer quando vou a um restaurante novo :)

      Temos uma diferença de visão. Você é otimista, eu sou pessimista :)
      Minha experiência pessoal me diz que cardápios extensos são uma furada. Não tenho a mínima vontade de explorá-los a não ser que eu veja uma combinação bem louca de ingredientes.

      Se eu deixar de ir a restaurantes por causa de eventuais pratos meia-bocas, vai ficar difícil comer fora, não? Não existem restaurantes perfeitos. Até os meus favoritos já me decepcionaram alguma vez, mas continuo voltando neles para matar fomes específicas: Ancho no Bsb Grill ou Corrientes, Moqueca no Bargaço, Feijoada no Paulicéia, Parmegiana no Dona Lenha e por aí vai... prefiro explorar o ponto forte de cada um a experimentar o cardápio ao acaso.

      p.s. você conhece alguém que escolhe o Porcão para comer sushi ao invés de ir numa casa especializada? Isso seria curioso...

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    6. Não conheço ninguém que vai ao Porcão comer sushi, mas conheço quem vá ao Porcão por alguma razão qq (aniversário de alguém, por exemplo), e se acaba no sushi, salmão. E mesmo quem vai conta da carne, pode provar uma coisa ou outra diferente. Então, se a casa resolve oferecer aquilo no buffet, que sirva algo decente, né?

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  5. Vanessa,
    Pedir o que se quer é um direito, e cobrar um bom resultado de uma cozinha tb, principalmente num restaurante gastronômico. Agora, na prática a teoria é outra muitas vezes, e como vc mesmo escreveu não há devolução do comido e do bebido...então, prevalecem as regras, os parâmetros, e parece que o Bernardo se alinha comigo neste sentido, tb sou mais pra pessimista como ele, rsrsrs...

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    1. Não sei se mando vocês dois beberem mais ou menos cerveja para ficarem mais otimistas...heheeh
      Mas, nem é questão de otimismo. É de exigência. Pagando caro, não me conforme em "pode ser que não seja bom". Se não for legal, eu não quero mais voltar. Como disse ao Bernardo, no Toujours mesmo, o prato típico e mais fácil da mesa foi mal feito. O melhor pedido não era especialidade da casa. Então, se o restaurante não preza pela qualidade sempre, eu prefiro não arriscar mais.

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  6. Vanessa da última vez que fui não foi nada legal e eu fiquei bastante decepcionada. Pedi o entrecote e veio um torrão de bem passado e eu havia pedido ao ponto....
    Daí o garçom "para conferir" se minha carne estava realmente bem passada, pegou MEUS talheres e fez um rasgo no meio da carne.... a mesa toda chocada olhando pra ele..... que tal???

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    1. Karine, eu não acredito que o garçom foi capaz dessa gentileza.
      Que horror!

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