quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Boston, New Jersey e Washington com bebê de 1 ano - Outubro/2018

Pessoas,

parece que esse blog agora só fala de viagens mesmo. De fato, estamos saindo pouco para comer e beber e, quando saímos, geralmente é para lugar repetido e, ainda, com um bebê na mesa não dá tempo de fotografar e prestar atenção em detalhes, não. 

O que não mudou por aqui foi a vontade imensa de viajar e conhecer novos lugares e ouvir outro idioma pelas ruas. Confesso que a chegada da Lia causou um certo abalo no tema viagens, por receio do trabalho, por medo de ter problemas, por achar que o custo benefício não seria bom. Tanto é que cancelamos uma viagem pro México em maio, lembram?

Pois essa viagem foi tão bacana que eu acho que todo o receio passou. Já me arrependi horrores de não ter ido pro México. 

O caso é que criança dá trabalho, sim. Em qualquer lugar. O caso é que em todo lugar tem criança. Dificilmente algum problema não terá solução. É fato que com crianças a chance de ter q haver alguma mudança de planos repentina ou de que haja algum gasto não programado aumenta, mas, olha, a gente nunca saberá. Acho que, agora, eu opto por arriscar.

Sobre a alimentação da Lia, eu levei algumas papinhas Nestlé, para garantir os primeiros dias, e comprei outras papinhas lá, da marca Gerber ou da marca própria do Whole Foods. A idéia era a Lia comer, preferencialmente, nossa comida. Só que nem sempre rolava, seja por causa do horário, seja por causa do tipo de comida. Então as papinhas nos deixavam tranquilos para não ficarmos muito engessados. Fora isso, o café da manhã era sempre o mesmo do nosso (ovos, frutas, aveia, pão) e, nos lanchinhos durante o dia, ela se fartou de mirtilos, framboesas e biscoito de arroz integral. Foi bem tranquilo (obviamente, depois que eu desencanei com o fato de que a alimentação dela não seria perfeita. Não se pode  ter tudo na vida.). Além disso, a Lia também mama no peito, então acesso ao melhor alimento do mundo ela sempre tinha e fome tava fora de cogitação.

Escolhemos Boston e Washington para essa viagem por causa da época. A gente queria ver árvores coloridas de outono. Também por ser EUA, aquela coisa de vida facilitada. E também porque tinha boas opções para emissão de passagens com milhas, e a gente já tinha um tanto que precisava ser usado.

Chegamos em Boston no início de outubro, cedo demais para o outono. Nas cidades, vimos poucas árvores coloridas de verdade, a maioria estava começando a mudar de cor. Fiquei um pouco triste. Parte boa: precisamos voltar! Volto fácil, amei as duas cidades. São lindas, limpas, fáceis de se locomover, super acessíveis para carrinhos de bebês.

Entre Boston e Washington, passamos um final de semana em New Jersey, na casa de amigos. Aquela vida marota, né, cerveja americana decente, churrasco no quintal, crianças, amigos, bate papo. Ah. Tive até festa de aniversário :-)

Copa Airlines

Voamos de Copa Airlines, saindo de Brasília e fazendo uma conexão rápida no Panamá. Olha, a Copa é meio tosca. O avião é daquele tipo Brasília - São Paulo, com duas fileiras de 3 cadeiras. Não tem  telinha individual. A sorte é que fizemos dois voos de menos de 6 horas cada, então não foi tão desesperador. Mas, para voos mais longos, não recomendo a Copa de jeito nenhum.

O bebê paga 10% da tarifa do adulto e vai no colo. Não tem berço (afinal, a aeronave é do tipo ideal para voos curtos...rs). Como emiti as passagens dos adultos por milhas (225.000 pontos para ida e volta de dois adultos nos melhores voos da companhia), tive que ir lá no aeroporto pagar a parte da Lia. Não dá pra fazer on line e o pior, o bilhete dela era apenas físico, em papel, e não pode perder de jeito nenhum, senão você tem que pagar outra passagem. Imaginem a tensão com a bagaça desse papel. Olhem que coisa mais retrógrada, gente. Na verdade, aparentemente a Lia não existia no sistema da Copa. O porquê deles terem esse esquema esquisito para passagens de bebês eu não faço idéia.

