quarta-feira, 21 de março de 2018

Colômbia (Bogotá e Cartagena) com um bebê de 05 meses - Fevereiro de 2018

Pessoas,

coisa difícil é escolher destino de viagem com bebê no período de final e início do ano. Acima do Equador é frio, abaixo do Equador chove. E não queria praia. Depois de fuçar horrores, acabei num post sobre a Colômbia e li que janeiro e fevereiro são os meses menos chuvosos em Bogotá, além da temperatura ser bem agradável.

Bingo. Fomos para a Colômbia.

Por ser nossa primeira viagem internacional com a Lia, optamos por ir somente para Bogotá, para evitar mais voos, mais entradas e saídas de hotel, mais transfers e etc. Também não tínhamos muitos dias, daí a viagem ficaria meio corrida. Enfim, passamos 5 dias inteiros em Bogotá e foi perfeito. Nossos primos foram até Cartagena e adoraram. Tem relato deles logo ali em baixo.

Para entrar na Colômbia, é necessário apresentar o Certificado Internacional de Vacina contra a febre amarela. E eles estavam cobrando de verdade. A vacina é contraindicada para bebes com menos de 9 meses. No site da Anvisa tem um Certificado de Isenção, que eu levei assinado pela pediatra, mas eles nem pediram esse documento, só mesmo a comprovação da idade do bebê.

Falando em bebê, para embarque internacional é necessário documento com foto. Para a Colômbia, pode ser a carteira de identidade (emitida há menos de 10 anos) ou o passaporte. Lia já tem os dois, e claro que levei o passaporte, pra ter o carimbo da Colômbia e também para faz jus à taxa de emissão, visto que o passaporte dela só vale 1 ano. Dureza é que ando querendo fazer muito jus a essa taxa...rsrsrs

Fomos de Latam. Os voos foram rápidos, com conexões bem curtas em Guarulhos, e eles fornecem bercinhos para bebes. Para ter direito ao berço, é preciso comprar o assento Espaço +, porque só nesses assentos tem o encaixe pro berço. Olha, mesmo sem berço, tá aí uma compra que eu achei que valeu super a pena. Cada assento custou quase 60 reais, por pessoa e por trecho, e o espaço é muito bom. As pernas vão muito livres e aquele espação livre na sua frente deixa a viagem bem mais confortável.

Do aeroporto para o hotel fomos de táxi, que pegamos no aeroporto mesmo. Éramos 5 adultos e um bebê (que, apesar de ir no colo e não contar como passageiro, é responsável por boa parte da tralha da bagagem) e nos arranjaram uma van, que saiu  70 pesos (mais ou menos 70 reais) a viagem até Chapineiro, o bairro do nosso hotel.

No aeroporto mesmo compramos sim cards pro nosso celular. Assim que sair do desembarque, tem uma loja (una tienda) de bebidas e comidas à esquerda. Lá tem sim card da Tigo, pré pago, para voz e dados, sendo que twitter, facebook e whatsapp são gratuitos. Compramos o de 1gb de custou 45 pesos, para 15 dias. Não lembro quantos minutos para chamadas por voz estavam incluídos.

No aeroporto também, na sala de desembarque, onde esperamos as malas, tem um casa de cambio. Não lembro se a cotação era boa, sorry. Trocamos só um pouco pra ter dinheiro pro táxi.

Ficamos hospedados no Lloyds Apartasuits Parque 93. Gostei. Os apartamentos são grandes, a cama confortável, muitos canais de tv a cabo, cozinha bem equipada, o banheiro é espaçoso, disponibilizaram um berço. A equipe é muito atenciosa e prestativa.

Decoração do quarto

Não gostei muito do chuveiro, porque acontecia muito do fluxo de água diminuir ou esfriar no meio do banho, e também não havia muitos lugares para deixar malas e roupas, o que acaba deixando o quarto meio zoneado.

O café da manhã é a la carte e pode ser servido no quarto, sem custo adicional. Eles têm umas 5 opçoes de refeições e a porção não é muito grande não. Na esquina tem uma loja tipo mercearia, útil para comprar água, bebidas e comidinhas indevidas.

A decisão de onde ficaríamos hospedados foi a parte mais difícil dessa viagem. Em Bogotá, há duas regiões onde a turistada se concentra: no centro histório, na bairro da Candelária, ou na zona mais moderna da cidade, nos bairros de Chapineiro, Chico, por volta da Zona Rosa. A distância entre as duas regiões é de mais ou menos 10km.

