sexta-feira, 29 de junho de 2018

Tivoli Praia do Forte X Iberostar Praia do Forte (maio/2018 - bebê de 8 meses)

Pessoas,

depois do cancelamento de uma viagem de 10 dias pro México (Riviera Maia e redondezas, com alguns deslocamentos), motivado por uma viagem pequena com bebê doente, o que me deixou muito esgotada, e por que a questão da alimentação da Lia ainda é chatinha (e dar papinha industrializada dias seguidos está fora de cogitação), resolvemos passar uns dias na Praia  do Forte, dividindo a estadia em dois resorts: Iberostar Praia do Forte e Tivoli Ecoresort, escolhidos por serem bem conhecidos como dos melhores lugares para ir com bebês.

Essa história de mudar de hotel durante a viagem aconteceu por acaso em duas ocasiões anteriores e a gente gostou da sensação. Dá uma renovada na viagem e, se o segundo hotel for beeeem melhor que o primeiro, caso das duas ocasiões anteriores, a viagem finaliza em alto estilo, com a lembrança do hotel maravilhoso bem mais evidente.

Nessa viagem, os resorts são bem compatíveis, então não teve a euforia de sair de um lugar menos legal para outro melhor. Contudo, esse esquema de resort me cansa pela mesmice...fazer a mesma coisa todo dia, a comida feita pra multidão, que acaba tendo um sabor meio padronizado. Então achei que dar uma chacoalhada no meio da viagem seria interessante. Além disso, eu realmente não estava  conseguindo escolher para qual dos dois resorts ir, e estava curiosa com os dois. 

Chegamos no aeroporto de Salvador (depois de ter a grande sorte de conseguir emitir passagens de Brasília  Salvador por 3.900 milhas por trecho!) e fomos de Uber para o Tivoli, primeira estadia. Custou uns R$ 115,00 e foi fácil conseguir o transporte, apesar de lá também ter o movimento dos taxistas contra o Uber.

Tivoli Ecoresort Praia do Forte

Começamos pelo Tivoli. Lindo, lindo. Fica numa reserva ambiental e tem muito verde por todos os lados. É sofisticado, bonito e confortável, mas anda precisando de uma boa manutenção. É comum dar de cara com estofados bem mofados nas áreas molhadas. Demos sorte que o hotel estava vazio, então sobrava espreguiçadeiras. Achei os banheiros das áreas comuns muito mal cuidados. 

Fora isso, as piscinas são lindas, a paisagem é linda e o atendimento de toda equipe é muito gentil.

luzes na piscina a noite






Pegamos um quarto Superior Plus. Tinha uma varandinha com rede e uma vista espetacular de uma área verde com coqueiros. Muito agradável. Era bem espaçoso, cama confortável e destaco o berço fornecido para a Lia, de madeira, com proteção nas laterais e em tamanho suficiente para que ela dormisse e se virasse a vontade.





O banheiro também era imenso, com duas pias, amenidades (shampoo, condicionador, hidratante, sabonete, touca de banho, kit de costura, kit de beleza - eu dou valor a isso porque, de fato, uso e ainda trago o que sobra para uma viagem futura em hotel mequetrefe). Problema do banheiro: com tanto espaço, não tinha onde pendurar toalhas e roupas molhadas. 

Tem também roupão e serviço de abertura de camas (preparam a cama para dormir e deixam um agrado no quarto, tipo chocolatinhos). 

Sobre a questão da manutenção que falei acima, a porta do guarda-roupa do nosso quarto estava péssimo, emperrando, uma dificuldade para abrir e fechar. 

Ah, e na primeira noite, antes de dormir fui fechar a cortina e dei de cara com um aranha, que não era pequena. Matei a probrezinha e ia reclamar, mas acabei esquecendo. 