Apesar desses pontos negativos, fomos super bem atendidos pela Copa. Quando fui comprar a passagem da Lia, a funcionária reservou os assentos do corredor e da janela para nós, deixando o meio livre, e conseguimos fazer todos os voos assim. Isso foi espetacular, porque nos proporcionou outra qualidade de vida nos voos. Lia dormiu ali, ia sentada vendo desenho, brincava "andando" do pai para mãe e vice-versa.







Outro ponto positivo foi a comida da Copa. Fiquei impressionada com a qualidade da comida. Nada sofisticado, mas saborosa, com cara de comida de verdade. Lia adorou, comia a comida da mamãe ou do papai quase toda!

Conseguimos viajar com 2 malas de bordo (uma da Lia e uma dividida pelo casal), 1 mochila, o carrinho de bebê e um elefante de pelúcia (que funciona como almofada de amamentação e também é ótimo apoio para a Lia dormir no colo). Yes!!! Como? Seguindo com a Lia a mesma lógica que usamos conosco: repetindo roupa, lavando roupa, desapegando e tendo certeza que, em caso de necessidade, compro o for preciso lá. Ah, não levei fraldas para todos os dias, pois ocupam muito espaço na mala, então deixei para comprar a metade da quantidade necessária por lá. 



Porém, contudo, todavia, uma coisa mudou. Antes eu ia com uma mala de bordo  (Vinicius já tava viajando só de mochila) e eu tinha que dar conta só da mala de bordo. Agora, como temos um bebê e despachamos o carrinho de bebê na porta da aeronave, ter ainda uma mala de bordo pra cuidar não é vantagem, é mais trabalho. Então, nessa fase da vida, concluímos que despachar a mala sem itens importantes (como medicações)  é mais confortável, ainda que tenha que esperar por elas na chegada e tenha o risco de serem extraviadas. 

Amtrak

O deslocamento entre as cidades foi feito de trem Amtrak. Muito bons, trens confortáveis, com wifi, poltronas largas, estações bem localizadas, bem estruturadas. Cada trecho custo $46. Da janela de trem vimos muitas árvores coloridas!!! Vermelhas, laranjadas, amarelas, cores indefinidas. Uma pena que não conseguimos tirar nenhuma foto.

Na primeira viagem, de Boston (South Station) para Newark (Penn Station), pegamos o trem no começo da linha, então foi super tranquilo de achar espaço para as malas e se acomodar perto delas.

Já no trecho Newark (Penn Station) para Washington, o trem já veio cheio. Foi tenso achar lugar. As pessoas, mesmo nos Estados Unidos, têm o péssimo hábito de ocupar a poltrona do lado com uma mochila/sacola/whatever. Constantemente eram dados avisos para que os passageiros ocupassem somente os seus lugares.

Enquanto o Vinicius foi guardar o carrinho da Lia, achei uma poltrona vazia, no corredor. Eu estava com a Lia no colo, a mochila da Lia nas costas e uma das malas de bordo. Pois parei, apoiei o que foi possível na poltrona e fiquei esperando o Vinicius voltar pra me ajudar com o resto. A pessoa que estava sentada na janela ignorou solenemente minha condição e depois de muitos minutos um rapaz ofereceu ajuda, após a esposa sugerir que ele o fizesse.

Pra piorar, a gente caiu, sem saber, num vagão destinado a quem não quer barulho por perto, chamados quiet car. E a gente tinha um bebê. Descobri que estávamos no lugar indevido porque tinha uma senhora na fileira do lado que realmente demonstrava insatisfação quando fazíamos barulho. E era qualquer barulhinho mesmo, inclusive quando eu e Vinicius conversávamos baixo (no meio da viagem a gente conseguiu sentar juntos). Vai ver que foi por isso que a mulher da janela não quis me ajudar quando cheguei com Lia e a tralha toda.

