terça-feira, 30 de julho de 2013

Taypá

Pessoas,

eu estava louca para ir ao Taypá. A comilança no Peru foi tão especial que minha curiosidade em saber se encontraria coisas verdadeiramente típicas de lá no melhor peruano de Brasília me corroeu por semanas até, finalmente, irmos. Eu ando absolutamente louca por ceviche. Lá no Peru, pedia de entrada e outro de prato principal. E tô arriscando fazer em casa. Hoje fiz um com tilápia que ficou beeeem gostoso :-)

Pois sábado fomos lá no Taypá, eu, Vinicius e Gustavo. Gustavo é um primo querido, que vi nascer - lembro da minha tia grávida! -, e, hoje, é homem feito, servidor público, formando na UnB e cuidador oficial das gatas quando viajamos. E, sim, eu sou um pouco antiga. Não daria a mínima se isso não interferisse no meu maldito metabolismo.

Achei o Taypá um peruano legítimo!!! O cardápio é bem parecido ao que encontramos por lá e a apresentação dos pratos também. Fiquei feliz. Só fiquei decepcionada com a pouca variedade de ceviches. Apesar de no cardápio que está no site existirem 6 opções de ceviches, no cardápio novo apresentado no restaurante têm apenas 4 tipos, o que dificultou minha intenção de comer ceviche de entrada, prato principal e sobremesa.

Começamos escolhendo as bebidas. Vinicius pediu logo um Pisco Sour (R$ 21). Delícia. Eu escolhi o Muito Gustoso!, por dica do garçom, com pisco, cointreau, maracujá, almíbar de lima, ramos de hortelã (R$ 22,50). Um arraso de tão bom! Refrescante e doce na medida certa.



Quando estávamos pensando alto sobre as entradas, o garçom que nos atendia interferiu muito educadamente alertando que o ceviche era grande e que serviria, como entrada, duas pessoas. Adorei isso. Aqui no blog tem um post meu reclamando exatamente do fato de o garçom não ser claro quento ao tamanho da porção da entrada do Taypá numa ida pretérita. Dessa vez, agiram muito bem.

Devidamente instruídos, começamos com uma Causa Limeña (R$ 28,80) e um Ceviche Taypá (R$ 52) para dividir pelos três. 

Causa é feita com batata e parece um purê. Vem recheada ou coberta com peixe ou frango. A Causa Limeña é coberta com frango desfiado com tartar de aipo e abacate. Estava muito gostosa! A segunda foto é da causa que comemos no La Mar, em Lima, pra vocês verem como são parecidas. Só que a do La Mar era com salmão e atum e a porção com 5 custou R$ 29,00. Brasília e seus preços....




 O Ceviche Taypá é composto de 3 ceviches escolhidos pelo cliente. Optamos pelo clássico (peixe fresco com leite de tigre), criollo (polvo, peixe branco, lula a camarões  com leite de tigre e creme de coentro e cebolas em tempurá),  e nikey (atum, polvo, abacate e pepino em molho de miso e leite de tigre). Estavam bem bons. Não gostei da batata doce cozinhada no suco de laranja, do ceviche clássico. Prefiro a batata doce cozida e pronto. Além disso, o ceviche ficaria muito mais legítimo, pois o camote, legume que acompanha os ceviches no Peru, tem cara de abóbora e gosto de batata doce (o que lembra o episódio em que o Chaves vende refrescos - minuto 01:38 desse link http://www.youtube.com/watch?v=o6sODVQzulM). 


Antes de escolher os principais, mais bebidas, por favor. Fomos de Tour de Pisco (R$ 25,90), com 3 shots de drinks a base de pisco escolhidos pelo barman. Vieram Raices (o vermelho, com pisco, cointreau, tangerina, amoras, alecrim e açúcar), Ginger Taypa (laranjado, com pisco marcerado com gengibre, gomos de toronja, folhas de gengibre, almíbar de toronja) e Apple Pisco (verde, com pisco, licor de maçã, creme de maçã verde). O Raices é muito bom, o Ginger é interessante e o Apple é bizarro.


De principal, Vinicius escolheu o Tacu Tacu Taypá (R$ 65,80), Gustavo o Lomo Saltado (R$ 58,80) e eu fui de Tiradito em Salsa Tibia (R$ 46,80).

Tacu tacu é um prato muito comum no Peru feito com feijão e arroz, que formam uma massa e pode rechear , cobrir ou servir de cama para a carne/peixe. O Tacu Tacu Taypá é filet mignon salteado com mariscos, cebola, tomate com molho de soja, vinagre cobrindo o Tacu Tacu (feijão, arroz e temperos). Provei um teco e estava uma coisa maravilhosa. Muito bem temperado, um prato rico e super saboroso.


