quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Cidades Históricas de Minas - Cogonhas e Ouro Preto - Agosto/2014

 Pessoas,

depois de Brumadinho e Inhotim, fomos para Ouro Preto, com uma paradinha em Congonhas para ver a Basília de Bom Jesus de Matosinhos e os Doze Profetas de Aleijadinho.

Cogonhas

Cogonhas ficaria melhor encaixada no trajeto entre Ouro Preto e Tiradentes. Só que fizemos esse trajeto numa segunda-feira, quando a igreja está fechada.

A Basília de Bom Jesus de Matosinhos é uma igreja barroca linda, como muitas em Minas. O que tem mais legal por lá, na verdade, fica fora da igreja. São as esculturas dos doze apóstolos feitos em pedra-sabão por Aleijadinho quando ele já tinha membros amputados (ele tinha uma doença chamada porfiria) e amarrava as ferramentas nos braços.

Além disso, no complexo há também as seis Capelas dos Passos , que exibem as cenas da Paixão de Cristo de acordo com o projeto original de Aleijadinho. São esculturas em tamanho real, bem bonitas. O complexo todo foi declarado Patrimônio Mundial declarado pela Unesco em 1985.

Eu achei o complexo arquitetônico muito legal e acho que a parada vale a pena.

Basílica Bom Jesus de Matosinhos
Essas são as esculturas que ficam dentro das capelinhas na frente da basílica.



Essas capelinhas menores são as capelas onde tem as esculturas com as representações da Paixão de Cristo. Nelas não se pode entrar, mas tem porta gradeada e dá pra fazer fotos.

Esculturas em pedra-sabão dos apóstolos







Anexa à basílica tem essa sala com milhares de fotos e menagens de gente fazendo/pagando promessa, homenageando mortos...

Ouro Preto

Ouro Preto é apaixonante. Fofa, pequena, simpática, inclinada. Como deve ser delícia ir morar lá aos vinte pra fazer faculdade. Ficamos 3 dias inteiros por lá, mais parte do dia em que chegamos, e foi delícia! Fizemos tudo com calma, curtimos bares e cafés, perambulamos sem rumo (uma das melhores coisas em viagens!). Recomendo.










Fomos em agosto e estava friozinho, hein! A noite frio de verdade. De dia, no sol ficava bom, na sombra ruim. 

Ficamos hospedados no Mirante Hotel. Não é bom. Além dele ficar mais distante do centro, fica na beira de uma estrada inclinada, então é barulho de motor de carro fazendo esforço pra subir a noite toda! Foi muito desconfortável. Pedi um quarto mais longe da pista, mas ninguém me deu atenção. O café da manhã era bom, os quartos ok. Fuja.

Para fazer, além das mil igrejas, tem museus legais, uma Mina de Ouro, Mariana e muitos restaurantes/café para morrer de tanto beber a deliciosa cerveja Ouropretana, especialmente a Pale Ale.

Sobre as igrejas, elas são lindas e claro que tem que ir. Eu tenho problemas com igrejas, acho a decoração muito densa, então elas vão se sobrepondo na minha mente e sou incapaz de diferenciar uma da outra com facilidade, guardar nomes e tals. Então, não discorrer aqui sobre as igrejas, só avisar que a mais importante de Ouro Preto, a Nossa Senhora do Pilar, com 400 quilos de ouro e outros 400 de prata, forma fila na porta para entrar. Programe-se!





No mais, veja o que fazer além de visitar todas as igrejas possíveis:

  • degustar cachaças. A cidade é cheia de lojas com cachaças de todo tipo e preço. A vida fica assim em Ouro Preto: visita igreja, bebe cachaça. E vice-versa.
  • curtir o por do sol na área em frente à Igreja Nossa Senhora do Carmo. É lindo!!!!

  • aproveite que vai até à Igreja Nossa Senhora do Carmo e inclua uma visita ao Museu do Oratório, no adro da igreja. A entrada é de graça para estudantes e praticamente de graça para não estudantes. O museu é pequeno, novinho e é interessante. A quantidade e variedade de oratórios é instigante.
  • falando ainda em museu, o Museu Casa dos Contos é realmente muito legal. Fica num casarão onde já funcionou a Casa de Contratos (tipo a receita Federal nos dias de hoje), uma prisão e também a sede da Administração e Contabilidade Pública da Capitania de Minas Gerais. Tem todos os tipos de dinheiro que o Brasil já teve (sabe quela nota de 1000 cruzeiros com um índio que a gente levava pra escola pra comprar lanche? pois é, tem lá :-)), uma senzala e horário de funcionamento amplo. Não deixem de ir.

  • o Museu da Inconfidência, que fica num belíssimo edifício na Praça Tiradentes, é legal e vale a pena se tiver tempo.