Falando em bicho, como o Tivoli fica numa reserva natural, é bem comum cruzar com animais. Têm micos - que quase sempre aparecem no café da manhã, iguanas (mais difíceis de serem avistadas, mas conseguimos achá-las na ultima hora, de dentro do uber, no gramadão ao lado da guarita da entrada, eram umas 4, inclusive uma bebê), sapos, tartarugas marinhas. 

Na praia em frente ao Tivoli, moram duas tartarugas gigantes! Uma delas chama-se Charlene. É demais ficar por ali observando-as nadando e colocando a cabeçona de fora.

A praia do Tivoli é uma enseada, então é tranquila, e as espreguiçadeiras do resort vão até a areia, o que é bem agradável. Além disso, o serviço de praia é ótimo, pois em cada estação de guarda-sol e espreguiçadeiras tem um botão pra chamar o garçom. Super funciona e em pouco tempo você está com sua bebidas nas mãos e pode se concentrar em achar as tartarugas gigantes.








Quanto à comida, o Tivoli é meia pensão, café da manhã e janta, esta com água, sucos e refrigerante. A comida é boa, sim, com muita variedade, mas eu sempre acho que poderia ter menos variedade e mais qualidade. E é comida padronizada de resort/hotel do nordeste, com pouca personalidade ou mal executada. Por exemplo, num almoço, pedimos, a la carte, um petisco de carne de sol com mandioca. Estava perfeito, a carne super bem feita, macia, deliciosa. No outro dia, tinha carne de sol com mandioca no buffet da janta. Pensa numa carne seca, feia, sem graça. Igual um suco de limão que pedi no jantar. Olha, um suco mequetrefe, aguado, doce demais. Um horror.

Todo o resto que você tem que pagar é carinho. A água custa R$ 6,50, a água de coco custa R$ 9, Heineken long neck por R$ 15, salada de atum (de lata, claro) por R$ 40,00, caipirinha perto dos R$ 30 e poucos. O preço dos vinhos é simplesmente ridículo. O mais barato custava uns R$ 120,00 e não valia R$ 50 (por uma rápida pesquisa no google). A taça de vinho custa a bagatela de R$ 40,00. Ou seja, é froids.

A comida servida no a la carte era sempre bem gostosa e bonita, além de, às vezes, farta.




Por outro lado, a estrutura para receber bebês é excelente. Já falei do bercinho no quarto, né? Além disso, tem banheira e carrinho de bebê. O carrinho não é top, mas é bem razoável e acho que compensa o fato de não ter que levar carrinho na viagem. 

A copa baby é demais! É equipada com cadeirões de alimentação, micro-ondas, geladeira, frutas, leite em pó (inclusive vários tipos de Nan), farináceos (aveia, neston, mucilon), biscoito e água mineral. Além disso, eles oferecem um serviço de preparo personalizado da alimentação das crianças até 3 anos. Tem uma cardápio com as opções, basta escolher o que para almoço e janta e deixar na copa pela manhã. Nos horários estabelecidos, a comidinha está la geladeira, com o nome da criança. Um luxo. Uma delícia. Farta. Não tinha miséria, não. Na primeira vez, fui escolhendo várias coisas para fazer um prato variado e veio tanta comida que sobrou até pros adultos :-)

Só uma coisa que achei ruim: no dia que chegamos, pegamos a comida da Lia direito no restaurante e o funcionário que entregou a papinha informou que a comida era feita sem tempero algum. Olha, não é verdade. Temperada a comida é, e só me restou torcer para que tenha sido usado temperos naturais.

A brinquedoteca é meio decadente. O espaço é bom, mas os brinquedos muito velhos e o pior, sujos demais!  Para as crianças maiores de 4 anos, tem uma espaço kids com monitores e e atividades recreativas. Pareceu bem legal.

