domingo, 19 de junho de 2016

Europa 2015 - Irlanda (Kilkenny, Killarney, Cliffs of Moher e Dublin)

Pessoas,

primeiramente, leiam esse post ouvindo essa música.

Sempre que pensávamos na Irlanda, era Dublin que vinha à mente. Tínhamos um certo deslumbre com Dublin, e eu não sei explicar o porquê. O caso foi que, conversando com a prima torta Grace e o Vinicius, marido dela, que já moraram lá, fomos muito bem orientados a dar carinhosa atenção ao interior da Irlanda. E, de repente, descobrimos mil coisas novas, e os 6 dias cheios (fora chegada e saída) que programamos para o país ficou pouco!

Depois de muito ponderar e pensar e repensar e calcular e ponderar, resolvemos conhecer Kilkenny, Killarney, Cliffs of Moher e Dublin. Não nos arrependemos nem um pouco. O interior da Irlanda é muito bonito e interessante. Os pubs são cheios de irlandeses, e não de brasileiros, como em Dublin :-P Assistir aos jogos de rugby era bem mais divertido.

Voamos de Edimburgo para Dublin com a Ryanair. Chegando no aeroporto, por volta de 16h, alugamos um carro e já fomos para Kilkenny (trecho de 140 km). 

A direção é na mão inglesa e rapidinho você se acostuma. Quer dizer, de vez em quando faz barbeiragem, de pegar a faixa errada depois de uma curva. Aí, alguém local dá aquela buzinada pra você, e você volta pra sua faixa. De boa. Sério, é tranquilo, só ter um pouco de atenção e dá tudo certo.

Já nesse comecinho de viagem, a Irlanda já se mostrou muito bela: imensos campos verdes com vacas lindas.


Kilkenny

Ficamos hospedados no O'Malley's, um bed and breakfast bem confortável, com café da manhã espetacular, daqueles que você pede um prato que será preparado na hora.

Tradicional café da manhã irlandês.
Kilkenny é uma cidade medieval muito fofa e linda, daquelas perfeitas para andar a pé. Tem um castelo massa, uma catedral linda, ruelas com passagens, pubs. Nossa passagem por lá foi rápida, apenas a noite do dia em que chegamos, e o dia seguinte, mais a parte da manhã, pois a tarde fomos para Killarney.

Primeira atividade na Irlanda: diferenciar a Guinness da Murphy's. Achei a Guinness mais equilibrada.
Logo cedo, fomos ao castelo. Eu AMO castelos, por dentro e por fora. Certeza que nasci para morar em um :-) Apesar da entrada nas dependências do castelo ser paga, nos não pagamos porque o cartão não passou. E, a atendente, de pronto, disse que nesse caso, a visita era gratuita. Nem nos deixou pagar com dinheiro! Não era caro (uns 5 euros), mas achei de uma elegância.... Imaginem aquele inglês com sotaque bem britânico dizendo que vocês não precisam pagar :-)

O castelo não é grande, parece mais um forte, mas é lindo e vale a visita, inclusive interna. A área externa é daquelas que te convidam pra sentar e curtir o sol naquele friozinho, ou correr. Tem uma pista de corrida, e tinham alguns irlandeses correndo.

 

As árvores com as cores do outono

Depois, fomos bater perna na cidade. Deixamos de visitar a cervejaria Smithwick's porque achamos a entrada cara.

Esse barris estavam do lado de fora de um pub qualquer. Achei essa imagem linda e a cara da Irlanda. 



De Kilkenny fomos para Killaney. Foi uma viagem de uns 200 km, por umas estradas incríveis de tão estreitas, e paisagens bucólicas e velocidade baixa para não atropelar os bichos!




Killarney

Em Killarney, nos hospedamos no Lake Lodge Guesthouse. Adoramos. Confortável e café da manhã maravilhoso! Passamos duas noites lá.

