domingo, 27 de novembro de 2011

África do Sul – Outubro/2011 – Safáris – Kambaku Lodge


Pessoas,

a conta gotas, e hoje por causa da insônia, os posts da África do Sul vão saindo.

Como já havia adiantado, depois do Tshukudu fomos passar uma noite no Kambaku.

O Kambaku é distante, no meio do nada. Do aeroporto de Houdspruit para lá dá mais de uma hora. Fica na reserva Timbavati, no Kruger Park e para chegar na boca do hotel percorre-se uma longa estrada de terra. A rotina do hotel é similar a do Tshukudu, exceto pela caminhada matinal. No Kambaku, o safári é as 06h30, seguido do café da manhã, por volta das 10h30 rolou uma caminhada pelas redondezas (sem guepardos e sem leões), almoço por volta de 13h e safári às 15h30.

O local é chique: o quarto, roupas de cama, artefatos da mesa, uniforme dos funcionários...tudo é cheio de firulas, com cartinhas com nossos nomes no quarto e excesso de sorrisos todo o tempo. Parecia um comercial de pasta de dente. O preço acompanha isso tudo. A diária custa o dobro do Tshukudu. Mas, não vale a pena.




O caso é que eu achei firula demais pra essência de menos. Eles pecam nuns detalhes inacreditáveis. Não tem wireless nos quartos, apenas na área da recepção. Também não tem luz nos quartos. Tem tomadas com energia para carregar celular e máquina, mas não tem lâmpada pra você acender a luz, sabe? Tem luminárias que iluminam como velas. Seria bem romântico e bonito se o local não fosse cheio de sapinhos/pererecas por todos os cantos, inclusive nos quartos. Inclusive no vaso sanitário. Ainda bem que olhei antes de usar. A coitadinha teve que morrer afogada na descarga. E seria ecológico se eu não tivesse pagando tanto. Daí, essa banheira aí de cima ficou só de enfeite…..

Outra coisa que não me agradou foi o excesso de sorriso que o dono mandava pra gente. Só me lembrava político. Entendo o esforço dos funcionários para fazer com que nos sentíssemos bem, mas tudo soava meio falso. Quer dizer. Para eles, o importante era sorrir pra mim. Para mim, o importante era mostrar serviço. E eu achei que o serviço deixou a desejar.

Logo que chegamos, fomos almoçar. Pelo preço e pela cara do local, esperava O almoço. Sentamos e disseram que podíamos nos servir. Na mesa, comida mexicana: carne de boi fatiada, guacamole, saladinha, molo de tomate, tortilhas. Peguei um pouco, jurando que era a entrada. Que nada. Era o almoço. Não acreditei: tortilhas mexicanas no almoço? Gente, isso é lanchinho de qualquer cruzeiro fuleiro na costa brasileira! Comparando com o Tshukudu, lá nós tínhamos entrada servida na mesa, pratos principal tipo buffet, e sobremesa servida na mesa! E custa a metade do preço.

Ainda durante o almoço, nos perguntaram qual bebidas gostaríamos de tomar no safári da tarde, durante o por do sol. Na hora, achei bacana parar no meio da savana pra tomar um vinho. Porém, depois achei uma bobagem imensa. Especialmente porque deixamos de ver acontecimentos (conto logo abaixo) por causa dessa paradinha. E fiquei ainda mais puta da vida quando vi os vinhos que escolhemos pra tomar na savana porque eles ofereceram cobrados na conta. Como se já não fosse caro o suficiente.

Na janta, a comida já foi bem melhor, mas ainda assim achei que deixou a desejar. A entrada era linda: uma espécie de tortinha com massa folheada recheada com queijo brie e geléia de morango, com umas folhas de manjericão inacreditáveis de tão grandes (foto abaixo). Delícia. Mas, o prato principal era porco. Porra, porco? Tão comum e eu vim de tão longe…… E não tava nada demais, era tipo lombo fatiado, sem graça, sem personalidade, sem nada. De sobremesa, não me lembro.



Enfim. Vamos falar dos safáris.

Duas coisas me deixaram com receio. A primeira delas é que no Kambaku o safári é feito com dois guias: um que dirige o carro, e outro que vai lá frente procurando as marcas e pistas dos animais. Se vai uma pessoa fora do carro, nada de atropelar árvores e entrar com vontade no mato. A segunda é que o jipe deles era tão novo e tão sem arranhão que o primeiro medo se confirmou.