Para adultos, tem um spa (que nem me atrevi a ver preços), uma academia que, apesar dos aparelhos serem meio feios, está inserida num espaço em meio à natureza que faz até brotar uma vontade de malhar, aulas de ginástica e tals (como disse, o hotel tava bem vazio nos dias que estávamos lá, então não se via muita animação nas áreas comuns) e uma sala de jogos bem triste (um pebolim, uma sinuca, numa sala esquisita). 

O lance lá é mesmo curtir as piscinas, a praia, a natureza. E dar uma pousada, porque, apesar dos defeitos, o local tem aquela aura sofisticada, com hóspedes chiques (apesar das exceções, tipo nós!) e gente bem produzida (ops, exceção de novo...rs).

A diária para dois adultos e um bebê custou R$ 1.400,00.

Iberostar Praia do Forte

De cara, digo que o custo benefício do Iberostar é melhor, porque lá o esquema é all inclusive, inclusive de bebida alcoólica, e a diária foi mais barata, R$ 1.200,00 para nós três.

A estrutura do resort é ótima, mas ele não é como o Tivoli, inserido na natureza. O Iberostar tem aquela cara de coisa construída, artificial. Ao contrário do Tivoli, em muitas áreas do resort, você nem lembra que está na praia, e nem no Brasil. Ele tem uma cara pasteurizada. Apesar disso, me pareceu mais bem conservado que o Tivoli. Sabe o que ele parece? Um navio. A sensação é de que estamos fazendo um cruzeiro. É isso.

O quarto, da categoria mais simples, era imenso, bastante confortável, com varanda, cafeteira, e frigobar quase sempre cheio (por uma noite, não recarregaram o nosso).

O banheiro também era imenso, com banheira em espaço diferente do banheiro, amenidades.

De ruim no quarto, o berço, que é daqueles modelos de grade de metal, parece mais uma maca hospitalar. E o pior, não tinha proteção nas laterais, e quando tentamos colocar uns travesseiros o espaço pra dormir ficou ridículo. Resultado: a Lia dormiu na cama conosco. Ainda bem que a cama é gigante.

A grande desvantagem do Iberostar Praia do Forte com relação ao Tivoli é a praia. A praia do Ibero não é calma e entre o resort e a areia tem uma área verde, então o resort fica meio separado da praia. Eu nem sei se o Ibero oferece serviço de praia, mas pelo que me lembro da estrutura, acho difícil.


As parte das piscinas do Ibero são excelentes, confortáveis, com alguns pontos mais sombreados, vistas lindas, espaços menos barulhentos. Uma delícia.


O Iberostar não empresta mais o carrinho de bebê, como antes. Agora eles alugam por R$ 30,00 a diária. Seria ok, se o carrinho fosse minimamente decente. O carrinho era muuuito tosco, com a roda travando. Só não devolvi porque ele acabou sendo útil quando a Lia dormia (apesar dos pesares, ele inclinava todo).

Sobre a comida e bebida, nada é muito bom e também nada é muito ruim, exatamente como no Tivoli. Esquema comida e bebida pra multidão. Poderiam ter menos variedade e mais qualidade. No bar que fica em frente à recepção, onde tem música ao vivo a noite, servem bebidas de melhor qualidade. O problema é que fica distante das piscinas, daí é difícil você sair láaaaa de baixo pra ir láaaaa pro outro lado para pegar um chopp Heineken ao invés de tomar seu Amstel ou Itaipava ali na beira da piscina bem acomodada, ou uma caipiroska com vodka decente. O resort oferece também um serviço de quarto disponível 24 horas, com algumas opções de comida, como pizza e hamburgueres. Um lugar que achei bacana é uma cafeteria que tem do lado das lojas, perto da recepção e desse bar de bebidas decentes. Tem o maior estilo Starbucks e funciona 24 horas. Excelente para a turma que se diverte de madrugada.

Além dos restaurantes do tipo buffet, o resort possui restaurantes temáticos (asiático, francês, baiano e de carnes) que precisam de reserva antecipada. Olha, tudo uma farsa (veja fotos abaixo). Comemos no asiático e no baiano. Comidinha ordinária, sem encanto. Não vale ter que se programar pra ir na hora da reserva.. Sinceramente, os jantares no buffezão foram tão bons quanto, ou até melhores.