Boston, Somerville e Cambridge

Fomos do aeroporto de Boston (Logan) para nossa casa de ônibus/metrô. Há uma linha gratuita e às vezes a gente acha que a vida ainda é simples e fácil e topamos encarar essas coisas com bebê e tralha de bebê. O problema foi que uma parte do trecho é feita de ônibus BRT, e ele era muito apertadinho, nada acessível para carrinhos de bebê (especialmente o nosso trambolhão) ou cadeira de rodas. Como o ônibus tava bem vazio, não foi tão traumático, mas se tivesse cheio, o carrinho nem entrava.

O carrinho ocupando o corredor todo do BRT.
 Além disso, do carrinho trambolhão ocupar basicamente o corredor inteiro do BRT, Lia resolveu que estava na hora de sair daquele carrinho e abriu o berreiro. Paciência, tenta acalmar o bebê e cara de paisagem, porque era impossível levá-la no colo naquelas condições. Quando foi possível, ela teve o acalento dela.

Amamentando na estação de metrô em Boston, entre o aeroporto e nossa casa.
O caminho das pedras para não pagar pelo transporte do aeroporto para o centro de Boston: pegue de graça o ônibus BRT que é considerado metrô, da silver line (linha prata), e vá até a estação South da linha vermelha, e depois pegue gratuitamente o trem da linha vermelha para qualquer estação dessa linha. Como a estação mais próxima da nossa casa era também da linha vermelha (Porter), deu tudo certo.

Claro que quando chegamos na nossa estação, a mais de 1km de casa, estava chovendo. Pois colocamos a Lia no carrinho, a capa de chuva no carrinho e fomos andando. A Lia se divertiu com a situação.

Com o dólar nas alturas, hospedagem em Boston era a coisa mais cara do mundo. Eu fiquei chocada quando fui procurar hotel/apartamento. A média era de R$ 1.000,00 por dia em hotéis medianos bem localizados. Levando em conta a localização, espaço, preço e, especialmente, estar com bebê, optamos por uma acomodação em Somerville (muito perto de Boston, assim como de Cambridge) pelo Airbnb, cujos proprietários têm costume de receber crianças, ou seja, oferecem berço, brinquedinhos e nos podem nos socorrer em casos de perrengues. O apartamento era um anexo da casa dos donos, com entrada privativa e todo completinho (inclusive berço do tipo pack 'n play pra Lia). Muito bom! Custou R$ 3.086,76 por 4 diárias e a única desvantagem é que fica a mais de 1 km da estação de metrô mais próxima. Têm linhas de ônibus mais próximas, mas eu tava com receio de ônibus com carrinho de bebê. Depois dessa experiência, batemos o martelo que o ideal é manter a distância do metrô em no máximo 500 metros.

Boston (e as redondezas) é linda demais! Achamos que é uma Nova York melhorada. Menos gente, pessoas mais serenas, sem aquela fixação em segurança, cidade mais limpa, mais bonita. O povo gosta de esporte, corre nas ruas. Nós amamos! Além disso tudo, uma das coisas mais divertidas era a gente tentando falar beem rápido Xuxa, a Sacha fez xixi em Massachusetts. Ou, melhor, Xuxa, a Sacha e o Schumacher mijaram em Massachusetts.






Na noite do dia em que chegamos, pegamos um Uber e fomos para Cambridge, que fica a 2km. Fomos de carro apenas porque chovia. Além de dar uma olhada geral da cidade, que é super fofa, fomos na T-Mobile comprar um sim card pre pago (30 dólares com 1gb de dados) entramos na John Harvard's Brewery & Ale House para comer e, finalmente, beber uma boa cerveja americana. Comida e cerveja bem gostosas.