  • mas, se você estiver viajando com um nerd (toca aqui!), vá ao Museu da Ciência e Técnica. É muito interessante, cheio de coisas, dividido por áreas, legal demais para crianças porque tem umas coisas que você pode testar, é meio interativo. 
  • quando tiver batendo perna, não deixe de observar os nomes geniais das repúblicas espalhadas pela cidade. É diversão garantida!
República Pulgatório.
  • vá para Mariana de Maria Fumaça, ou de trem, apenas, se ela tiver em reforma quando você for lá, o que foi nosso caso. Compramos as passagens antes de embarcar e fizemos só o trecho de ida de trem. Não acho que preciso fazer os dois trechos, porque a estrada não muda, não é assim uma coisa que vale a pena ver de novo, e demora 1 hora. Na verdade mesmo, esperava mais do passeio de trem, mas tá valendo, acho que deve ser feito. Nós voltamos de ônibus, fazendo uma parada na mina chamada Minas da Passagem (vou detalhar nos tópicos abaixo).


  • Indo de Ouro Preto para Mariana, sente-se ao lado direito do vagão. Melhor para ver. 
  • Em Mariana, assistimos um concerto de órgão na Catedral Matriz da Sé. Foi pura sorte. Ouvi alguém falando disso no trem e conseguimos comprar o ingresso na hora. Vale a pena pesquisar a agenda dos concertos, porque não é todos os dias. As músicas são tocadas num órgão Arp Schnitger, alemão. Existem poucos exemplares no mundo desse instrumento. Depois, a concertista deixa a galera subir para ver o órgão de perto, diz sobre o funcionamento, a gente entra na casa de máquinas. É bem legal. O concerto é curtinho, uns 45 minutos, e a entrada custa uns R$ 20.
  • Depois do concerto, almoçamos e pegamos o ônibus de volta rumo a Ouro Preto. Esse ônibus para em frente a Minas da Passagem. Pedimos informação sobre a linha e as paradas lá no centro turístico de Mariana, pertinho da Catedral da Sé e foi mamão com açúcar. Há vários ônibus entre Mariana e Ouro Preto, são linhas regulares, com preços baixos. Vale a pena pensar nessa possibilidade.
  • a Minas da Passagem é uma mina de ouro aberta a visitação (dizem que é a maior do mundo). A visita vale muito!!! Especialmente porque a gente chega até a galeria subterrânea com um carrinho que era usado originalmente pelos mineradores. Lá dentro tem um lago que é utilizado para mergulhos. Obrigatório. A mina, não o mergulho :-)





  • para comer, beber, relaxar, descansar, bater papo: Café Cultural (café, chás, cervejas e comidinhas, ótimo pra uma pausa no meio da tarde), O Passo (pra comilança de mais sustança, romance - tem banda de jazz ao vivo e uma pizza maravilhosa!), Barroco e Barraco (para comidinhas, comprinhas - tem um brechó, cervejas e gente descolada), Escada Abaixo (pub super legal, muitas cervejas, comida boa, atendimento simpático, televisão em canais esportivos. Pra jantar, happy hour ou almoço. Pau pra toda obra!), Bené da Flauta (boa comida, vista maravilhosa). PELO AMOR DE DEUS, bebam a cerveja Ouropretana, especialmente a Pale Ale.

No Café Cultural

nO Escada Abaixo

nO Passo

nO Passo

nO Passo

nO Passo


nO Passo

No Barroco e Barraco

No Café Cultural

No Café Cultural, um quadro feito de caixas de remédio. 
Vista do Bené de Flauta. Tem coisa mais "paz" que isso??

Vista dO Passo ou da Casa dos Contos - são do lado.

    Sendo feliz no Bené da Flauta.

    Vista dO Passo ou da Casa dos Contos - são do lado.
    • se tiver um tempinho, vá ao cinema. Nós fomos. Entrada por uns R$ 5,00 e pipoca por uns R$ 3,00. Justo!
    Foi isso! Friozinho, solzinho, comidinhas, bebedinhas, história, lindezas, museus, igrejas, paz, calma, diversão. Perfeito.

    Beijocas. Vanessa.

    domingo, 11 de janeiro de 2015

    Cidades Históricas de Minas - Brumadinho e Inhotim - Agosto/2014.

    Pessoas,

    de Diamantina, fomos para Brumadinho (370km), por causa do Inhotim, um centro de arte contemporânea completamente imperdível.

    Ficamos hospedados na Pousada da Dona Carmita (dicas de vários blogs!). Uma delícia. São chalés individuais, confortáveis, tem área de lazer e o café da manhã é maravilhoso!!! Estão localizados a 4 km do Inhotim. E dentro da pousada tem um restaurante legal, onde jantamos nas duas noites.