A equipe de animação é bem atuante e animada, tem atividades para todas as idades o dia todo e todas as noites também. A academia de me deixou de boca aberta! Muito bonita, nova, num prédio separado, com musculação e aulas (spinning, circuito funcional). Fiquei até meio triste por não ter usufruído do local (não levei roupa de malhar).

Aula de tiro!
A copa para bebês é muito boa, com papinhas feitas no resort e também papinhas Nestlé disponíveis todo o tempo. Só entrar e pegar. Além de comida salgada, tem também frutas frescas, alguns tipos de leite, biscoitos e farináceos.

Foi assim. Os resorts têm perfis bem diferentes. Com certeza, digo que, para quem quer praia e sossego, o Tivoli é melhor. Pra quem quer farra, gente, se embriagar, comer muito, gastar menos, o Iberostar é mais indicado.

Lia curtindo o décimo voo da vida.

Beijocas. Vanessa.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Colômbia (Bogotá e Cartagena) com um bebê de 05 meses - Fevereiro de 2018

Pessoas,

coisa difícil é escolher destino de viagem com bebê no período de final e início do ano. Acima do Equador é frio, abaixo do Equador chove. E não queria praia. Depois de fuçar horrores, acabei num post sobre a Colômbia e li que janeiro e fevereiro são os meses menos chuvosos em Bogotá, além da temperatura ser bem agradável.

Bingo. Fomos para a Colômbia.

Por ser nossa primeira viagem internacional com a Lia, optamos por ir somente para Bogotá, para evitar mais voos, mais entradas e saídas de hotel, mais transfers e etc. Também não tínhamos muitos dias, daí a viagem ficaria meio corrida. Enfim, passamos 5 dias inteiros em Bogotá e foi perfeito. Nossos primos foram até Cartagena e adoraram. Tem relato deles logo ali em baixo.

Para entrar na Colômbia, é necessário apresentar o Certificado Internacional de Vacina contra a febre amarela. E eles estavam cobrando de verdade. A vacina é contraindicada para bebes com menos de 9 meses. No site da Anvisa tem um Certificado de Isenção, que eu levei assinado pela pediatra, mas eles nem pediram esse documento, só mesmo a comprovação da idade do bebê.

Falando em bebê, para embarque internacional é necessário documento com foto. Para a Colômbia, pode ser a carteira de identidade (emitida há menos de 10 anos) ou o passaporte. Lia já tem os dois, e claro que levei o passaporte, pra ter o carimbo da Colômbia e também para faz jus à taxa de emissão, visto que o passaporte dela só vale 1 ano. Dureza é que ando querendo fazer muito jus a essa taxa...rsrsrs

Fomos de Latam. Os voos foram rápidos, com conexões bem curtas em Guarulhos, e eles fornecem bercinhos para bebes. Para ter direito ao berço, é preciso comprar o assento Espaço +, porque só nesses assentos tem o encaixe pro berço. Olha, mesmo sem berço, tá aí uma compra que eu achei que valeu super a pena. Cada assento custou quase 60 reais, por pessoa e por trecho, e o espaço é muito bom. As pernas vão muito livres e aquele espação livre na sua frente deixa a viagem bem mais confortável.

Do aeroporto para o hotel fomos de táxi, que pegamos no aeroporto mesmo. Éramos 5 adultos e um bebê (que, apesar de ir no colo e não contar como passageiro, é responsável por boa parte da tralha da bagagem) e nos arranjaram uma van, que saiu  70 pesos (mais ou menos 70 reais) a viagem até Chapineiro, o bairro do nosso hotel.