 
Lia só no salmão e legumes.

No dia seguinte, fomos para Cambridge de novo passear por Harvard. Usamos novamente o Uber. Essa viagem foi memorável. O carro (e o motorista) eram tão mal cuidados e sujos e mal vestidos que fiquei em choque. O teto do carro era imundo! Tinha lixo no piso.

Em Harvard, optamos conhecer os museus Peabody, de arqueologia e etnologia, e o de História Natural. A entrada para os dois custou $10 para cada (preço para estudante, o valor regular é de $15).

Os dois museus são bem legais, mas não imperdíveis, a não ser para os apaixonados pelos temas. São pequenos, em pouco mais de duas horas visitamos os dois (convém ressaltar que eu sou apressadinha, não consigo ler aquelas placas todas, não).


Adorei esse exercício. Cansa muito. Tentem!

Ametista do Rio Grande do Sul foi parar lá em Harvard.
Escultura incrível de um parto normal para ilustrar a importância dele para a imunidade do bebê. 

Depois dos museus, caminhamos pelo campus da universidade e constatamos que é tudo igualzinho aparece nos filmes..rs

Lia dormindo no canguru. Estava uma leve garoinha.



Saindo do campus de Harvard, paramos num restaurante mexicano logo na frente, o QDBOA e comemos uns tacos bem mais ou menos.  Lia que se deu bem e comeu framboesas  e mirtilos comprados anteriormente.


Voltamos para casa para descansar um pouco e, a noitinha, fomos em duas lugares MUITO amados e bem pertinho de casa: Dollar Tree e cervejaria Aeronaut.

Pessoas, eu amo a Dollar Tree. Amo porque lá a gente encontra muita coisa de qualidade ou que amamos por 1 dólar. Por exemplo, Pringles (pote grande), pilhas e baterias (compro aos montes, funcionam perfeitamente bem), medicações (desde os basicões para dor até pomada antibiótica - a propósito, sempre compro também e são excelentes, super cicatrizantes), produtos para bebês (pomadas de assadura com a mesma fórmula de marcas famosas - funcionam, sim, uso delas), cotonetes, pasta de dente decente, lâmina para depilação. Enfim. A Dollar Tree merecia um post só pra ela. E olha que a que fomos nem era supimpa. Já fui em umas gigantes que tinha até alimentos frescos, tipo ovos (a dúzia por 1 dólar). Me mata de amor.

Nessa dia, tava aquela chuvinha fina o tempo todo e a gente só achava guarda-chuvas de 15 dólares pra cima. Eu resisti, convicta que acharia na Dollar Tree. Vinicius ria de mim (eu vivo tendo que provar pra ele que a Dollar Tree é a melhor loja do mundo. Ok, melhor do mundo é forçar muito. Vamos dizer que ela compensa, e muito). Pois depois quem riu fui eu, porque comprei guarda-chuva por 1 dólar. São fuleiros? São, sim, mas funcionaram o viagem toda e estão aqui em casa aguardando a próxima viagem.

Em sequencia, cheio de sacolas com as tranqueiras, fomos conhecer a Aeronaut, um brewpubde Somerville muito bacana. O lugar é um galpaozão (lembra a Corina, de Brasília, mas bem maior) e tem cervejaria e muita diversão. Tem fliperama, tem um piano, tem uma máquina para fazer água saborizada (de graça), tem uma chocolateria, tem prateleiras com sacos de malte, tem videogame, tem até um local invocadinho de vinhos lá no fundo. No primeiro dia que fomos, tava rolando um jogo de perguntas e respostas com os clientes, mega divertido. Enfim, eles sabem como entreter a gente e nos manter bebendo pra sempre. Sorte que eu ainda amamento, senão estava lá até hoje (27/12/2018).


 





Máquina de fazer água (com gás ou normal) saborizada.