De fato, eles não gostam muito de aventura no carro não. Andam na pistinha já formada na savana, ou no asfalto (sim, a área que o Kambaku fica é tão grande que tem até pista com asfalto. Se não me engano, 11 hotéis exploram aquela área). Numa hora em que eles achavam que tinha alguma coisa mais pra dentro do mato, pararam o carro, desceram do carro os dois guias e foram lá a pé procurar, em vez de ir com o carro e deixar a gente procurar também. Vai entender.

Graças aos deuses africanos, tivemos momentos espetaculares nos safáris que salvaram a estadia. No safári da tarde vimos hienas e leopardo. E hienas e leopardo juntos. E poderíamos ter visto mais, não fosse a bendita frescura que reina naquele lugar. Eu explico.

Vimos uma matilha de hienas. Umas 9 dormindo.


Logo depois, chegamos no leopardo, que estava em cima da árvore comendo um impala.Os leopardos sobem nas árvores para que outros bichos, especialmente as hienas, não roubem sua comida. Curiosidade: os leopardos conseguem subir a árvore com o bicho morto na boca de até duas vezes o peso deles. Então: lá em cima estava o leopardo já no fim da refeição, bem nas costelas do impala.


Como a região da costela é difícil de comer (imagine você comendo costelas sem usar as mãos), os restos da impala ficavam naquele cai não cai. E, o que tinha lá embaixo esperando cair? Uma hiena. Esperamos um pouco, nada aconteceu, fomos embora ver outras coisas.


Daí, um tempo depois, demos com uns carros parados no meio da pista por causa de uma movimentação anormal de hienas, um vai e vem louco. Algo estava acontecendo. Possivelmente os restos do impala finalmente caíram da árvore. E o leopardo, cadê?? Curiosidade e expectativa a mil.


Nosso carro parou lá na área do agito, mas não ficou nem 10 minutos pra gente ver o que ia acontecer. Por que? Porque era hora de procurar um local seguro pra todo mundo descer do carro e tomar o maldito vinho no meio da savana. Fala sério....você acha que eu fui lá pra beber ou pra ver vida selvagem acontecendo agora mesmo com emoção?

No dia seguinte, no safári da manhã, vimos um grupo de uns 11 leões, dentre leoas adultas e filhotes. Foi lindo!








Só aborreci porque na hora da paradinha pra beber algo (é, de manhã também se para na savana pra tomar um café ou chá, se ainda fosse cerveja...) avistei lá longe uma girafa com filhote! Que você acha que eu preferia: chegar perto da girafa com filhote e tirar 12 fotos, ou ficar ali parada no meio do mato tomando chá? Quando fomos embora, passamos por um elefante, mas o guia disse que tava longe e que a tarde ia lá. A tarde quem cara pálida? Eu já vou embora daqui a pouco. Sério, foda. Não achar o bicho, tudo bem. Eles não garantem nada. Mas, vê o bicho e meio que cagar e andar porque tem que tomar café, tá na hora de voltar, etc e tal, é foda.

O guia tinha um binóculo massa e emprestava pra gente. Na verdade, não fazia mais que a obrigação já que não chegava perto da girafa nem do elefante.

Pra completar, no check-out ainda me vem uma cobrança de uma taxa de conservação. E eu achando que a falta de luz no quarto numa diária daquele valor já era uma contribuição mais que justa pra conservação do planeta…

O Vinicius não reclamou tanto quanto eu, apesar de achar que o custo-benefício não vale a pena.

Enfim, não é que o local seja terrível de ruim, mas achei tudo muito teatral. Tá vendo essa arma gigante aí no carro na foto acima? Pois então. No dia que os dois guias desceram do carro e foram a pé procurar algo na mata, como disse acima, eles não levaram a arma. Daí, se a arma fica no carro e eles somem mata adentro, a arma serve pra que? Que eu saiba, nenhum dos turistas foram instruídos a usá-la.

Quando a gente chegou do safári a noite, tinha um funcionário do hotel muito bem vestido servindo um licorzinho delicioso logo na entrada do hotel. Legal, bacana. Entretanto, o que estava acontecendo com as hienas a gente nunca vai saber.

Enfim, foi isso.

Próxima etapa: Garden Route!

