terça-feira, 13 de setembro de 2022

Motorhome pelo Goiás - julho/2022

 Lia,

depois de tanto ler sobre viagens fantásticas de motorhome, especialmente nos blogs Felipe O pequeno Viajante e Memória Viajante, finalmente chegou a nossa vez de viver essa aventura. 


Foi a  sua 25ª viagem filha! Teve até camiseta especial para a ocasião produzida pelo papai.

Camiseta da Ovo

Sobre motorhomes, nós ficamos impressionados com a quantidade de motorhomes na Chapada dos veadeiros quando fomos acampar, em maio de 2022. O caravanismo, que é ato de acampar usando um veículo, tá bem difundido pelo Brasil, inclusive no Centro-Oeste. Encontramos gente de Porto Alegre e que estava cruzando o Brasil e indo até o Amapá, gente de Goiânia, gente de Minas Gerais, todos com suas vans e kombis adaptados para serem uma casinha.

Pouca gente sabe, mas em Brasília existe empresa de aluguel de motorhome. É a FreeStyle Vivências, localizada no Lago Norte. Inicialmente, nosso plano era fazer uma viagem de motorhome fora do Brasil, em lugares que são bem adaptados e tradicionais para esse tipo de viagem. Mas, ao saber da existência da FreeStyle Vivência, pensamos: por que não fazer um teste drive desse tipo de viagem por aqui? Seria ótimo já chegar lá fora com um mínimo de experiência em como lidar com uma casa sobre rodas.

Pois assim fizemos. Atualmente, A FreeStyle Vivências têm dois motorhomes para lugar, o Tiger e a Loba. Nós alugamos o Tiger, uma Toyota Hilux 3.0 4x4 turbo adaptada.  O valor de 5 diárias, de quarta a domingo, em alta temporada, já incluindo o seguro, foi de R$ 2.900,00. Tem também a taxa de limpeza de R$ 270,00. A quilometragem permitida foi de R$ 350km/dia ou 1.050 km livres.

Depois de muito pensar e ponderar sobre nosso roteiro, ele saiu assim: 2 noites em Rio Quente, 1 noite em Pirenópolis e 1 noite no Salto Corumbá. Foram quase 800 quilômetros rodados e foi bem tranquilo.

Explicando bem resumidamente, são três coisas que precisamos ficar atentos para a casa do motorhome funcionar: água, energia e vaso sanitário.

Com relação à energia, é bem tranquilo, porque a casa tem a fonte de energia independente do carro. Então temos luz na casinha. No Tiger, o ar condicionado, o microondas e o secador de toalhas só funcionam com fonte de energia externa, ou seja, o motorhome deve está ligado/conectado na energia do camping. O aquecimento da água e do próprio aquecedor do Tiger é por meio de gás, não de energia. Então rola banho quente independentemente de estarmos em camping ou não. 

Com relação à água, o Tiger tem 3 caixas de água. Um dele é reservatório grandão de água limpa, usada para tudo, banho, cozinha. É esse reservatório que enchemos quando estamos no camping ou quando encontramos algum fornecimento de água por aí, como em postos de gasolina. Nos campings, é possível ligar a mangueira de água diretamente no motorhome, assim conseguimos usar a água do camping diretamente no motorhome, sem que ela passe pelo reservatório e, claro, sem usar a água do armazenada.

Essa água da pia e do banho, chamada de água cinza, vai para outro reservatório, que deve ser esvaziado sempre que cheio. O tempo que levará para enchê-lo depende do uso da água. Quanto mais banho, mais louça, etc, mais rápido o reservatório de água cinza enche. 

O terceiro reservatório é o do vaso sanitário, onde fica a chama água marrom. Obviamente ele também precisa ser descartado antes de encher demais, porque pode dar odor pela casa. Mas, para ficarmos tranquilos, os locadores colocam um produto químico no vaso sanitário, tipo aqueles de banheiro químico, e mesmo a água marrom que sai do reservatório quando a descartamos não é nojenta tipo esgoto. Quase nem cheiro tem.

O Tiger tem também máquina de lavar roupas! Acreditem se quiser. Uma máquina de 3kg lindinha. Para ela funcionar, as fontes de energia e de água têm que vir de fora, ou seja, o motorhome tem que está conectado na energia e na água do camping.



