quarta-feira, 22 de agosto de 2012

África do Sul - Outubro/2011 - Plettenberg, Mossel Bay e Hermanus.

Pessoas,

vou ser mais sintética no registro da viagem à África do Sul. Queria fazer algo detalhado, mas não consegui finalizar até hoje (a viagem já vai fazer 1 ano!) e, para piorar, fui atualizar meu celular e perdi todas as notações e gravações de voz que fizemos durante a viagem. Não, eu não fiz back up. 


O post sobre a viagem da África do Sul anterior a este foi sobre o comecinho do trecho no litoral, a Garden Route, logo depois dos safáris. De Jeffrey's, zarpamaos para Plettenberg, parando no Tsitsikama Park para emoções, como contado aqui. Então, nesse post registrarei Plettenberg, Mossel Bay e Hermanus. Cape Town ficará para o próximo e último post, para que esse não fique maior ainda.


Plettenberg 

É o melhor ponto de parada na Garden Route. Opte por ela se for escolher um só local: cidade maiorzinha e mais centralizada, deixando acessível diversas opções de lazer. 


Ficamos na Halcyon GuestHouse por sugestão do booking.com. Uma delícia! Tinha mais cara de casa ainda que a guesthouse que ficamos em Jeffrey's, porque a dona morava lá. A casa era lindamente decorada, gigante, com muitas flores que deixavam o ambiente super perfumado.

"Nossa parte" era a de cima da casa: uma antesala, corredor, dois quartos e dois banheiros! Ocupamos o Nautilus Room, com direito à varandinha no quarto com vista para o mar, TV com DVD e tudo mais. Na antesala, vários livros, revistas e DVDs a disposição, além de chás, cafés e sempre um licorzinho com bombons eram colocados no aparador de noite. Um mimo fofo que só!

O carro ficava na garagem coberta dentro da casa, que tinha duas vagas: uma pra nós, outra pra dona :) Ganhamos o controle da garagem, a chave de casa, tínhamos acesso à cozinha, sala, mesa de sinuca, bar (com a ficha para anotações caso consumíssemos algo).

O café da manhã era espetacular, cheio de opções, enfeites e simpatia. Na hora que a gente quisesse, a partir das 08h, mais ou menos.


Super recomendo. O valor da diária? Inacreditáveis R$ 160,00. Para nossos 3 dias por lá, programamos uma visita ao Santuário dos Elefantes, Arvorismo no Tsitsikamma Park, visita a Knysna, a Outshoorn para conhecer a famosa gruta Cango Cave, além de, obviamente, acatar as sugestões de bons restaurantes da cidade. Foram dias bem tranquilos, descansamos bastante e assistimos o filme I Am Sam, cada noite víamos uma pouquinho. Vamos por tópicos:

  • na nossa primeira noite, fomos ao restaurante Nguni, indicado pelo hotel com a ressalva de que era um restaurante caro. Tem página no facebook. Um dos melhores da viagem! Localizado numa espécie de taberna, é cheio de estilo! O precinho sul africano continuou nos fazendo feliz! Pedimos o vinho mais caro da restrita carta, um Rustenberg John, e custou R$ 64,00. De entrada, provamos o inesquecível e suculento carpaccio de springbok (uns R$ 13,00). Carpaccio suculento? Pois é. E veio um pão gostoso e divertido pra comer com manteiga decente. De prato principal, eu fui de peixe muito bem temperado com  ervilhas e brócolis (uns R$ 23,00), o Vinicius de cordeiro com purê (uns R$ 18,00). Para sobremesa, um coisa meio brownie/pudim/brulee de doce de leite, dos bons, por míseros R$ 8,00. Atendimento VIP, comida muito gostosa e preço pequenos. O paraíso na terra.




  • no dia seguinte, bem cedinho, fomos ao The Elephant Sanctuary: É um local que resgata elefantes doentes, caçados e impossibilitados de voltarem à vida selvagem. Daí eles oferecem um programa de visitação no qual eles passam várias informações e agente pode ter contato com os elefantes (escovar, andar de "mãos dadas", alimentar, e montar. É divertido pra quem gosta de bichos. Pegamos o pacote completo, mas não recomendo a parte de passear nas costas do elefante: não é confortável, é super rápido (ainda bem, na verdade) e é a parte mais cara, dobrando o preço do pacote, que ficou em quase R$ 200,00 por pessoa.