A vantagem de ficar na Candelária é que a maior partes das atrações turísticas é por ali. Porém, a noite é meio perigoso e não é recomendado andar pelas ruas dando mole. Já a região por perto da Zona Rosa é ideal para sair a noite, é mais segura, tem várias opções de locais para compras, restaurantes e entretenimento.

Optei pela região moderna porque o lance da segurança conta muitos pontos pra mim. Além disso, queria uma acomodação com cozinha (não tinha tanta opção assim na Candelária) pra poder fazer refeições em casa a noite, pois sair com bebê é um pouco mais complicado. Além disso, como nosso grupo era bem diversifiado, ter várias opções do que fazer por perto parecia mais adequado.

Gostei da escolha que fizemos. Nosso hotel era bem localizado e perto de um monte de restaurantes, parques. Uma área bem agradável de passear. O único problema foi que a gente demorava quase 1 hora pra chegar na Candelária e outra hora para voltar pra casa! O trânsito de Bogotá é insano. Paciência, né. O jeito era se acomodar no Uber, que foi basicamente nosso meio de transporte na cidade, apreciar a cidade, bater papo com o motorista e rezar pra que ele não batesse o carro, porque, olha, o trânsito é insano e os motoristas tudo doido.

Apreciar a cidade, sim. Porque como Bogotá é bonita. Muito arborizada, com diversos pontos com mirantes.

Sobre o Uber, aconteceu um caso curioso (e meio assustador). Numa noite, voltando de um restaurante na Zona Rosa, o motorista parou o carro num túnel, começou a perguntar um monte de dados pessoais pro Vinicius (nome, endereço, telefone), anotou tudo, deu um crachá pra ele e disse que, se fóssemos parados pela polícia, que estaria logo a frente, era pra dizer que tínhamos contratado serviço de transporte de determinada empresa. Segundo o motorista, o Uber não é regularizado na Colômbia. Eu fiquei sem entender é nada, porque não tinha nem ouvido falar disso e o próprio hotel recomendou o Uber. Só sei que na hora que o motorista parou o carro naquele túnel escuro, e começou a falar rápido pedindo dados, falando a palavra 'polícia' de vez em quando, eu achei que a gente ia se dar muito mal. Ainda bem que foi só um susto.

Não utilizamos a cozinha do apartamento nem um dia sequer. Ao redor do Parque 93, do ladinho do hotel, tem muita opção de restaurantes legais, com precinho bom. Daí, acaba que compensava sair com o bebê, ainda que tivesse que jantar com um braço só porque o outro tava ocupado segurando a criança. Aliás, tô craque nessa habilidade.

Falando em restaurantes, Bogotá é uma perdição. Primeiro que os preços são lindos (comparados com Brasília, que é uma cidade cara). Segundo que tem opção de todo tipo de restaurante, inclusive peruanos, inclusive o La Mar, aquele restaurante cretino que conheci em Lima e ganhou meu coração pra sempre. Comemos muuuito bem.

Fizemos mil passeios bacanas.

No primeiro dia, fizemos um daqueles free walking tour com a empresa Beyond Colombia. Foi como esperado, andanças, causos, muita gente. Não consegui aproveitar tanto o tour. Minha atenção era muito voltada pra Lia, daí quando conseguia prestar atenção no guia já não sabia mais do que ele falava. Mas foi legal andar pela primeira vez na Candelária com alguém dizendo por qual caminho seguir. Nesse tour, que é gratuito, eles sugerem uma contribuição de 30.000 pesos ao final. Achei essa "sugerência" meio sem noção. Afinal, é gratuito ou não é??






Almoçamos no centro mesmo (no Wok-a Bar - comida boa, cadeiras péssima, pareciam cadeiras de casa de boneca. Nunca vi algo tão desconfortável. Ou seja, não compensa) e a tarde fomos ao Complexo de Museus do Banco da República, onde ficam o Museu Botero, a Casa da Moeda e o Museu de Arte do Banco da Republica. Essa visita é obrigatória porque os museus são bem legais. E, além disso, é de graça.







No segundo dia, fomos visitar a catedral de sal de Zipaquirá. Pegamos um tour privado com a Beyond Colombia e não valeu a pena. Eu fechei o tour porque achei que o motorista ia entrar conosco e fazer uma visita guiada. Mas, não, ele apenas nos levou, esperou a gente lá fora, passou no centro histórico do município de Zipaquirá e perguntou se queríamos descer para fotos e na volta nos deixou pra almoçar onde escolhemos, em Bogotá. O valor do tour por pessoa já incluía a entrada na catedral e custou 154.000 pesos colombianos.