A cama de casal que fica acima da cabine é muito boa! Grandona, dá pra dormir um casal e uma criança de boas. Já a cama que se forma no lugar da mesa é menor, especialmente no comprimento. É mais adequada para crianças ou adultos pequenos, tipo a mamãe (157cm).

O tamanho do banheiro é excelente, tanto a parte do chuveiro quanto a do vaso sanitário que, diga-se de passagem, é vaso de verdade! A ducha do banho é ok, mas rolava uma intermitência tanto no jato quanto na temperatura da água. Ou seja, por causa do racionamento da água, por causa das características da ducha/bomba de água, os banhos serão rápidos :-)

O Tiger vem com todos os acessórios de cozinha que precisamos, e até um pouco mais. Talheres, panelas, cafeteria, escorredor. Tem de tudo! Tem também utensílios para acampamento, mesa e cadeiras para a área externa, itens para limpeza, como vassoura, pano, detergente. 


Dia 01 - de Brasília até Rio Quente

Na quarta-feira chegamos na Freestyle às 08h20. É bom chegar cedinho porque antes de poder pegar o Tiger e saí por aí a gente passa por um treinamento sobre todas as funcionalidade do carro e casa. Depois da aula, ainda vai um tempo para colocar tudo dentro do motorhome, como roupas, alimentos, toalhas, lençóis e tudo mais que vocês considerem kit de sobrevivência. Apesar de parecer pequeno, o Tiger tem espaço pra caramba! Mesmo depois de transferir as coisas do carro para o motorhome, ainda ficaram váaarios armários vazios.


Tudo nos armários, você na sua cadeirinha, estávamos prontos para partir! Saímos de Brasília por volta de 10h30 e fomos rumo a Rio Quente.

O papai insistia em dizer que estávamos indo para Caldas Novas. Que Rio Quente é o nome que quem é nutella chama a cidade. Que ele, raiz, chamaria de Caldas Novas e pronto. Para velhos de plantão, aviso que Caldas Novas e Rio Quente são municípios diferentes. Tenho provas.


O Tiger é um carro lento. É literalmente levar uma casa em cima de um carro. O lance é curtir a viagem. A diversão é curtir perrengue, a dificuldade de deslocar a casa. É sentir prazer em fazer algo que, aparentemente, não faz sentido. Para quem quiser sentido na vida, vá de carro e fique em um hotel chique. Ahahah (é bom demais também!)

A velocidade confortável é de 90km/h. Mais que isso, já se sente certa instabilidade, qualquer desnível na pista parece que deixa o carro sambando. Ele também não é um carro de ultrapassagem. Ou seja, se calhar de ficar atrás de um caminhão, é possível que se passe muito tempo da viagem atrás dele. Aliás, éramos ultrapassados pelos caminhões ;-)


Depois de percorrer 70km em 01h48m, paramos para almoçar em Luziânia. Infelizmente, o plano de almoçar em algum lugar bonito da estrada cozinhando a nossa própria comida não rolou. Não teve parte bonita da estrada. A maior parte dela é sem acostamento e passando por cidade pequeninas. As estradas bem precárias, quebra molas não pintados.

Almoçamos no restaurante 3 Vendas, em restaurante bem simples, mas com comida bem gostosa, com wifi, uns brinquedos para distrair as crianças, atendimento gentil e preço super camarada! O prato do dia, com frango, foi R$ 15,90. O de filet com ovo custou R$ 24,90.

Seguimos viagem e pouco antes de chegarmos em Rio Quente, você quis ir ao banheiro. Olha que delícia isso! Paramos o carro e você usou no nosso banheiro, limpinho e cheiroso :-) Aliás, todo mundo aproveitou pra fazer xixi. Como você já estava há uma bom tempo sozinha na sua cadeirinha na parte de trás do carro/casa, nessa hora o papai assumiu o volante e nós duas fomos conversando lá atrás.

Chegamos no camping Esplanada Thermas Parking umas 17h. Não tínhamos reserva, apesar de que eu tentei. Mandei mensagem pelo whatsapp e não responderam. Tentei ligar e não atenderam. Mandei e-mail e a resposta só chegou quando nós já estávamos hospedados. E o pior foi que a resposta era pra eu entrar em contato no número do whatsapp que eu já havia tentado dias atrás. Enfim.

Chegamos e tinham vagas, ainda bem. O valor é R$70 por pessoa e crianças até 5 anos não pagam. A parte do camping é ótima para motorhomes. Tem água, energia e fossa e tudo funcionou perfeitamente. Tem um trecho do Rio Quente passa dentro do camping, é uma delícia. 