  • na tarde do mesmo dia, fomos fazer arvorismo no Tsitsikamma Park, ali por perto e fácil de chegar com o GPS. Reservei por aqui, R$ 225,00 para os dois, e foi bem divertido. Durou umas 3 horas e teve lanche no final: suco e um sanduíche de atum simples, mas delicioso. Não temos fotos, mas garanto que é bem legal observar a floresta pelas copas das árvores e é uma maneira de  explorar a floresta Tsitsikama de perto, já que o Tsitsikama não está aberto à visitação  O local do arvorismo ficava a 30 minutos de carro do Santuário dos Elefantes e fizemos um lanche entre as atividades em alguma lanchonete por ali. 
  • na volta para casa, paramos em um observatório em Natures Valley para observar a beleza e fazer a foto clássica :)



  • Moby Dick's: um restaurante famoso por lá. Não gostei muito não e os preços nem são muito atrativos. Fomos duas vezes e achei a qualidade da comida bem mediana. Ainda, as ostras que o Vinicius comeu lá não desceram nada bem. Mesmo.                                                                         
  • Knysna é uma cidadela sul africana conhecida como “capital mundial das ostras”. Fica do ladinho de Plettenberg. É bonitinha, mas não empolgou. Tem uns pontos bonitos para ver o mar, ilhas, e só. Talvez não curtimos muito porque o tempo não estava dos melhores, e ainda ventava muito! Não comemos ostras por lá porque não achamos um lugar com cara de “vamos parar aqui pra comer” (comemos no Moby Dick’s e repito que não recomendo!).

  • Num dos dias, fomos até George, saindo da via N2, a “capital mundial das fazendas de avestruz”. A paisagem nessa parte da viagem é espetacular, com vales e formações rochosas impressionantes. Um dos pontos altos da viagem! Não paramos em nenhuma das fazendas de avestruz, mas vimos milhares de dentro do carro. De George, fomos até Outdshoorn, onde está localizada a gruta Cango Cave, aberta para visitação e cheias de estalactites e estalamitites. É tudo lindo, tanto a estrada para se chegar até lá, quanto a gruta (uns R$ 15,00 a entrada). Vale muito a pena! Nós chegamos por lá por volta de meio dia, e tem visitas a cada meia hora. Ah, e você pode escolar a visita standart, sem emoção, ou adventure, com emoção (passando por pontos estreitos, escalando pedras...). Optamos pela primeira, para evitar a fadiga. Almoçamos por lá mesmo, no Cangos Caves Restaurant, e comemos carne de avestruz. Gostei, parece boi. Lá foi "caro": a refeição saiu por uns R$ 50,00, acima da média, e só pedimos um prato.




  • ainda em Plettenberg, mais dois restaurantes que agradaram muito: o Kitchen Café Bar, descoberto pelo TripAdvisor (que ganhou muito meu respeito depois dessa viagem à África - dicas quentes e certeiras), é um local que serve de tudo um pouco (sandubas, sushis, pizza, "comida"), ambiente bem legal, ótimo atendimento, com vista para o mar e muito aconchegante a noite. Não gostamos do sushi, mas amamos a pizza, a lareira, o vinho e a sobremesa :-). O outro foi o Scotty's, dica da dona da nossa casa em Plettenberg. O restaurante é muito bom mesmo, comida gostosa. Infelizmente, estivemos lá no dia que o Vinicius tinha comida as malditas ostras e estava super mal. Não aproveitamos o restaurante como ele merecia. 


Mossel Bay

Mossel Bay é uma cidade portuária, bem pequenininha, famosa por ter sido descoberta pelo navegador português Bartolomeu Dias na época das navegações. Por isso, lá tem o Museu Bartolomeu Dias com a réplica do navio utilizado em 1488 para cruzar o Cabo da Boa Esperança. E também tem ponto de observação de baleias (não vimos nenhuma de lá!). O que era pra ser uma tragédia tediosa (reservamos 2 dias para lá e ainda estava frio) acabou sendo salvo por descobertas improváveis: o micro e nunca recomendado museu de tubarões e a Guinness com o melhor preço nunca visto antes na vida: menos de R$ 5,00 nos bares, e menos de R$ 3,50 na distribuidora de bebidas. Pena que só vendiam depois da 10h. Ainda assim, passamos boas horas sentados e bebendo Guinness. Não dá pra dizer que foi ruim, né?