O Lomo Saltado também é figurinha frequente nos cardápio do Peru. Foi minha opção no Astrid e Gastón e fiquei impressionada com a semelhança na apresentação do prato. Até o ovo de codorna tinha nos dois. Veio uma porção de arroz branco servida separadamente. Abaixo, a segunda foto é do Lomo Saltado do Astrid Y Gaston de Lima que, pasmém, custa menos (R$ 55,00) que o de Brasília.



Eu fui de tiradito, que são, basicamente, sashimis com molho. Queria mesmo mais ceviche, mas repetir não me parecia uma boa idéia e o único que ainda não provara era quente, o que também não me apeteceu. No cardápio novo, os tiraditos também foram reduzidos. Antes, 5 opções. Agora, apenas 2. O Tiradito em Salsa Tibia é salmão ao molho de ponzu e óleo de gergelim quente. Bom, mas meio sem graça. Acho que estava muito picante e os outros sabores não era percebidos. Não pediria de novo e deveria ter pedido ceviche mesmo.


Para sobremesa, as muito peruanas lúcuma e algarrobina, que fazem a chamada Imperial de Lúcuma: creme de lúcuma com pão de ló de algarrobina com sorvete de creme e calda de chocolate ao leite (R$ 23,60). Quando a sobremesa chegou, fiquei procurando a algarrobina no prato. Não encontrei e perguntei ao garçom. Daí ele disse que a casa estava sem algarrobina. Ah, bom..... Pediu desculpas e não cobraram a sobremesa. Achei justo. O creme de lúcuma tinha sabor suave demais. Algo que o realçasse faria bem.


O Peru pode ser avistado também em peças de artesanato decorando o restaurante, como jarras, faces e tourinhos. Vimos todas elas me museus sobre o incas. 

Teve bom. E fomos com reserva feita pelo SaveSpot, com 30% de desconto na conta total, em pleno sábado. Aproveita!

Beijocas. Vanessa.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Mosaico Grill

Pessoas,

sábado passado fomos convidados para conhecer o novo cardápio do Mosaico Grill. Injusto ter aqui no blog apenas um outro post sobre a casa, e ainda sobre uma visita por convite, porque já estive lá outras vezes como cliente pagante, inclusive com a família toda, que gostou muito e acabou voltando sozinha. Isso para dizer que eu gosto muito da proposta da casa. Tem carnes decentes, acompanhamentos gostosos, ambiente legal, bom atendimento, preço justo e um chef de 21 anos, fato que me deixa boquiaberta.

Além de estar com cardápio novo, a casa está também participando do Restaurante Week e está em pleno "Festival de Inverno do Mosaico", que vai de 11 de julho a 30 de agosto, com várias atrações e eventos, aquecedor no ambiente externo, wine bar na área interna e até cerveja sazonal tem por lá.

No caso, a Celebration, da Baden Baden. É uma double bock que lembra muito o estilo russian imperial stout. Licorosa, adocicada, cafeinada, achocolatada. Muito adequada para o frio, mesmo.




A casa também está investindo numa carta de cachaças e provamos uma espetacular: a Catedral (essa do rótulo vermelho). Macia e quase nada ardida. Chega a ser quase doce. Um perigo.



A comilança começou com a Brusqueta Napolitana, por R$ 15,00 a porção. Bem gostosa, puxadinha no algo, pão crocante. 


Depois, o petisco que mais gostei: Espetato boa forma. Acho o máximo quando há opção de comidinhas saudáveis e pouco calóricas (na verdade, se for pouco calórica já tô amando :-)) criativas e diferentes. O Espetato boa forma é um espeto grande e duplo com muçarela de búfala, tomate cereja e chalotas, servido com melado de açúcar mascavo. R$ 14,00 a porção. Não conhecia chalota, e é essa "cebola pequenina" entre o tomate e a muçarela. É bem gostosa, adocicada, com um quê de alho. 


Daí, Petisco do Guri. Esse parto fez um sucesso absoluto na mesa, que não era pequena. Aja suspiro para lá e para cá. É com linguiça de pernil levemente apimentada, feijão tropeiro e mandioca puxada na manteiga. Custa R$ 38,90. Eu não concordo com o "levemente" sobre a pimenta da linguiça. Se for fraco como eu, vá com calma. O feijão tropeiro estava indecente de tão bom. E a mandioca também (aliás, o que puxado na manteiga não fica tudo de bom???).


Depois, meu outro prato favorito: ceviche de tucunaré ao tucupi e jambo. Estivemos no Peru há pouco e eu só quero comer ceviche. Comi lá quase todos os 15 dias, já fiz em casa quando cheguei e estou louca pra ir ao Taypá comer ceviche de entrada, prato principal e sobremesa. Dito isso, devo dizer que o ceviche de tucunaré ao tucupi e jampo é imperdível. Uma coisa de tão bom. Ele não está no cardápio, é a entrada do menu da janta do Restaurante Week (que vai até domingo, 28 de julho). 