Conectando o Tiger nos cabos de água e eletricidade

Sobre o rio, assim que chegamos no camping e acomodamos o Tiger nas mangueiras e cabos, fomos tomar um banho de rio. Foi com emoção, né, filha? O trecho do rio é rasinho, mas tem uma correnteza. Junto de uma pedra, onde a força da água é maior, você desequilibrou e foi levada até....uns 20 metros depois...hahahah. Mas para a mamãe, parecia uma cachoeira te levando! Levei um susto, gritei pelo papai e, quando ele foi te puxar de volta, a correnteza levou o chinelo dele. Você depois contou essa história algumas vezes e dizia "o papai preferiu me salvar do que salvar o chinelo". Tão linda. Você acredita que o chinelo do papai foi parar dentro de uma baleia.


No camping tem uma parte para lavar roupas e lavar louças que é bem legal. Lavar as louças na pia do camping é bem mais confortável que na pia do motorhome e ainda tem a vantagem de não encher o reservatório de água cinza. 

Porém, a infraestutura dos banheiros é péssima. Coisa mal cuidada, com cara de suja, vasos sanitários sem assento ou, pior, com assentos rachados. Apesar das inúmeras placas de proibido som auto motivo, havia sons automotivos ligados. E começam a música alta cedo, tipo antes das 09h. Tão desnecessário. 

Como o chinelo do papai foi levado como oferenda pela Rio Quente, quando papai impediu que o rio te levasse, filha, fomos andando até o centrinho da cidade para comprar chinelo. Encontramos. 

Daí voltamos pra casa e jantamos um delicioso macarrão com atum no Tiger. Jogamos alguns jogos de tabuleiro, contamos histórias e dormimos. 


Dia 02 - Hot Park

O plano para nosso segundo dia foi ir ao Hot Park.

Mamãe acordou cedinho e foi correr pelas ruas e ladeiras de Rio Quente. Treino intervalado na subida. Foi canseira, uma ventania, um friozinho, mas foi bom demais. Voltei pra casa com pó de café que não tínhamos levado.

Depois tomamos café da manhã no Tiger. O espaço é pouco, tem que ter estratégia e paciência. Mas é muito divertido! 

Nos arrumamos e fomos para o Hot Park andando. O camping Esplanada fica pertinho de uma das entradas do parque.

Compramos os ingressos do Hot Park pelo site, utilizando cupons promocionais do Premmia. Cada ingresso saiu por R$ 144,40 (o desconto é uma grande pegadinha, porque ele vale para o valor cheio do ingresso, mas todo mundo paga o valor promocional que hoje - agosto/22 - está R$ 149,00). Crianças até 4 anos não pagam.

Foi um dia muito divertido, filha! Você foi vestida de Moana. Foi fazendo sucesso pelo caminho e também quando chegou lá. Apesar de termos chegado às 10h, hora que abre, pegamos uma fila boa na entrada de uns 30 minutos. Ficamos de papo com uma família de São Paulo que estavam atrás de nós e você fazendo amizade com as crianças ao redor.



O Hot Park é muito top! É padrão Disney. Entrada organizada, tudo limpo e bem decorado. Tem salva vidas em todas as atrações que passamos e os funcionários são sempre gentis e educados. Todo lugar é ótimo para fotos. Estava bem cheio, mas conseguimos bons lugares. Demos sorte de algum grupo desocupar cadeiras perto de onde estávamos parados. 

Entramos por uma área do parque que já dava no Hotibum, brinquedão infantil e também para adultos. São 10 toboáguas, balde gigante, muitas cores, aquelas pistolas de água, trilhas suspensas. Divertido demais e por ali você ficou um bom tempo. 



Quando se cansou, comeu alguma coisinha e fomos para a Praia do Cerrado. Que delícia de lugar!  A praia artificial é tão bem feita que tem regiões com areia branquinha e fininha, orla com coqueiros, diferentes tipos de ondas. Vimos um teiu, um lagarto gigante típico do cerrado. Esse era enorme mesmo. 

Encontramos uma região vazia, mais longe do agito e onde forma uma prainha para crianças menores  e ficamos por ali. Quando a sirene tocava e as ondas começavam, corríamos para a água! Foi muito divertido, assim como foi da outra vez em que estivemos lá. Mamãe só dá nota zero para a música alta naquela praia. Pra que tanto barulho, gente?