No aeroporto mesmo compramos sim cards pro nosso celular. Assim que sair do desembarque, tem uma loja (una tienda) de bebidas e comidas à esquerda. Lá tem sim card da Tigo, pré pago, para voz e dados, sendo que twitter, facebook e whatsapp são gratuitos. Compramos o de 1gb de custou 45 pesos, para 15 dias. Não lembro quantos minutos para chamadas por voz estavam incluídos.

No aeroporto também, na sala de desembarque, onde esperamos as malas, tem um casa de cambio. Não lembro se a cotação era boa, sorry. Trocamos só um pouco pra ter dinheiro pro táxi.

Ficamos hospedados no Lloyds Apartasuits Parque 93. Gostei. Os apartamentos são grandes, a cama confortável, muitos canais de tv a cabo, cozinha bem equipada, o banheiro é espaçoso, disponibilizaram um berço. A equipe é muito atenciosa e prestativa.

Decoração do quarto

Não gostei muito do chuveiro, porque acontecia muito do fluxo de água diminuir ou esfriar no meio do banho, e também não havia muitos lugares para deixar malas e roupas, o que acaba deixando o quarto meio zoneado.

O café da manhã é a la carte e pode ser servido no quarto, sem custo adicional. Eles têm umas 5 opçoes de refeições e a porção não é muito grande não. Na esquina tem uma loja tipo mercearia, útil para comprar água, bebidas e comidinhas indevidas.

A decisão de onde ficaríamos hospedados foi a parte mais difícil dessa viagem. Em Bogotá, há duas regiões onde a turistada se concentra: no centro histório, na bairro da Candelária, ou na zona mais moderna da cidade, nos bairros de Chapineiro, Chico, por volta da Zona Rosa. A distância entre as duas regiões é de mais ou menos 10km.

A vantagem de ficar na Candelária é que a maior partes das atrações turísticas é por ali. Porém, a noite é meio perigoso e não é recomendado andar pelas ruas dando mole. Já a região por perto da Zona Rosa é ideal para sair a noite, é mais segura, tem várias opções de locais para compras, restaurantes e entretenimento.

Optei pela região moderna porque o lance da segurança conta muitos pontos pra mim. Além disso, queria uma acomodação com cozinha (não tinha tanta opção assim na Candelária) pra poder fazer refeições em casa a noite, pois sair com bebê é um pouco mais complicado. Além disso, como nosso grupo era bem diversifiado, ter várias opções do que fazer por perto parecia mais adequado.

Gostei da escolha que fizemos. Nosso hotel era bem localizado e perto de um monte de restaurantes, parques. Uma área bem agradável de passear. O único problema foi que a gente demorava quase 1 hora pra chegar na Candelária e outra hora para voltar pra casa! O trânsito de Bogotá é insano. Paciência, né. O jeito era se acomodar no Uber, que foi basicamente nosso meio de transporte na cidade, apreciar a cidade, bater papo com o motorista e rezar pra que ele não batesse o carro, porque, olha, o trânsito é insano e os motoristas tudo doido.

Apreciar a cidade, sim. Porque como Bogotá é bonita. Muito arborizada, com diversos pontos com mirantes.

Sobre o Uber, aconteceu um caso curioso (e meio assustador). Numa noite, voltando de um restaurante na Zona Rosa, o motorista parou o carro num túnel, começou a perguntar um monte de dados pessoais pro Vinicius (nome, endereço, telefone), anotou tudo, deu um crachá pra ele e disse que, se fóssemos parados pela polícia, que estaria logo a frente, era pra dizer que tínhamos contratado serviço de transporte de determinada empresa. Segundo o motorista, o Uber não é regularizado na Colômbia. Eu fiquei sem entender é nada, porque não tinha nem ouvido falar disso e o próprio hotel recomendou o Uber. Só sei que na hora que o motorista parou o carro naquele túnel escuro, e começou a falar rápido pedindo dados, falando a palavra 'polícia' de vez em quando, eu achei que a gente ia se dar muito mal. Ainda bem que foi só um susto.