Beijocas. Vanessa

sábado, 26 de novembro de 2011

África do Sul - Outubro/2011 - Safáris - Tshukudu Game Lodge


Pessoas,

nossa primeira atividade na África do Sul, e a que eu estava com mais expectativa, foi o safári.

Programamos de passar 4 dias pela savana africana, e os distribuímos em 3 dias no Tshukudu e 1 dia no Kambaku. Eu achei que seria mais interessante conhecer outro lugar a passar 4 dias no mesmo, e, de fato, foi. Posso dizer com certeza absoluta que o Tshukudu é TUDO DE BOM e o Kambaku é bacana, mas não vale a fortuna que eles cobram. Explicarei no próximo post.

Nossa programação era passar o último dia no Kapama, muito bem falado por vários blogs que pesquisei e pelas agências de viagem (depois descobri que o Kapama é o que dá comissão mais alta aos agentes de viagem, mas justiça seja feita: ouvi falar muito bem dele, inclusive pelos guias do Tshukudu), mas eles estavam cheios no dia que queríamos e nos sugeriram o Kambaku, mais caro, mais exclusivo, mais não sei o que. Topei, achando que era o mesmo grupo (é comum uma mesma reserva ter vários hotéis com níveis diferentes), mas não era. Enfim.

Os hotéis ficam em reservas privadas, como se fossem imensas fazendas, e cada hotel explora a sua área. Acontece de ter áreas maiores que são exploradas por vários hotéis.

Escolhi o Tshukudu porque descobri que eles têm guepardos por lá! Eles foram parar lá porque certa vez um leão matou um guepardo fêmea que tinha 4 filhotes. Daí, o hotel recolheu, criou, e eles ficaram por lá até hoje, já adultos. Sim, por lá no hotel mesmo, junto das visitas. Foi incrível conviver com 3 guepardos adultos (um deles morreu) imensos por 3 dias.

Além disso, demos a sorte de eles estarem com 2 filhotes de leão, que ficaram órfãos. Eles recolhem os bichos da selva, cuidam e os reabilitam para a vida selvagem, soltando-os na selva quando eles completam uns 2 anos. Os leões não são "convivíveis" e não ficam soltos como os guepardos. O contato com eles acontece na caminhada matinal na selva. Olha, incrível, incrível, incrível.

Como disse no post anterior, todos os hotéis da região oferecem o transfer do aeroporto para o hotel. O do Tshukudu, que fica bem perto, custa 150 rands (R$ 37,50) por pessoa. Entre a pista asfaltada e a parte habitável do hotel, quero dizer, quartos, recepção, etc, uns 5 km em pista de terra bem compactada. No caminho de terra, mais alguns vários animais, como impalas, kudus, que parece um cervo. Aliás, variações de cervos é o que não falta por lá.

No caminho do aeroporto para o hotel, perguntei para o guia pelos guepardos e filhotes de leão. Daí, eles nos deram a notícia, de forma simples, mas feliz, de que os guepardos haviam matado um kudu naquela manhã. Hein? Os guepardos com quem vamos conviver matam kudus? Até aqui, eu pensava que os guepardos eram domesticados, comiam comida dada. Mas não.

Fiquei em leve estado de choque ao chegar ao hotel, já dentro dele e, a uns 30m da piscina, bem perto da recepção, avistar um kudu (um grande antílope) morto e três guepardos de barriga cheia ao redor. E mais em estado de choque ainda quando, logo após fazer o check in, a moça do hotel disse: "vamos servir o almoço em 30 minutos, vocês podem dar uma volta e conhecer o hotel.". Eu perguntei: "e os guepardos?". Ela deu uma risadinha e disse: " não se preocupe, eles são amáveis.".

Juro que, de tudo que imaginei de selvagem e radical nessa viagem, nunca pensei em ter logo ali guepardos que caçam, nem guepardos que caçam comendo sua comida bem ali (sem ser num safári) e muito menos voltar achando isso super natural, como acho agora :) Tiramos essa foto da piscina:




Assustador no começo, mas logo descobrimos que os guepardos são os pets do hotel. Tomam café da manhã conosco, brincam, estão sempre por ali tirando um cochilo, etc. São gatinhos crescidos - quase morrem de tanto ronronar quando a gente faz carinho nelas e adora fazer carinho na gente. Clique aqui e comprove.