Killarney é um dos pontos estratégicos de pernoite para quem quer visitar o Ring of Kerry, uma rota turística circular no sudoeste da Irlanda. Pelo caminho, paisagens deslumbrantes, penhascos, campos verdejantes, ruínas, vilarejos, fazendas, plantações. Coisa para ir de carro, com calma, parando para fotografar quando bem entender. A rota tem menos de 200 km.

Não fomos com programação fechada. Fomos indo e parando e curtindo. Foi um dia lindo, ainda que um céu azul tenha feito um pouco de falta.

Levamos umas comidinhas para comer durante o dia, mas há opções de restaurante nas cidades maiorzinhas.

Cuidado só com os ônibus turísticos. Saem mil deles por dia de Killarney. Ganhamos a dica de fazer o percurso em sentido oposto aos ônibus, para evitar multidões. Deu certo.


Ruínas de um castelo pelo caminho. 

Vacas irlandesas lindas.

Cenários incríveis!
Ballycarbery Castle - um castelo inacabado lindo e com livre acesso.

Ballycarbery Castle

Ballycarbery Castle

Estátua de Charlie Chaplin em Waterville, onde ele nasceu. A cidade é muito charmosa.

Staigue Stone Fort

Staigue Stone Fort

Indo.

Em algum local alto e com ventos furiosos.


Quando voltamos para Killarney, fomos visitar o Castelo Ross. No caminho, avistamos uma despedida de solteira.

Foto maior pra vcs repararem que há um pinto inflável rosa gigaaaaaante. Igual ao caminhão da BR 140.
O Ross Castle é bem bonito, e a região ao redor do dele muito agradável. Estava um final de tarde ensolarada muito lindo, com várias pessoas curtindo a vista do lago, crianças brincando, pássaros e cachorros por ali, casamento acontecendo. Até as garotas da despedida de solteira pintaram por lá depois :-)





Despedida de solteira com um pinto rosa inflável.


"Amooorrrr, olha o cachorro!" Eu sou besta assim com bicho. 



 


Foi isso. Um dia lindo! De noite, pub, cerveja, rugby. Perfeito.

Cliffs of Moher

No trajeto entre Killarney e Dublin, desviamos um pouquinho e fomos até o famoso Cliffs of Moher, no Condado de Claire. Que lugar espetacular!!! De uma grandiosidade incrível! E muito bem estruturado para os turistas. Tem estacionamento amplo, banheiros e uma boa lanchonete/restaurante. Tudo isso tem um preço, claro (mas em euros, o que era um deleito para meus olhos depois de uns dias em libra na Escócia!), mas vale muito a pena.

O lance é explorar o lugar (tem muitos pontos excelentes para fotos) e achar um lugarzinho para contemplar aquilo tudo. Simples.








Sentei rapidinho para fazer a foto e pronto. Deu o maior medão!


Observem que aquele cara de azul, mais ao fundo, está correndo! Na beira do precipício.
 


Dublin

De Cliffs of Moher para Dublin são 280 km, mas a viagem rende bem. A pista é uma reta. Reta mesmo, com velocidade constante quase todo o tempo. Fizemos a viagem em menos de 3 horas.

Ficamos hospedados no Paramount Hotel, com reserva feita pelo Booking.com e diária a quase 90 euros. O hotel é velho, meio desconfortável, apesar de o quarto ser espaçoso e não ter cara de desconfortável. A localização é ótima e péssima. Ótima porque fica bem no burburinho da noite de Dublin, no bairro Temple Bar, perto de tudo. E péssima porque os arredores são barulhentos. Acordava de madrugada com a algazarra da galera que estava saindo dos bares. Um dia, inclusive, acordei ao canto de Madalena por um grupo de jovens brasileiros muito felizes.

Falando nisso, brasileiro é o que há em Dublin. Pior que Orlando. A recepcionista do nosso hotel era brasileira. Todo canto tem brasileiro trabalhando. Muitos em situação irregular, razão pela qual respondemos mais perguntas do que o habitual na imigração quando chegamos na Irlanda.