Bike estacionada na porta da cervejaria.
Depois da cervejaria, fomos comer uma pizza maravilhosa na City Slicker Cafe. Recomendo!

No nosso terceiro dia, foi a vez que fazer o passeio mais famoso de Boston: percorrer a pé a Freedom Trail, um caminho de uns 4km marcado com tijolos que passa por 16 locais importantes para a história dos Estados Unidos. É um jeito muito fácil de conhecer a cidade. A trilha parte do parque Boston Common (onde tem um centro de informações turísticas) e vai até o Bunker Hill Monument, em Charlestown (cidade fofa que só). Fizemos o caminho muito lentamente, em mais ou menos 5 horas, parando para comer, contemplar, amamentar, ler sobre a história do local.

Massachusetts State House


Granary Burying Ground

Old State House

Fanueil Hall

USS Constitution: dá pra entrar no navio de guerra. É bem legal.

Bunker Hill Monument

Paradinha no Bunker Hill para amamentar. Nada mal, né?

Durante a Freedon Trail, paramos para almoçar numa Walgreens gigante, que era praticamente um supermercado.  E depois do tour, antes de rumar para o Museu de Belas Artes, nossa refeição foi num Whole Foods, que tinha comida de verdade a quilo. Todos comemos bem, pena que não foi barato. A comida de verdade, linda, orgânica e colorida custava a bagatela de $99 a libra (mais ou menos 500g).


Fomos de metrô para o museu, então tivemos que andar da estação até ele. Adorei aquela região, muito bonita, pode ser um excelente local para se hospedar. 

Nas quartas-feiras, a partir das 16h, a entrada no Museu de Belas Artes é gratuita (o valor regular é de 25 dólares). Óbvio que a gente aproveitou a oportunidade e fomos sem pagar nada. O museu é obrigatório, viu? Fica num prédio lindíssimo e é muito diversificado, tem arte de todo canto e de todo jeito! Egípcia, japonesa, moderna, clássica, obras de Monet, Van Gogh, Renoir, arte moderna, móveis. Muito legal mesmo.





Escultura com copos descartáveis



Para finalizar o dia, jantamos no Hihgland Kitchen, um restaurante perto de casa bem badaladinho e com comida maravilhosa.

No dia seguinte, a idéia era andar a pé pela região de Beacon Hill e Back Bay, áreas muito elegantes, com arquitetura no estilo vitoriana misturada com alguns prédios modernos.

Começamos o dia no Boston Public Garden. Decisão acertadíssima pois, além do parque ser lindo, encontramos um árvore a cara do outono, super vermelha/laranja. Ficamos mega felizes.  Nas nossas andanças, passamos na Arlington Street Church, Trinity Church e o John Hancock Tower, na rua de comércio Newbury Street, comemos sandubas no Lukes Lobster (maravilhoso, mas os olhos da cara - como quase tudo naquela cidade linda.).





Trinity Church. Adoro esses contrastes entre o antigo e o moderno.


Boston Public Garden - ficamos um bom tempo nesse parque lindo, sentados ou passeando, fotografando árvores, esquilos, observando as pessoas curtindo, tirando selfies.

Outono :-)

Arlington Street Church - igreja universalista unitária. De um lado, a bandeira gay, do outro, uma mensagem de boas vindas aos negros.

Sandubas de frutos do mar do Lukes Lobster. Deliciosos, mas esse triozinho aí saiu por $30. E não mata a fome.
Dai, voltamos a pé para “nossa região”, fomos novamente apreciar o campus de Harvard, comemos um belo hambúrguer com uma bela cerveja no RF O’Sullivan & Son (e fomos atendidos por um garçom brasileiro). 

A Estátua das Três Mentiras: John não foi fundador de Harvard; Harvard não foi fundada em 1638; o rosto da pessoa não é de John.



 RF O’Sullivan & Son - hambúrguer de respeito!