Sobre o hotel, é ótimo!!! São cabanas individuais, super confortáveis - uma varandinha fechada com vidro, quarto e um grande banheiro. Há uma varandona na recepção do hotel onde ficam as mesas para refeições. Uma mesa principal para a equipe e várias outras, uma para cada grupo de turistas. Ah, tem wireless nos quartos. O hotel estava bem vazio - a lotação variava entre 4 a 8 pessoas, incluindo nós 2. Atendimento vip.
A comida também era maravilhosa! Farta, bem feita, cheia de iguarias africanas. Comemos búfalo, kudu, impala. Sempre com entrada, prato principal e sobremesa, com mesa fofa posta (inclusive na piscina, à luz de velas) e tudo mais. Num dos almoços, teve salmão com ovas!

A diária, com tudo incluído, exceto bebidas alcoólicas e refrigerantes, custou R 1820 por pessoa por noite, algo em torno de R$ 450,00. Vale muito, especialmente se a gente comparar com algum resort do nordeste ou hotel no Rio de Janeiro. E as bebidas não eram caras. A bem da verdade, bem baratas. Tomamos uma garrafa de vinho uma noite que custou menos de R$ 25. Aqui ele custa uns R$ 60.
A rotina é basicamente esta:
  • acordar às 6h00
  • tomar um quase café da manhã às 6h15
  • sair para andar a pé acompanhado de leõezinhos ou dos guepardos às 06h30 (cada guia vai com um grupo, porque os leões e os guepardos não são amigos. Aliás, nenhum animal gosta dos leões)
  • voltar para o café da manhã às 8h00
  • sair para o safári matinal, de carro, às 9h00
  • voltar às 11h30
  • almoçar às 12h30
  • lanchar às 15h45
  • sair para o safári vespertino às 16h00
  • voltar às 19h00
  • jantar às 19h30
  • dormir às 20h30 - 21h00
Caminhadas na savana com os filhotes de leão e os guepardos.

As caminhadas foram fantásticas. Os leoezinhos (uma leoa de 11 meses e um leão de 4) são lindos e brincalhões. Pulam o tempo todo e adoram carinhos. Os guepardos são um trio, extremamente dóceis, já adultas.

Quanto aos leões, o guia recomendou: são "pequenos", lindos, mas são leões! Não os deixem pular em vocês, fiquem sempre atentos para que eles não cheguem por trás porque uma mordida de carinho pode fazer estrago e uma patada carinhosa deixa marcas! Mostre a eles que quem manda são vocês e, se eles chegarem chegando, empurra com vontade.














Com os guepardos, não tem muitas recomendações, até porque já estávamos convivendo com eles. O mais legal de caminhar com eles é observá-los como estão sempre olhando por dentre a mata a procura de comida.







E assim foi! Na caminhada, o guia vai armado (especialmente por causa dos búfalos, que são os animais mais perigoso, segundo ele), explicando várias coisas sobre a vida selvagem, mostrando excrementos, pegadas e sinais de animais que passaram por ali há pouco tempo.

Como ficamos 3 dias, fizemos 3 caminhadas, duas com leões, e uma com guepardos. Na última caminhada, demos uma puta sorte. Uma sorte imensa! As chances de ganha na mega-sena se reduziram a zero.

Aconteceu que na caminhada do último dia, que fizemos com os leões, um dos guepardos resolveu se juntar ao nosso grupo. Ninguém entendeu o porquê, apesar de a explicar ser óbvia: o guepardo sabia que íamos embora naquele dia, logo após a caminhada, e queria ficar até os últimos instantes conosco :)



Logo na chegada dele, tivemos a prova de que guepardos e leões não são amigos mesmo: o guepardo deu logo uma patada no Bubesi, leãozinho de 4 meses! Olhei para o guia, com a cara de "faça alguma coisa!". Ele respondeu: é bom ele (o filhote de leão) ir vendo como a vida é.

Como se já não bastasse isso tudo, adivinhem o quem deu o ar da graça? Gi.ra.fas!!!! Quase morri. Olhava por lado e via filhotes de leão, guepardos e 3 girafas.



Daí, o guepardo, ao ver as girafas, começou a ronronar loucamente, sem tirar os olhos dela. Ele pensava: comida! Eu disse pro guia: não o deixe matá-las. Ele disse: não posso fazer nada.

Tensão.

Enquanto isso, a Shila, um dos filhotes de leão, fêmea, 11 meses, foi caminhando em direção às girafas. Sem a menor possibilidade de atacá-las, ela ainda não tem tamanho nem coragem pra isso. Mas, ainda assim, no exato instante em que as girafas perceberam a leoazinha indo na direção delas, correram!