Não utilizamos a cozinha do apartamento nem um dia sequer. Ao redor do Parque 93, do ladinho do hotel, tem muita opção de restaurantes legais, com precinho bom. Daí, acaba que compensava sair com o bebê, ainda que tivesse que jantar com um braço só porque o outro tava ocupado segurando a criança. Aliás, tô craque nessa habilidade.

Falando em restaurantes, Bogotá é uma perdição. Primeiro que os preços são lindos (comparados com Brasília, que é uma cidade cara). Segundo que tem opção de todo tipo de restaurante, inclusive peruanos, inclusive o La Mar, aquele restaurante cretino que conheci em Lima e ganhou meu coração pra sempre. Comemos muuuito bem.

Fizemos mil passeios bacanas.

No primeiro dia, fizemos um daqueles free walking tour com a empresa Beyond Colombia. Foi como esperado, andanças, causos, muita gente. Não consegui aproveitar tanto o tour. Minha atenção era muito voltada pra Lia, daí quando conseguia prestar atenção no guia já não sabia mais do que ele falava. Mas foi legal andar pela primeira vez na Candelária com alguém dizendo por qual caminho seguir. Nesse tour, que é gratuito, eles sugerem uma contribuição de 30.000 pesos ao final. Achei essa "sugerência" meio sem noção. Afinal, é gratuito ou não é??






Almoçamos no centro mesmo (no Wok-a Bar - comida boa, cadeiras péssima, pareciam cadeiras de casa de boneca. Nunca vi algo tão desconfortável. Ou seja, não compensa) e a tarde fomos ao Complexo de Museus do Banco da República, onde ficam o Museu Botero, a Casa da Moeda e o Museu de Arte do Banco da Republica. Essa visita é obrigatória porque os museus são bem legais. E, além disso, é de graça.







No segundo dia, fomos visitar a catedral de sal de Zipaquirá. Pegamos um tour privado com a Beyond Colombia e não valeu a pena. Eu fechei o tour porque achei que o motorista ia entrar conosco e fazer uma visita guiada. Mas, não, ele apenas nos levou, esperou a gente lá fora, passou no centro histórico do município de Zipaquirá e perguntou se queríamos descer para fotos e na volta nos deixou pra almoçar onde escolhemos, em Bogotá. O valor do tour por pessoa já incluía a entrada na catedral e custou 154.000 pesos colombianos.

A entrada custa 45.000 pesos colombianos e tem tours a cada 15 minutos, se não me engano. O hotel cobraria 250.000 pesos colombianos para levar 5 adultos até lá e o motorista esperaria 3 horas. Ou seja, pagamos uns 50.000 pesos a mais, por pessoa, pra.....nada.

A espera de 3 horas do motorista faz sentido. A catedral de sal é uma construção dentro de uma mina de sal. É tipo uma gruta. É bem grande lá dentro, tem a representação da Via Crucis de Cristo, esculturas, salões, lojinhas, lanchonete. É um passeio muito legal, vale demais.




Se não fosse salgada a gente ia pedir o dinheiro de volta.

No terceiro dia, voltamos à Candelária para visitar o Museu do Ouro. O Museu do Ouro é legal, mas não muito. É que é muita miudeza de ouro exposta em vitrines intermináveis. Cansa. Depois da segunda sala, tudo parece igual. A entrada não é gratuita como no Museu Botero, mas é baratinha, 4.000 pesos colombianos. Então vale conhecer.