Mais árvores fluorescentes :-)

A noite, ainda deu tempo de dar mais um passadinha da Dollar Tree e na cervejaria perto de casa, afinal, era nossa última noite ali. 

Como já disse, adoramos a cidade e ficou um gostinho de quero mais. Adoraria me hospedar em Boston mesmo, ir ao Museu de Ciências, assistir a um jogo de baseball no Fenway Park, visitar o aquário, o museu Isabella Stewart Gardner. Tudo isso ficou fora do roteiro por questões de logística, estar com um bebê e/ou preço. A cidade merece uma segunda visita, com certeza, especialmente se conjugar com um tour mais pro norte, pela zona rural de New England, pra apreciar uma floresta de árvores com a cor do outono. Já quero.



Westfield, New Jersey

No dia seguinte, fomos de trem até Newark e, de lá, fomos para a casa de amigos em Westfield, em New Jersey.


Trem vazio, Lia viajou vendo desenho numa poltrona.

Marcele, Rafa e os guris nos receberam super bem. Lia amou ter crianças por perto, ela realmente curte a presença de outras crianças. A gente fez o que há de melhor nessa vida: batemos papo, bebemos, comemos, passeamos no parque, fizemos churrasco, fomos comer sushi, tomar café da manhã na padaria, aproveitamos para ir ao Walmart e Marshalls. Teve até festa de aniversário pra mim! Teve até a Lia dormindo de 21h às 05h da manhã. Direito. Gente, única vez  na vida dela! Inacreditável. 











De lá, partimos para a última etapa da viagem: Washington.

Washington

Olha, Washington. Amamos também. Amamos porque é linda, limpa e lotada de museus (fechado ou a céu aberto) de alto nível e gratuitos. E todos pertos uns dos outros. É uma loucura. Amamos porque tem um ônibus circular que custa $1 e era largo o suficiente para caber o carrinho da Lia sem impedir a passagem dos outros passageiros. Além de tudo, as imagens de House of Cards ficam lampejando na cabeça...ahahah

Ficamos hospedados num apartamento semelhante ao de Boston, um anexo da casa dos proprietários e moradores, com entrada independente. Local super bacana e confortável, com anfitriões muito atenciosos, perto do metrô, de comércio, do zoológico, num bairro muito lindo, arborizado, chamado Woodley Park. Além disso tudo, o apartamento era bem legal para crianças, com brinquedinhos, chão encarpetado e bercinho pra dormir.



Fomos da estação de trem para casa de metrô. Nos acomodamos e, depois de almoçar no Duke's Counter (sanduíche e cerveja, tudo muito bom),  de uma tentativa frustrada de ir ao zoológico porque o calor era simplesmente insuportável e de voltar para casa para banho e um relax, fomos a tardinha andando até a Catedral Nacional de Washington.

Gente, que passeio agradável. Que ruas lindas. Que catedral maravilhosa. Eu não tinha mapeado essa atração, descobri por acaso fuçando o TripAdvisor. O caminho até a catedral passa por casas liindas e ruas muito arborizada no Upper Northwest e a igreja é fantástica. Chegamos tarde, não estava aberta para visitação, mas a parte externa é muito agradável, com jardins e bancos.


Filha, olha lebre!




Na volta para casa, passamos num mercadinho para comprar a janta e comida para o café da manhã. De interessante, achamos uma comidas congeladas saudáveis, sem aquele monte de porcarias que dão sabor, por $5 cada refeição. Era saborosas, o custo benefício foi bem bom.

No dia seguintes, fomos ao Capitólio. Uma amiga de trabalho do Vinicius que está passando uma temporada em Washington, Patrícia, nos deu a dica e nos acompanhou no passeio. Não só isso. Ela também fez nossa reserva, porque é preciso agendar a visita, que é gratuita, previamente.

Vale a pena, sim! Prédio lindo, arquitetura linda, os tours são guiados, então fica bem interessante. É super acessível para carrinhos de bebê e tem restaurante com boas variedade para almoçar/lanchar.