Ainda sobre o Restaurant Week, tanto nos menus do almoço e jantar a casa oferece como opção de sobremesa licor. Gostei da idéia. Muitas vezes, a gente nem quer uma sobremesa inteira, apenas adoçar o paladar após a comilança.

O próximo prato foi o Romeu e Julieta e o Sr. Suíno, prato da Roda de Boteco, que começa sábado, dia 27/07. Também fez sucesso na mesa. Essa trouxinha é massa de pastel frita recheada com queijo e alho poró. E o molho vermelho é de goiaba, mas apimentadinho. Muito bom!


Daí, bolinho de bacalhau (porção com 3 unidades por R$ 13,50) e bolinho de ossobuco com queijo provolone (porção de 6 unidades por R$ 16,50). Esses petiscos não são novos na casa, mas continuam merecendo aplausos. Primeiro que é um erro chamar de bolinho aquela bola de bacalhau. São 3, mas bem grandinhos. Segundo que, gente, é quase puro bacalhau, e não tô exagerando. O de ossobuco é um arraso também, todo mundo quer a porção inteira pra si (sem fotos, tava comendo o de bacalhau).


De sobremesa, suflê de goiabada com creme de queijo, por R$ 10,00. Uma delícia!


Foi ótimo assim. Depois do "evento para imprensa", abrimos uma conta e ficamos por lá um bom tempo papeando e bebericando.

Ah, e o Mosaico tem parceria com o Grubster. Faça reserva clicando no botão abaixo e tenha 30% de desconto no valor total da conta.



SCLS 311, Bloco A. Asa Sul, Brasília – DF 
Horário de funcionamento: Terça a Quinta 11h30 às 24h. Sexta 11h30 a 01h. Domingo 11h30 às 17h.
Telefone: (61) 3522-3655

Beijocas. Vanessa.

domingo, 21 de julho de 2013

Cânion do Colca - Peru. Junho/2013.

Pessoas,

continuando os posts sobre nossa viagem ao Peru em junho de 2013. De Arequipa, partimos cedinho para o tour de 2 dias e uma noite no Cânion do Colca, finalizando em Puno (e não voltando para Arequipa, como é mais comum).  

Como sempre, pesquisei sobre agências na internet e acabei dispensando umas 3 que me agradaram por causa da exigência deles de efetuar o pagamento antes via Western Union. Até que eu descobri a Giardino Tours, que tem uma parceria com a empresa 4M, que faz o trecho Chivay - Puno, que foi o caminho que fizemos em vez de voltar à Arequipa. Não tinha referência alguma da agência, mas gostei de poder efetuar o pagamento quando chegasse em Arequipa e o valor era um pouquinho mais baixo. 

Sobre os valores, o mesmo serviço pela Colca Tours sairia $175 por pessoa e eu teria que pagar antecipadamente, e pela Giardino saiu $160 (inclui transportes, guia, hotel, café da manhã, e não inclui entradas - S./ 70 soles a entrada para estrangeiros, e para brasileiros é S./40-, almoço, jantar e entrada para as piscinas termais). Pela Colonial Tours, sairia $ 135, mas li umas resenhas falando tão mal da empresa que não quis arriscar. Indico a Giardino. O carro era novo, o motorista não era doido e o guia era bem legal.

Os valores do tour variam de acordo com o hotel que você escolher para pernoitar. Nós escolhemos o Colca Logde (mais caro de todas as opções) e a opção não poderia ter sido melhor. Ele fica localizado num vale belíssimo, em Yanke,  na beira do rio Colca e a principal razão: possui suas próprias piscinas termais para os hóspedes. Então, depois de almoço, nos deixaram lá e não precisamos mais sair. Sugiro muito escolher um hotel com um mínimo de estrutura, porque todos ficam localizados em meio a nada. No segundo dia, os outros turistas reclamaram de quarto frio do hotel Pozo de Cielo e da falta de restaurante do hotel Mamayacchi. Eles tiveram que lugar para o guia para que a van os levasse para jantar em Chivay. Uma dica: o site do Colca Lodge não retrata bem a maravilha que ele é.

O tour é basicamente assim: a agência contratada te busca no hotel umas 7h e vai rumo à Chivay, a cidadela perto do Cânion do Colca, o segundo maior do mundo. Almoçamos em Chivay e depois eles vão distribuindo a turma nos hotéis escolhidos. Quem quiser ir às piscinas termais a tarde, a van passa recolhendo e depois deixa no hotel. Quem não quiser, só verá a van novamente no dia seguinte cedo. No segundo dia, visita-se o Cânion do Colca na parte da manhã, e também há paradas em mirantes para fotos, banheiro e comprinhas. Por volta de 11h todo mundo almoça em Chivay. Depois do almoço, eles deixam quem vai seguir para Puno no ponto de saída do ônibus, e volta com o restante da turma para Arequipa.