Múmia no Museu do Ouro

A tarde, fizemos um tour bem legal com a Beyond Colombia: fomos até o mercado municipal para conhecer e provar frutas exóticas. Custou 60.000 pesos por pessoa e foi demais! Nos encontramos na frente do Museu do Ouro, pegamos um taxi até o mercado Paloquemao (tarifa do taxi incluída no valor do tour) e passamos umas 3 horas rodando o mercado e comendo frutas sob a direção do guia Ricardo, um cara bem divertido e que fala um ótimo português. Sendo do Brasil, muita fruta não era exótica (como a primeira que provamos, uma tal de goiaba..rs) e os sabores nem eram tão estranhos, mas eu adorei o passeio. Tinha uma inglesa no nosso grupo. Ela, sim, se divertiu horrores.





No quarto dia, eu já tava era exausta querendo voltar pra casa. É que viajar com bebê cansa. Carregar menino, carregar mochila de menino, amamentar em qualquer lugar, comer com uma mão só, não dormir a noite toda. Ainda que tivesse muitos colos para dividir, a maior parte do tempo é no meu colo que ela queria estar. Então, não programamos nada pra esse dia, não tivemos hora pra acordar e a idéia era relaxar. Assim, acordamos, tomamos café com calma e fomos pro Parque 93, que na verdade é uma praça bacana. E ficamos ali sentados a manhã toda vendo as pessoas passarem e a vida acontecer. Foi ótimo.

Almoçamos por lá e a tarde fomos ao Monte Monserrate. A vista de cima do Monte é linda demais! Além disso, lá em cima tem uma estrutura bacana pra passar um tempo. Não é só um mirante, sabem? Tem uma igreja fera, restaurante, café. Dá pra passar um bom tempo por lá.


A turma (ótima) da viagem.


Lia e a vovó Nice
No quinto dia, dia de vir embora, fomos de manhã na Candelária de novo, porque eu queria explorar melhor a Plaza Bolivar e a região do centro (passamos lá rapidinho no dia do walking tour gratuito), A praça estava fechada porque ia ter uma filmagem lá. Passamos também no Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez, porque eu tava decidida a comprar Cem Anos de Solidão em espanhol. Mas, gente, que livraria cara do caramba! Comprei não. Daí, entramos na Catedral, que é linda (e onde Lia foi trocada no chão após um daqueles cocôs explosivos que sujou tudo!). Pra finalizar a manhã, fomos no Museu das Esmeraldas, que é pequeno, mas as visitas são guiadas e eu achei bem legal, especialmente porque o guia falava devagar e com palavras fáceis. A entrada era baratinha, uns 5 reais. Ah, e do museu tem-se uma vista bem legal de Bogotá, pois ele fica no 22º andar de um prédio. Fizemos tudo isso em menos de 3 horas, a pé. É um roteirinho enxuto e eficiente para se fazer no centro histórico.



Vista do Museu das Esmeraldas




Fomos em mil restaurantes bacanas.

Comemos muito bem em Bogotá! E quase sempre comemos nos restaurantes ao redor do Parque de la 93, que tem variedade e opções de qualidade.

Destaco o peruano La Mar, o Osaka Coccina Nikkei (restaurante de comida oriental foda, com filiais em várias partes do mundo. Acredite, o preço dele lá em Bogotá é de restaurante de Brasilia), Crepe e Waffles (uma rede muito comum por lá, serve saladas, crepes, sorvetes, o custo benefício é excelente), Wok Parque, Cuzco Restaurante, Gato Negro, a rede de cafés Juan Valdez (dispense a Starbucks nessa viagem, por favor!). Tentamos ir em uma das filiais da Bogotá Beer Company, mas, infelizmente,  não pode entrar com bebês em bares e pubs :-(

Cartagena das Índias

Nós não fomos até Cartagena, mas meu primo e a namorada estenderam a viagem. Segue o relato deles:

Depois de Bogotá, resolvemos dar uma esticada na viagem até famosa cidade de Cartagena das Índias, ou simplesmente Cartagena. O voo foi pela Avianca que, de acordo com um dos motoristas de uber como quem conversamos, é a companhia aérea mais antiga do mundo. Se é verdade ou apenas orgulho nacional (por ser uma empresa colombiana), não sabemos, mas fato é que ela dá um show nas que temos por aqui. Em um voo com pouco menos de duas horas de duração nos foi servido um delicioso lanche. Além disso, a aeronave era bem espaçosa e contava com sistema de entretenimento de bordo (ausente no voo de Bogotá – Guarulhos, de mais de 6 horas, operado pela LATAM).