    O Inhotim funciona de terça a domingo. Na terça-feira, a entrada é gratuita (fomos na terça \o/).  NA quarta e na quinta custa R$ 20, e nos outros dias R$ 30. E aceitam carteirinha de estudante. Esse preço é surreal de tão baixo! O dia naquele lugar vale muito mais. O dobro, no mínimo.

    Aviso: há um aviso no site informando que a partir de 03 de fevereiro de 2015 a entrada gratuita será às quartas e os preços serão reajustados.

    Nosso tempo no Inhotim foi de 1 dia e meio: o dia em que chegamos de Diamantina e o dia seguinte inteiro. Foi satisfatório, mas na correria. 

    O Inhotim é gigante e tem mil coisas para ver, sentir, ouvir. Então, o ideal mesmo são várias visitas, de tempos em tempos. Eu queria muito ter tido tempo de sentar naqueles jardins fantásticos e ler um livro (ou verificar o instagram ou twitter :-p) com calma, ou apreciar a vista, ou apreciar como a paisagem combina com a arquitetura e vice-versa, ou ler com mais calma as informações referentes às obras, ou mesmo tirar um cochilo. Na terça, que a entrada era gratuita, vi muitas pessoas fazendo isso. Provavelmente locais, os felizardos que podem ir indefinidas vezes naquele paraíso.

    Sobre ser gigante, há a opção de alugar carrinhos de golf para ir a pontos mais distantes do parque. Custa R$ 20,00 e nós não alugamos porque a gente ama andar, mas pode ser uma boa opção, tanto para não se cansar tanto, como para ganhar tempo.

    Lá dentro tem bastante estrutura. Restaurantes, cafés, lanchonetes e banheiros limpos. No primeiro dia, almoçamos no Oiticica, de comida por R$ 37,00 o quilo. Ok, nada demais, nem de menos. Mas o serviço é bom, mesmo com muita gente não demora tanto porque eles são bem organizados. No segundo dia, só lanchamos.

    No Inhotim tem também o Tamboril, de buffet livre ou a la carte, cravado no numa paisagem linda, mas o tempo escasso não permitiu essa estripulia, como nos impediu de conhecer o Bar do Ganso, bistrô fofo dentro do Inhotim.

    Tivemos sorte de, no dia da nossa primeira visita, ser o dia internacional da fotografia e daí rolou uma oficina com a fotógrafa do Inhotim, Rossana Magri. Foi bem legal, com parte teórica (dicas básicas de fotografia) e prática, na qual o grupo foi conduzido pela fotógrafa a pontos interessantes do Inhotim para colocar em prática o que tinha sido visto na teoria. 

    No dia seguinte, fizemos uma visita guiada. O Inhotim disponibiliza, gratuitamente, visitas guiadas. Só ver os horários e tipos no site e comparecer na hora marcada. Nem precisa agendar.

    Fizemos a Visita Panorâmica, com informações de arte e botânica. Foi super legal! Agrega muito valor às obras de arte e às plantas do Inhotim. Recomendo!

    Além de um museu de arte a céu aberto, o Inhotim é também um jardim botânico. Para ter essa denominação, a área deve cumprir alguns requisitos, como empreender pesquisas na área da botânica, divulgar e preservar a vegetação, identificar a catalogar as espécies e variedades de plantas.

    Como o local é gigante, é importante pesquisar e verificar o que você quer ver. Eu adorei tudo o que vi, mas: o Galpão Cardiff & Miller é uma experiência sensorial imperdível; a Galeria Adriana Varejão é muito legal; a Galeria Cildo Meireles é bem bacana e, para nós, foi super marcante porque estávamos assistindo Dexter e inclusive vimos as duas últimas temporadas nessa viagem; a árvore suspensa de Giuseppe Penone é massa; a galeria De Lama Lâmina impressiona; e até a piscina de Jorge Macchi, que parece que não tem nada demais, é super legal. Enfim, ninguém deveria morrer sem ir ao Inhotim. Simples assim. Aqui tem informações sobre as obras e galerias permanentes.

    É isso. No mais, é ir até lá. Agora, fotos!






    Essa árvore gigaaaaante se chama Tamboril





    Essas luminárias enfeitam o teto do Oiticica, restaurante a quilo.  

    Os lagos no Inhotim são verde esmeralda ou azul turquesa graças a um corante natural de algas jogado na água.

    Fofura esses vasos de cabeça pra baixo!
















    Não disse que a árvore Tamboril era gigante?!?





    Sonic Pavilion de Doug Aitken. A idéia e a estrutura são melhores do que a atração em si, mas vale a visita. 
    De Lama Lâmina. Dentro da esfera metálica perdida no mato tem u...... :-)



    Vinicius fazendo uma foto da árvore suspensa.

    A árvore suspensa :-)
    Foi assim. Não deixem de ir ao Inhotim. Eu senti muito orgulho dele ser brasileiro, porque é realmente incrível!!!

    Beijocas. Vanessa.