Na caminho, o guia vai explicando sobre a civilização inca, histórias do povo peruano, os camelídeos e também fazemos paradas para fotos e usar o banheiro. Nessa parte da manhã, vimos muitas alpacas, lhamas e algumas vicunhas e uma também umas paisagens desesperadoramente lindas, com montanhas, lagos, vulcões, campos, picos de montanha com neve e ainda alpacas e lhamas. Tudo isso na Reserva Natural Pampa Cañahuas.






Filhotes de lhama numa lanchonete que paramos para beber algo quente e usar o banheiro.


Também nessa manhã chegamos no ponto mais alto (literalmente) da nossa viagem: Pata Pampa, a 4.820 metros acima do mar. E sabe o que mais? Nevava!!!! Pouco, mas era neve. E, óbvio, fazia um frio tão desesperador quanto a beleza das paisagens. Nesse momento, eu passava mal e não conseguia sair para ver a minha primeira neve :-(




Eu lá dentro da van passando mal.



O tal soroche (mal das alturas por causa da baixa oxigenação) me pegou nesse dia: minha pressão baixou, ficava tonta e eu não conseguia comer, dava vontade de vomitar. Fiquei uns 3 dias comendo quase nada, comprei as Soroschi Pills (caro, S./ 38 por 20 comprimidos) e depois passou. Mascar a folha de coca para mim não teve efeito algum. Cheguei a mascar algumas no início do passeio, antes de chegar nessas partes altas e passei mal mesmo assim.

Almoçamos num buffet de comida peruana, o Los Portales, bem bacaninha, por uns S./ 25 por pessoa. Depois do almoço, todos foram deixados nos seus hotéis e, no nosso caso, só saímos dele no dia seguinte bem cedo, às 06h30, para irmos ao Cânion do Colca.

Usamos as piscinas termais naturais do hotel e foi fantástico! A temperatura devia estar uns 10º, e as piscinas 38º, ao ar livre, em meio uma paisagem fantástica. Foi maravilhoso! Vale o frio cortante entre estar de roupa de banho e entrar na água. Juro. O atendimento do hotel é espetacular, (destaque para o fato dos funcionários preencherem aquela ficha chata e inútil do check in!), água no quarto, quarto quentinho, café da manhã ótimo, instalações mega confortáveis. Só um defeitinho: os quartos não tem wifi e nem televisão. Mas, quem se importaria com isso tendo a cama disposta frente a uma janela de vidro que dava para as montanhas e, como se não bastasse, uma lua belíssima que chegava até a iluminar a cama??? Puro romance!

  
Vista da nossa janela e da nossa sacada no Colca Lodge


Colca Lodge
Colca Lodge 
Colca Lodge 
Piscinas termais exclusiva para hóspedes no hotel Colca Lodge 



Piscinas termais exclusiva para hóspedes no hotel Colca Lodge 




O restaurante do hotel é bacana e não é caro. Os pratos principais ficam entre S./ 34 e S./ 50.


No dia seguinte cedinho, tipo 6h, a van sai recolhendo o povo todo para irem ao cânion, com paradas em pontos de observação, tanto dos vários vales que tem na região, como para ver os famosos condores. Vimos bem poucos :-(

Tá vendo um condor de asas abertas ali bem no meio da foto?


Ponto de observação dos condores

Cruz del Condor

Ponto de observação dos condores
Ponto de observação dos condores
Paisagem apaixonante, em algum dos mirantes pelos quais passamos.

Paisagem apaixonante, em algum dos mirantes pelos quais passamos.
Paisagem apaixonante, em algum dos mirantes pelos quais passamos.
Paisagem apaixonante, em algum dos mirantes pelos quais passamos.

A região é muito rica em história e paisagens, vale muito a pena. Além do cânion, vemos pessoas que vivem ali pelo vale, sustentando-se com base na agricultura e pecuária, e utilizando as técnicas milenares desenvolvidas pelos incas. O guia é fundamental pra nos dar essa noção histórica do local.

Por volta de 11h30 paramos para almoçar em outro buffet de comida peruana, em Chivay, que não anotei o nome. O preço era também por volta de S./ 30. Depois eles nos deixaram no local de onde partia o ônibus para Puno, da empresa 4M e seguiram de volta para Arequipa.

Esse passeio foi uma das partes preferidas da viagem. Mesmo passando um pouco mal, consegui me deslumbrar e me impressionar com a beleza da região do Cânion do Colca. É imperdível!

Beijocas. Vanessa.