A entrada custa 45.000 pesos colombianos e tem tours a cada 15 minutos, se não me engano. O hotel cobraria 250.000 pesos colombianos para levar 5 adultos até lá e o motorista esperaria 3 horas. Ou seja, pagamos uns 50.000 pesos a mais, por pessoa, pra.....nada.

A espera de 3 horas do motorista faz sentido. A catedral de sal é uma construção dentro de uma mina de sal. É tipo uma gruta. É bem grande lá dentro, tem a representação da Via Crucis de Cristo, esculturas, salões, lojinhas, lanchonete. É um passeio muito legal, vale demais.




Se não fosse salgada a gente ia pedir o dinheiro de volta.

No terceiro dia, voltamos à Candelária para visitar o Museu do Ouro. O Museu do Ouro é legal, mas não muito. É que é muita miudeza de ouro exposta em vitrines intermináveis. Cansa. Depois da segunda sala, tudo parece igual. A entrada não é gratuita como no Museu Botero, mas é baratinha, 4.000 pesos colombianos. Então vale conhecer.

Múmia no Museu do Ouro

A tarde, fizemos um tour bem legal com a Beyond Colombia: fomos até o mercado municipal para conhecer e provar frutas exóticas. Custou 60.000 pesos por pessoa e foi demais! Nos encontramos na frente do Museu do Ouro, pegamos um taxi até o mercado Paloquemao (tarifa do taxi incluída no valor do tour) e passamos umas 3 horas rodando o mercado e comendo frutas sob a direção do guia Ricardo, um cara bem divertido e que fala um ótimo português. Sendo do Brasil, muita fruta não era exótica (como a primeira que provamos, uma tal de goiaba..rs) e os sabores nem eram tão estranhos, mas eu adorei o passeio. Tinha uma inglesa no nosso grupo. Ela, sim, se divertiu horrores.





No quarto dia, eu já tava era exausta querendo voltar pra casa. É que viajar com bebê cansa. Carregar menino, carregar mochila de menino, amamentar em qualquer lugar, comer com uma mão só, não dormir a noite toda. Ainda que tivesse muitos colos para dividir, a maior parte do tempo é no meu colo que ela queria estar. Então, não programamos nada pra esse dia, não tivemos hora pra acordar e a idéia era relaxar. Assim, acordamos, tomamos café com calma e fomos pro Parque 93, que na verdade é uma praça bacana. E ficamos ali sentados a manhã toda vendo as pessoas passarem e a vida acontecer. Foi ótimo.

Almoçamos por lá e a tarde fomos ao Monte Monserrate. A vista de cima do Monte é linda demais! Além disso, lá em cima tem uma estrutura bacana pra passar um tempo. Não é só um mirante, sabem? Tem uma igreja fera, restaurante, café. Dá pra passar um bom tempo por lá.


A turma (ótima) da viagem.


Lia e a vovó Nice
No quinto dia, dia de vir embora, fomos de manhã na Candelária de novo, porque eu queria explorar melhor a Plaza Bolivar e a região do centro (passamos lá rapidinho no dia do walking tour gratuito), A praça estava fechada porque ia ter uma filmagem lá. Passamos também no Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez, porque eu tava decidida a comprar Cem Anos de Solidão em espanhol. Mas, gente, que livraria cara do caramba! Comprei não. Daí, entramos na Catedral, que é linda (e onde Lia foi trocada no chão após um daqueles cocôs explosivos que sujou tudo!). Pra finalizar a manhã, fomos no Museu das Esmeraldas, que é pequeno, mas as visitas são guiadas e eu achei bem legal, especialmente porque o guia falava devagar e com palavras fáceis. A entrada era baratinha, uns 5 reais. Ah, e do museu tem-se uma vista bem legal de Bogotá, pois ele fica no 22º andar de um prédio. Fizemos tudo isso em menos de 3 horas, a pé. É um roteirinho enxuto e eficiente para se fazer no centro histórico.



Vista do Museu das Esmeraldas




Fomos em mil restaurantes bacanas.

Comemos muito bem em Bogotá! E quase sempre comemos nos restaurantes ao redor do Parque de la 93, que tem variedade e opções de qualidade.