Almoçamos no restaurante por R$ 78 quilo. Melhor das opções, já que um hambúrguer com cheddar e bacon e acompanhado de Doritos era quase R$ 40. E encurtaria nossa vida em alguns anos.

Voltamos para a Praia do Cerrado e por lá curtimos até a hora que deu vontade de ir embora. Mas, no caminho para a saída, passamos novamente em frente ao Hotibum e você nos obrigou a dar mais uma paradinha por lá :-)

A processo de pagamento na saída do Hot Park é cômodo, feito por máquinas ou caixas convencionais. Na entrada a gente recebe uma pulseirinha com crédito de R$ 350,00 e vai usando. Na saída, para na máquina e paga a dívida.

Voltamos para o camping e ficamos por lá. Demos uma arrumada na casa, lavamos roupa, estendemos, montamos a mesa do lado de fora, jantamos. 



Você brincou com outras crianças do camping e teve o cuidado de avisar a uma delas que a correnteza do rio era perigosa. De acordo com a sua explicação, "você deve ter muito cuidado, muito cuidado, senão o rio pode te carregar e se ele te carregar pode vir uma baleia sedenta por sangue vai te comer e você vai morrer".

Você alertando o garoto sobre a terrível baleia do rio.

Nesse dia o nosso tanque de água cinza encheu. Como estávamos com a mangueira do camping sempre conectada, não nos preocupamos em economizar água. Manobramos o Tiger e despejamos a água cinza. Demos um mole absurdo e não despejamos também a água marrom. O reservatório de água marrom não perigava estar cheio e estávamos na confiança de que não seria difícil esvaziá-lo em algum posto de combustível pelo caminho. Ledo engano!



Dormimos, acordamos, tomamos café da manhã e zarpamos em direção à Pirenópolis.




Dia 03 - Pirenópolis

De Rio Quente até Pirenópolis são umas 4 horas de deslocamento. No caminho fomos atropelados por um enxame de abelhas imenso! Aquele momento em que o carro passa no exato momento em que milhares de abelhas resolvem atravessar a pista voando baixo, na altura do para-brisa do carro. O vidro ficou como se alguém tivesse jogado um balde de terra gosmenta nele.  Ficamos tristes em prejudicar a polinização das lavouras do Goiás. 

Paramos para almoçar no meio de caminho, acho que em Vianópolis,  em um restaurante bem simples, na beira da estrada, mas com comida gostosa.

Nosso plano de abastecer o Tiger no caminho deu certinho, apesar do susto com o preço do abastecimento (Diesel 10 a R$ 8 o litro, num carro que faz entre 7 e 8 km/l e tem um tanque gigaaaante). Já o plano de descarregar a água marrom em algum posto de que tivesse fossa foi categoricamente frustrado. 

Paramos em vários postos de gasolina e, além de não não terem fossa, a maioria nem sabia do que eu estava falando e nem onde poderia conseguir uma. Quem sabia do que eu falava, dizia não saber onde eu poderia encontrar uma.

Os APPs Viva Sobre Rodas e MaCamp ajudaram em na.da. Quer dizer, ajudaram fazendo com que a gente desviasse da nossa rota pra ir em um posto que eles indicavam que tinha fossa. Saímos da BR, entramos no centro de Anápolis, pegamos trânsito e continuamos com nossa água marrom.

Chegando um Pirenópolis, fomos até um camping indicado pelo APP para descarte de fossa. Porta na cara novamente. Até tinha fossa, mas o cano de saída da água marrom do motorhome era mais largo que a entrada da fossa, aí não daria certo. 

Bom, o jeito foi esquecer essa história de descarregar cocô e xixi e fazer um pitstop na Cervejaria Casarão. Papai beber cerveja, você bebeu suco e mamãe bebeu água. Comemos queijo coalho com mel, curtimos a bela área externa, descansamos e partimos para o centro de Pirenópolis, porque a idéia era fazer free camping!



Free camping é acampar/pernoitar na rua, gratuitamente, em locais permitidos. É estacionar o motorhome e pronto. Conseguimos estacionar no comecinho da Rua Aurora (em frente a Secretraria Bem-Estar Social) , muito perto do burburinho, das lojinhas, dos turistas, das lindezas. Essa é uma das vantagens do motorhome: se hospedar em locais privilegiados "de graça".

Nessa foto, o carro parece mais inclinado do que realmente estava. 