Nos hospedamos na guest house Cross Court. A diária custou uns R$ 100,00. Essa é um pouquinho diferente. Não ficamos bem na casa da dona, que morava numa acomodação ao lado da nossa. Nosso "quarto" era um bela casa de dois andares e comportava facilmente 4 pessoas. Apesar de grande, era meio envelhecido e a limpeza não era das melhores. Também não tinha café da manhã. Tudo bem. A proprietária, de uma simpatia exemplar, tinha um gato :-) e, logo ali na esquina, bar de frente pro mar cheio de surfistas com Guinness por menos de R$ 5,00.
  • Complexo Bartolomeu Dias: fica numa área ampla, com bastante verde, e é onde está o Museu Bartolomeu Dias, um museu de vida marinha e a caixa de correspondência em forma de sapato, em referência à maneira que os marujos do século deixavam mensagens para os companheiros: no sapato pendurado na árvore. A grande atração do Museu Bartolomeu Dias é a réplica da embarcação usada em 1487 pela frota que saiu de Portugal e parou lá em Mossel Bay. É muito legal entrar naquela embarcação e imaginar como seria viajar naquilo mar adentro. Pessoas, é muito pequenina! Essa réplica foi criada para comemorar o V centenário da passagem do Cabo da Boa Esperança e fez o mesmo percurso da original em, salvo engano, 3 meses (a original demorou 6 meses!). No museu de vida marinha, o que mais chamou a atenção foi um polvo em um aquário. Nunca tínhamos visto um polvo se movendo e é bem interessante. A caixa postal em formato de sapato funciona até hoje (mandamos postais que chegaram!) e ainda vem com um carimbo diferenciado.



 

  • passeando a pé pela orla de Mossel Bay, próximo a um dos pontos de observação de baleias, passamos por um casinha muito simples com uma placa indicando tratar-se de um museu de tubarões, ou centro de pesquisa de tubarões. Custava 5 randes (algo como R$ 1,00) para entrar. Com a falta de opções na pequena Mossel Bay, entramos. Cara, foi super legal! O local era bem tosco, mas tinha um bocadinho de tubarões em aquários (todos alvos de pesquisas). Além disso, vimos o que muito possivelmente jamais veríamos nessa vida: ovos de tubarão! Sim, há tubarões ovíparos.

  • não comemos em nenhum lugar digno de nota em Mossel Bay. Ficamos ali pelo Delfino's Restaurant, perto de casa, com wi-fi, de frente para a praia, Guinness e cardápio extenso no qual nada era realmente bom. Em cima do Delfinos há o KingFischer Restaurant, mais restaurante, menos bar, mas comida igualmente mediana e mais caro (aqui a Guinness custava 14 rands. No Delfino's, 9). 

Hermanus

Depois de Mossel Bay, o destino era Cape Town, a última parada da viagem. Entre ela, existe Hermanus, tida como um dos melhores pontos do mundo para observação de baleias. Então, paramos por lá, a 120 km da Cidade do Cabo. A cidadezinha é fofa e me pareceu que vive, basicamente, das pessoas que vão ali observar baleias. Pessoas, pensa no tanto de japas com máquinas e binóculos gigantes! O mês de outubro é tido como o mais cheios de baleias, ainda que, por causa do aquecimento global, elas tenham aparecido o ano inteiro.

Podem levar a sério o termo "observação de baleias". Como são lentas e calmas, alguns bons minutos são necessários para avistá-las e observá-las. É terapia ocupacional. Senta lá, fixa o olhar naquele mar lindo e azul, e espera. Se tiver paciência, verá espirros de água para cima (vimos vários!), rabinhos de baleia para fora da água (vimos um). Mas, na maior parte do tempo, o que se vê são coisas imensas na água se movendo lentamente, e você acredita que são baleias porque todos dizem. Poderia ser um hipopótamo ou um iceberg :) Na primeira foto abaixo, todas essas "coisas" que estão na água são baleias. Alguma delas com filhote. Eu juro! Marquei com um círculo para facilitar :-) Na segunda foto, tem uma baleia jorrando água para cima. Eu também juro!



Na verdade, passamos duas vezes em Hermanus, nessa ida para Cape Town, e num outro dia quando fomos de Cape Town para Gansbay mergulhar com tubarões brancos (registro no post sobre Cape Town)! Nas duas vezes, comemos no Fabio's Restaurant, uma cantina italiana com comidinha gostosa e reconfortante.






Próximo post: Cape Town.

Beijocas. Vanessa.

2 comentários:

  1. Nossa, quanta informação num post só! :)

    Adorei quqe o restaurante tido por "caro" foi dos mas baratos, e bom pra caramba pelo visto! O esquema de hospedagem também foi bem bacana e em conta, né?

    Meu, mesmo com o preço dobrado, o desconforto e tal, eu iria andar naas costas do elefante. Quando você teria outra chance dessas? Achei o máximo!

    Quando à observação das baleias... eu vi duas corcundas a metros de distância, rebolando, saltando e se exibindo, mas o sacrifício foi grande. Preferia ter visto como vocês, numa posição mais confortável. :)

    Bjo!

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  2. adorei a viagem! lugar lindo, comida de primeira!

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