Dublin é super jovem e alegre. Então, nos concentramos em fazer o que as pessoas jovens fazem: pub crawls. Foi nossa estréia e, olha, não decepcionamos. Pena que não posso contar detalhes, porque o que acontece no pub crawl, fica por lá mesmo.

Espírito de Dublin

Espírito de Dublin
Molly Malone, de Jean Rynhart (1988). Dizem que pegar no peito dela traz sorte. Por garantia...
Marquei um walk tour com a Sandemans para nosso primeiro dia pela manhã, pra dar uma geral na cidade. Foi muito legal! O guia, Conor, muito divertido e tals. Passamos pelos arredores do castelo, fomos na universidade Trinity (belíssima).








Nos outros dias, perambulamos pela cidade, curtimos preguiça em parques, fizemos fotos de coisas bonitas, passeamos pelas pontes.  Não fiz um roteiro prévio para os dias, deixei a coisa rolar solta.

Muito comum em Dublin: casas peludas e com portas coloridas. Dizem que é para os bêbados não entrarem nas casas erradas.
 

 

Quer dizer. Uma coisa estava bastante programada: a visita na fábrica da Guinness. Que passeio! Obrigatório. É meio Disney para adultos? É. Mas é muito legal, vale o dinheiro. Nós chegamos umas 09h e saímos uma 15h. Almoçamos por lá, o preço da comida é ok. Dá pra se divertir bem.


Uma piscina de malte!
Uma parede de lúpulo <3 td="">
  



Depois da fábrica da Guinness, fomos ao Museu de Arte Moderna, que é ao lado, dá pra ir a pé. A entrada é gratuita e o museu é lindo! Vale a visita. Depois, também a pé, fomos para o Phoenix Park, lindo, verde e grande.



Wellington Testimonial, o maior obelisco de pedra da Europa.
De bares, fomos algumas vezes no Portherhouse. Tem cervejas do mundo todo e também cervejas produzidas por eles, que são ótimas!!! A comida por lá também é boa (um hambúrguer de respeito!), Lá é bem turistão!


Para beber com os locais, fomos algumas vezes também no The Long Hall, excelente! Lá provamos um whisky envelhecido em um barril de cerveja do tipo stout. Muito legal essa troca de papéis )em regra, cervejas são envelhecidas em barris de whiskey). Não lembro o sabor, não curto whiskey nem um pouco.


O resto da bebedeira foi nos pub crawls, atividade que eu fortemente indico a quem gosta de beber e bater papo com gente de todo o mundo. A nossa experiência foi realmente legal. Fizemos o pub crawl dois dias seguidos, e fomos (muito) zoados por alemães, bati um papo muito maneiro com um árabe, e ele me contou que hoje em dia não é assim tão comum ter várias esposas, especialmente por questões financeiras, mas também porque nem sempre as pessoas querem se casar (que era o caso dele, era casado com uma mulher apenas e não quer saber de mulher nunca mais. Pelo menos era o discurso da época :-)), um dos finais de noite foi numa festa dessas de gente jovem que as pessoas dançam se esfregando muito uma na outra (mas sem beijar na boca, e tempos depois q fui saber que isso é um tipo de pegação europeia!). Tá bom. Já falei demais.

Dublin foi assim, bem relax, sem muita anotação dos nomes dos lugares e tals. Mesmo assim foi incrível. Tão incrível que o Google resolveu oficializar nossa viagem! Fomos flagrados perambulando em Dublin pelo Google Street View. E ainda tem o registro do meu tchau. Sem mais.

De Dublin, fomos para Cardiff, no País de Gales, assunto para os próximos posts. Voamos pela Flybe, por 67 euros. Ô coisa boa é viajar apenas com bagagem de bordo.

Beijocas. Vanessa.