Para ajustar a inclinação, usamos os calços que ja vêm incluídos no aluguel do Tuger.

Curtimos muito o centro de Piri. Ô cidade gostosa. Batemos pernas, vimos artesanato, sentamos pra um café com bolo, voltamos pra casa para tomar banho (tínhamos água limpa porque enchemos o reservatório antes de sair de Rio Quente e não estávamos com o reservatório de água cinza cheio porque havíamos esvaziado - o medo era só de fazer cocô mesmo...kkkk), saímos pra jantar, encontramos vizinhos de Brasília, paramos na sorveteria. Delícia.






A noite foi super tranquila e silenciosa, apesar de estarmos bem perto do centro.

Como nossa próxima parada era o Salto Corumbá, bem pertinho de onde estávamos, acordamos e saímos, deixamos para tomar café da manhã no Corumbá.

Saindo de Pirenópolis, observei que um bom ponto para estacionar motorhome para pernoite é atrás da 
Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário. O terreno parecia bem plano e até tinha um motorhome estacionado lá.

Dia 04 - Salto Corumbá

Chegamos no Salto Corumbá umas 09h e a primeira pergunta que fiz foi se eles tinham onde a gente pudesse despejar a água marrom. Para a alegria geral na nação,  eles disseram que sim!!! Um funcionário nos levou (ele de moto e a gente seguindo com o Tiger) até o local onde eles permitem o descarte da água marrom, que fica no terreno ao lado. Não era uma fossa, era um terreno vazio, propriedade privada. Ele disse q podia descartar e assim fizemos. Por causa do produto químico que a gente coloca no vaso, a água marrom é praticamente sem cheiro e não parece um produto feito de xixi e cocô.

Devidamente desabastecidos, fomos estacionar nosso motorhome no camping para tomar café da manhã e começar nosso dia.

O camping do Salto Corumbá é bem grande e com vista para a cachoeira. Tem água e energia, mas a energia não funciona muito bem. Parece que a rede não aguenta o tranco e tava cheio. O banheiro é bom e foi onde tomamos banho sábado.

O Salto Corumbá é muito legal! Tem cachoeiras, piscinas, tirolesa, arvorismo, tobogãs, uma prainha de rio gostosa, trilhas, restaurante barato para almoço e janta e tem também um trenzinho sobre trilhos que nos leva até a cachoeira principal. A diária com motorhome custa R$ 132 por pessoa e pode chegar cedo de um dia e sair no fim da tarde de outro.




Vista da janela do Tiger

Café da manhã com essa vista maravilhosa.

Trilha do Ouro é o nome da atração do trenzinho pela natureza. A trilha percorre 1,1Km em meio ao Cerrado, passando por animais ilustrativos, atravessando túneis e pontes, podendo chegar a uma velocidade de até 35Km/h. Dura uns 5 minutos e crianças pequenas só podem fazer a trilha no sentido indo para a cachoeira, que é subida e a criança vai no colo. Na descida é preciso usar o cinto de segurança, então é preciso que a criança tenha altura suficiente para sentar no banco e usar o cinto. O passeio custa R$30 por cada trecho, por pessoa.

Nós fomos até a cachoeira no trenzinho e voltamos a pé pela trilha. As duas partes foram bem legais!






Chateada porque a mamãe não deixou ela brincar com uma "pedra" que era um caco de vidro.




"Mamãe, faz pouse de louca!"


A prainha que forma na beira do rio.

No final do dia, depois de banho tomado, jantamos pizza no restaurante da Salto Corumbá, mamãe e papai beberam um vinho e tinha música ao vivo. Pedimos Evidências, tocaram e mamãe não queria embora nunca. Mas, como quem manda em tudo é você, filha, logo fomos embora porque você estava cansada.

No dia seguinte pela manhã, tivemos visitas! O tio Claudio e o tio Rodrigo foram tomar café da manhã conosco!

Tio Claudio quis registrar a visita!




Voltamos para Brasília e antes de devolver o Tiger, passamos na casa da vovó Nédala, que também estava louca pra conhecer o motorhome!

Vovó também foi convocada para fazer cara de louca!

Devolvemos nossa casinha sobre rodas umas 17h do domingo. Você tava bem chateada, filha, porque não queria mais voltar para Brasília e queria morar no motorhome para sempre. Eu te entendo :-)

E assim foi mais uma deliciosa aventura da nossa família!!!

Te amo!

Mamãe.