Destaco o peruano La Mar, o Osaka Coccina Nikkei (restaurante de comida oriental foda, com filiais em várias partes do mundo. Acredite, o preço dele lá em Bogotá é de restaurante de Brasilia), Crepe e Waffles (uma rede muito comum por lá, serve saladas, crepes, sorvetes, o custo benefício é excelente), Wok Parque, Cuzco Restaurante, Gato Negro, a rede de cafés Juan Valdez (dispense a Starbucks nessa viagem, por favor!). Tentamos ir em uma das filiais da Bogotá Beer Company, mas, infelizmente,  não pode entrar com bebês em bares e pubs :-(

Cartagena das Índias

Nós não fomos até Cartagena, mas meu primo e a namorada estenderam a viagem. Segue o relato deles:

Depois de Bogotá, resolvemos dar uma esticada na viagem até famosa cidade de Cartagena das Índias, ou simplesmente Cartagena. O voo foi pela Avianca que, de acordo com um dos motoristas de uber como quem conversamos, é a companhia aérea mais antiga do mundo. Se é verdade ou apenas orgulho nacional (por ser uma empresa colombiana), não sabemos, mas fato é que ela dá um show nas que temos por aqui. Em um voo com pouco menos de duas horas de duração nos foi servido um delicioso lanche. Além disso, a aeronave era bem espaçosa e contava com sistema de entretenimento de bordo (ausente no voo de Bogotá – Guarulhos, de mais de 6 horas, operado pela LATAM).


Partindo para detalhes mais relevantes, a cidade é simplesmente encantadora! Saindo do avião já se tem a impressão de estar em solo caribenho, fator que se dá principalmente pela temperatura – quente e úmida – e pela charmosa decoração do aeroporto.

Já em direção à nossa acomodação, reação foi de surpresa! Cartagena é uma cidade grande!! Fomos com as fotos do google imagens na cabeça (das famosas fachadas floridas) e nem nos demos conta que lá também há uma parte moderna! Com direito a muitos prédios, que carinhosamente apelidamos de “águas claras colombiana”.

Para dar uma aliviada na carteira, acabamos optando por ficar em um hostel, mas com quarto privativo. O nome era Tu Onda Hostel. O quarto era bacana, bem simples, mas espaçoso, atendeu às nossas expectativas. Destaque para o café da manhã, já incluído na diária e com uma boa variedade: misto quente feito na hora, frutas, café, leite, sucrilhos e suco. E fica localizado a 15 minutos de caminhada da cidade murada.





No primeiro dia completo na cidade , saímos para desbravar a parte histórica. Optamos por um dos sempre úteis free walking tours, para ter uma noção da história e sentir o clima do lugar. A cidade é muito fofa, parece cenário de filme romântico, tipo o Romeu e Julieta, com fachadas que são patrimônio histórico da humanidade. Há, porém, um pequeno ponto negativo, mas que deve ser parte da cultura de lá: os vendedores ambulantes, que muitas vezes são inconvenientes em suas abordagens. Mas é só não dar moral, e seguir o baile.


O parte principal da cidade é formada por várias praças e igrejas, sendo que a principal é conhecida por celebrar casamentos de pessoas de alto poder aquisitivo, tivemos a oportunidade de presenciar um deles e realmente, tanto a cerimônia quanto a festa eram top da balada, coisa de gente fyna e ryca.


A cena gastronômica da cidade é bem variada, há restaurantes e bares para todos os gostos e bolsos. No almoço optamos por uma indicação de um restaurante com comida local, bem simples (San Valentin). O preço é bem em conta, e a comida ok. Tentamos arriscar uns nomes diferentes do cardápio, mas sem muito sucesso. Para o jantar, optamos por um dos vários bares/restaurantes localizados nos terraços dos prédios. Vale muito à pena, a vista é maravilhosa, e a comida farta. (El Mirador). Haviam comentado que o comércio fechava cedo, mas encontramos opções de lugares que serviam comida até as 2 da manhã!

No dia seguinte fomos a uma das várias ilhas que rodeiam a cidade. A que escolhemos chama-se Bora Bora, e faz parte do arquipélago Ilhas Do Rosário. Por um preço de menos de 150 reais tem-se transporte de lancha acesso à ilha privativa, almoço e um drink. A estrutura do lugar nos agradou bastante. A dica é comprar o passeio direto em um dos quiosques espalhados pela cidade, ou direto nos guichês de embarque, não vale à pena tentar fazer reserva online por algum desses sites de viagem, o preço chega a dobrar! Nesse dia o tempo estava ótimo, e aproveitamos para fazer um mergulho de snorkel para dar uma conferida no mar do caribe: simplesmente incrível! A volta de lancha é a parte emocionante, se você não tem medo, vá na frente da embarcação, fica a dica!









E foi isso! Se for a Cartagena, não deixe de conferir seus cafés, sua belas ruas com suas fachadas floridas, seus doces e de dar uma conferida nos artesanatos vendidos pelas ruas!

Foi assim.
Beijocas. Vanessa

Um comentário:

  1. Amei seu blog! Curti muito seus posts!
    https://umaxicaradecafeporfavorblog.wordpress.com/

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