Partindo para detalhes mais relevantes, a cidade é simplesmente encantadora! Saindo do avião já se tem a impressão de estar em solo caribenho, fator que se dá principalmente pela temperatura – quente e úmida – e pela charmosa decoração do aeroporto.

Já em direção à nossa acomodação, reação foi de surpresa! Cartagena é uma cidade grande!! Fomos com as fotos do google imagens na cabeça (das famosas fachadas floridas) e nem nos demos conta que lá também há uma parte moderna! Com direito a muitos prédios, que carinhosamente apelidamos de “águas claras colombiana”.

Para dar uma aliviada na carteira, acabamos optando por ficar em um hostel, mas com quarto privativo. O nome era Tu Onda Hostel. O quarto era bacana, bem simples, mas espaçoso, atendeu às nossas expectativas. Destaque para o café da manhã, já incluído na diária e com uma boa variedade: misto quente feito na hora, frutas, café, leite, sucrilhos e suco. E fica localizado a 15 minutos de caminhada da cidade murada.





No primeiro dia completo na cidade , saímos para desbravar a parte histórica. Optamos por um dos sempre úteis free walking tours, para ter uma noção da história e sentir o clima do lugar. A cidade é muito fofa, parece cenário de filme romântico, tipo o Romeu e Julieta, com fachadas que são patrimônio histórico da humanidade. Há, porém, um pequeno ponto negativo, mas que deve ser parte da cultura de lá: os vendedores ambulantes, que muitas vezes são inconvenientes em suas abordagens. Mas é só não dar moral, e seguir o baile.


O parte principal da cidade é formada por várias praças e igrejas, sendo que a principal é conhecida por celebrar casamentos de pessoas de alto poder aquisitivo, tivemos a oportunidade de presenciar um deles e realmente, tanto a cerimônia quanto a festa eram top da balada, coisa de gente fyna e ryca.


A cena gastronômica da cidade é bem variada, há restaurantes e bares para todos os gostos e bolsos. No almoço optamos por uma indicação de um restaurante com comida local, bem simples (San Valentin). O preço é bem em conta, e a comida ok. Tentamos arriscar uns nomes diferentes do cardápio, mas sem muito sucesso. Para o jantar, optamos por um dos vários bares/restaurantes localizados nos terraços dos prédios. Vale muito à pena, a vista é maravilhosa, e a comida farta. (El Mirador). Haviam comentado que o comércio fechava cedo, mas encontramos opções de lugares que serviam comida até as 2 da manhã!

No dia seguinte fomos a uma das várias ilhas que rodeiam a cidade. A que escolhemos chama-se Bora Bora, e faz parte do arquipélago Ilhas Do Rosário. Por um preço de menos de 150 reais tem-se transporte de lancha acesso à ilha privativa, almoço e um drink. A estrutura do lugar nos agradou bastante. A dica é comprar o passeio direto em um dos quiosques espalhados pela cidade, ou direto nos guichês de embarque, não vale à pena tentar fazer reserva online por algum desses sites de viagem, o preço chega a dobrar! Nesse dia o tempo estava ótimo, e aproveitamos para fazer um mergulho de snorkel para dar uma conferida no mar do caribe: simplesmente incrível! A volta de lancha é a parte emocionante, se você não tem medo, vá na frente da embarcação, fica a dica!









E foi isso! Se for a Cartagena, não deixe de conferir seus cafés, sua belas ruas com suas fachadas floridas, seus doces e de dar uma conferida nos artesanatos vendidos pelas ruas!

Foi assim.
Beijocas. Vanessa