O guepardo nada fez. Na verdade, acho que ouvi o guia explicar que os guepardos não caçam durante a caminhada com os turistas.

Glória. Poderia morrer ali que ia passar dessa plenamente feliz e tendo certeza que tudo fez sentido. Sério, quase choro fazendo esse post. Fechamos o Tshukudu com chave de ouro.

Safáris

Os safaris matinais e vespertinos são semelhantes - a gente sai num carro aberto passeando, sem destino, e encontramos os animais pelo caminho. Só tem uma regra: ninguém pode levantar. Isso para que não assuste os animais, que vêem o carro como uma grande pedra. Eles não atacam o carro. É simples. O carro não é uma ameça pra eles, e também não é comida. É uma grande pedra que se mexe. Eles nem ligam.

Cada dia é um dia. Os guias não se cansam de afirmar isso. Você pode ter a sorte de ver tudo num dia só, ou ter o azar de não ver quase nada. Mas, duvido que isso acontece. Os guias ficam em contato todo o tempo por rádio dando dicas do que tem de bom.

O carro do safári é um jipe do tipo tanque de guerra. O carro é invencível e adentra a savana, passando por árvores, pedras e chega onde quiser. Nosso guia não dava mole. Metia o carro onde quer que fosse pra gente chegar beeeem perto. Aqui tem um vídeo pra vocês terem noção. Tanque de guerra:



Impalas, kudus e demais variações de veados se vê sempre! Búfalos e rinocerontes também são bem comuns. O que mais impressionou:

- 3 elefantes adultos e um bebê de 6 dias - isso foi logo no 2º safári e, na hora, decretamos que provavelmente seria a coisa mais fantástica veríamos em toda a viagem. Um elefante com 6 dias de vida, selvagem, em seu habitat natural, é algo inacreditável. Chegamos bem perto. Quando digo perto, digo que a tromba do elefante entrou dentro do carro e nós passamos a mão nela..... o filhote ficou tentando comer as folhas que estavam presas sob o carro. O elefantinho, macho, nem andava direito. Tropeçava e caia. A tromba parecia uma corda solta. No dia seguinte, encontramos com eles de novo, dessa vez destruindo uma árvore.










tromba dentro do carro!

- uma família de leão, leoa, 3 filhotes e um kudu morto. Novamente, fascinante. O kudu morto, a leoa com 3 filhotes de uns 6 meses comendo e o leão com sua bela juba a olhar. O guia deu uma acelerada no carro para fazer barulho com o motor, e o leão rugiu, respondendo - aliás, uma coisa que poucos conhecem a grandiosidade é o rugir dos leões. Nós já tínhamos ouvido ele no zoo de Londres, e agora conferimos na savana. É absurdamente alto (intensidade) e grave (tom). Fantástico. Lindo nesse encontro foi que, quando avistamos a leoa, ela estava sozinha comendo o kudu morto. Daí, ela começou a emitir uma barulho e de repente surgiram os 3 filhotes!




Vimos também girafas, babuínos, hipotálamos, bichos pequenos tipo lebre, etc. Todos soltos, todos muito perto. Vimos muitas carcaças, ossadas e urubus.







Os rinocerontes estão em extinção. Os chifres são retirados pelos próprios guias para evitar que o bichos sejam mortos só por causa do chifre, muito usado para fins medicinais na China. E o chifre é como unha: nasce todo de novo!



Passeio de barco no Blyde River Canion
Passando 3 dias no Tshukudu, a gente tem direito a um passeio de barco pelo Blyde River Canion, pela reserva, em meio aos cânions. É 3º maior cânion do mundo! É legal, bonito, mas abrimos mão de uma safári pra fazer esse passeio e, por causa da contrapartida, não valeu a pena. Se tivéssemos subido nas montanhas, acho que teria sido muito melhor.

O mais legal, na verdade, foi sair um pouco do hotel e dar uma voltinha na cidade de Hoedspruit, ver um baobá, bater um papo com o Doug, nosso guia super gente boa e ter os guepardos só pra gente quando voltamos, porque todo mundo tava no safári.






Olha, foi um sonho! Mandei essa foto pra eles colocarem no painel de fotos deles. Espero que o façam!



Beijocas. Vanessa.