Do Capitólio, fomos andando até o Museu Aeroespacial. Entrada gratuita e todo tipo de coisas que voam você encontra por lá, em salões bem altos e todos decorados de aeronaves. E tem avião antigo pra gente entrar, foguetes, peças importantes na história aeroespacial mundial, experiências, brincadeiras, voos simulados, planetários e projeções de filmes (algumas atrações cobradas a parte). Também super acessível para carrinho de bebês. Pode ir sem medo.





Quando resolvemos ir embora, depois de lanchar no museu, estava chovendo. Não havia problemas. Embalamos o carrinho na capa de chuva e continuamos o passeio. Desprobematiza e só vai.


Fomos até o ponto do Washington D.C. Circulator, um ônibus que tem umas linhas interessantes para turistas. Custa 1 dolar, é confortável, acessível e ainda tem wi-fi. Puro amor. Fomos até o Lincoln Memorial, que fica bem de frente ao obelisco chamado Monumento de Washington. Entre eles, há um extenso espelho de água, muito verde e patos. Passear a pé por ali é sucesso.







Cruzando essa área verde, antes de chegar ao obelisco, está o memorial da 2º Guerra Mundial. Que lugar lindo e recomendo ir no entardecer, pois quando as luzes são acendidas o lugar fica ainda mais charmoso. O memorial é grande, é difícil fazer uma foto dele todo, então pra sentir a real beleza desse lugar, vocês terão que ir até lá :-)



Essas estrelas são de ouro e cada uma delas representa 1000 soldados americanos mortos na guerra. Há 4000 estrelas no mural.
Daí, fomos andando até a Casa Branca, bem ali do ladinho também. No caminho, passamos em frente da belíssima construção da Organização dos Estados Americanos.

OAS.
White House


Depois, passamos num Whole Foods Market para comer e voltamos pra casa de metrô.

No dia seguinte, fomos de manhã ao zoológico, do lado de casa. O zoo de Washington é muuito bom. Bem cuidado, bonito, super educativo e gratuito. A Lia curtiu o passeio, se interessou por vários animais e conheceu pandas :-)







Tudo que o elefante come e bebe.
Tudo o que o elefante põe pra fora.


A tarde, voltamos para a região dos museus e visitamos o Museu Nacional da História Americana. Não tem como falar algo ruim de um museu que tem logo um Batmovel no hall de entrada. Mas, mesmo sem esse detalhe, o museu é imenso e mostra muitos aspectos da história americana, desde o desenvolvimento científico, cultural. tecnológico, passando por política, gastronomia e tudo que se puder imaginar. Tem umas partes interativas para crianças.





A noitinha, jantamos no Open City, um restaurante/bar/lanchonete perto de casa, por dica dos nossos anfitriões. Gostamos bastante, e não tem foto por motivo de tinha um bebê na mesa ;-)

No dia seguinte, voltamos para casa. Detalhe que nosso vôo de volta era do aeroporto Washington Dulles, beeeem afastado da cidade. Mais especificamente, uns 70 dólares de Uber :-/ Aqui se foi toda a economia que fizemos com as atrações gratuitas da cidade..ahahahah

Daí a gente volta naquela história de desapegar quando for viajar com bebê. Se a gente tivesse sem a Lia, com certeza íamos madrugar e ir de trem e ônibus, pois tem essa opção, mas leva mais de 1 hora. Com bebê, nem pensar, né? E, pra piorar, na hora que nosso Uber chegou, chovia horrores e o motorista não se mexeu pra ajudar a gente (a gente leia-se o Vincius, coitado) a guardar as malas e tals. E entre nosso apartamento e o carro havia uma escada, não dava pra ir correndo até o carro. Enfim, deu tudo certo, nosso guarda chuva de 1 dólar permitiu que o Vinicius não ficasse ensopado e nossos voos de volta foram excelentes.



Beijocas. Vanessa.