quarta-feira, 18 de junho de 2014

Japão - planejamento de viagem

Pessoas,

o planejamento da viagem para o Japão não teve segredo: horas de dedicação pesquisando sites e blogs sobre o Japão, definir os pontos e as necessidades básicas.

Um dos sites que mais pesquisamos foi o Japan-Guide, o site de turismo oficial do Japão. Por ele, é possível até fazer reservas de hotéis. Outros sites com dicas muito legais do Japão (e de outros destinos) são o Nós no Mundo e o Lud & Leo pelo Mundo.

Muita gente me pergunta se a gente não tem medo de ir com a cara e a coragem, sem agência de viagens, para lugares longes e bem diferentes, como o Japão. Não, não temos. Eu tenho medo real de ir em muito lugar do Brasil, mas não consigo ver problemas em ir para países desenvolvidos, com índice de violência quase nulos e sem fama de que o turista é feito de trouxo.

Nosso roteiro ficou assim:
- Osaka, onde ficamos 6 noites e foi nossa base para ir à Quioto, Nara, Hiroshima. Não conseguimos estadia em Quioto porque decidimos a viagens com menos de 2 meses de antecedência. Na época da Sakura (florescimento das cerejeiras), Quioto fica uma loucura!
- Monte Koya, onde passamos 1 noite num templo budista vivendo como monges.
- Tóquio, onde ficamos 6 noites e serviu de base para ir a Kamakura e até a região do Monte Fuji, mais especificamente Yamanashi.

Não foi fácil chegar nesse roteiro e fazer opções. O Japão tem muita coisa bacana para oferecer e eu queria ter ficado 1 mês!

Época


Fomos na primavera, bem nos dias de florescimento das cerejeiras, início de abril. A flor da cerejeira é chamada de Sakura. O país fica lindo mesmo! Os próprios japoneses viajam bastante pelo Japão nesse período e amam as cerejeiras: tiram fotos a toda hora! No site Japan-Guide dá pra ver o calendário de florescimento. Se puder, vá nessa época. Mas não se prenda a ela.



Visto

Precisa de visto para ir ao Japão. Todas as informações estão aqui. É fácil, rapidinho (fica pronto uns 2 dias depois) e tem que pagar em dinheiro, na embaixada. Custou R$ 77,00 por pessoa. E é lindo. Deixa o passaporte um luxo só :-) Uma coisa legal é que quando você chega na imigração e passa seu passaporte pelo leitor, todas as informações da máquina passam a ser em português. Japão lindo de deus, gente!

Dinheiro

Levamos apenas dólares e euros, que já tínhamos em casa, e sacamos yenes por lá mesmo, geralmente nas lojas do 7-Eleven, muito comuns por lá. Apesar de alguns sustos porque algumas máquinas se recusavam a nos dar dinheiro, e eu ainda não sei o porquê, no geral deu tudo certo. Assim como as máquinas da imigração, as máquinas da ATM também falavam (mesmo, havia voz) português conosco logo depois de inserir nosso cartão de crédito do Brasil. Lindo.


Internet Móvel

Não é fácil comprar um SIM card no Japão. Ao contrário da Europa e EUA, onde a gente entra em qualquer operadora e compra um pré-pago de dados, no Japão a coisa é mais restrita. Por que? Não sei. Então anota a dica para comprar seu SIM card, porque ter internet todo o tempo facilita a sua vida em terras nipônicas de maneira quase extraordinária.

A empresa B-Mobile vende SIM cards, mas é preciso comprar antes de chegar lá no Japão. No site tem todas as informações. Basicamente, você escolhe o tipo, compra pela internet e pode retirá-lo no aeroporto ou pedir para entregarem no hotel. A gente escolheu a última opção e deu certinho: chegamos no nosso quarto em Osaka e lá estava nosso 3G salvador. Prestem atenção porque é preciso comprar com certa antecedência para dar tempo deles fazerem a entrega. Escolhemos o SIM card com 3G livre por 14 dias, com velocidade limitada, e custou pouco menos de $40. Não tenho do que reclamar. A velocidade de transação dos dados não era nada diferente do nosso 3G daqui.

Para nós, a principal utilidade da internet foi o uso do transporte público. As linhas de metrô, trem e ônibus do Japão estão completamente conectadas com o Google Maps. Você descobre em poucos minutos que trem/metrô/ônibus pegar, a sua distância até o terminal/estação mais próximo, qual o portão, horários exatos, quais as paradas (sim!!! o Google maps te diz quantas e quais as paradas até o destino) e, ainda , o preço. É fantástico e não tem erro! Todos os nomes de estações e terminais são escritos em linguagem ocidental também, seja nas ruas, seja no Google maps.

Já procurar restaurantes não era muito fácil por causa do bendito alfabeto japonês, de ideogramas. Era dificílimo encontrar um nome qualquer escrito com ideogramas em meio a uma rua cheia de ideogramas :-)

O Tripadvisor tem aplicativos de Tóquio e  Quioto, que funcionam off line. Vale a pena baixar e ajuda, apesar de ter alguns erros de localização.

JR Pass - nem sempre vale a pena!

Com certeza absoluta, o que se diz por aí como necessidade primordial numa viagem para o Japão é o tal do JR Pass. Não é bem assim! Eu tenho minhas ressalvas. Explicarei.

O JR Pass é um passe de trem que dá direito ao uso infinito de muitas das várias linhas de trem da JR, uma das maiores operadoras de trem do Japão. Ao adquiri-lo,  você escolhe o passe para 7, 14 ou 21 dias. Dentre desse período ininterrupto a partir da primeira usada, basta você apresentar seu passe na entrada do portão de um das linhas permitidas e pronto.

Atenção! Compre com antecedência, porque o voucher é enviado pelos correios, e não por meio eletrônico. Nós passamos aperto porque descobri essa informação poucos dias antes de viajar. Nosso JR Pass chegou na noite anterior à viagem e acho que porque eu entrei em contato com a agência e implorei socorro. Compramos por aqui. Chegando no Japão, é necessário validar o JR Pass em alguma agência da JR. Elas estão espalhadas nos principais pontos e provavelmente seu JR Passa virá com essas informações.

O maior atrativo do JR Pass é o acesso aos trem balas, ou shinkasens. Há linhas de trem bala cobertas pelo JR Pass que te levam de Tóquio a Quioto ou Hiroshima. Como esses trechos são caros (Tóquio a Quioto custa $100, um trecho), todo mundo ama o JR Pass porque dá pra economizar bastante.

Acontece que o JR Pass também é bastante caro. Para 7 dias, custa $279. Para 14, $444. Isso o preço seco, porque ainda tem frete e a conversão não é favorável. Nossos passes para 7 dias custaram R$ 1.495,42.

Pensando no fato de que você poderia ficar andando de trem bala para lá e pra cá nesses dias todos, o preço valeria a pena. Mas, na realidade, numa viagem ao Japão com dias contados e mil atrações, você não vai só ficar andando de trem bala de Tóquio a Quioto ou até Hiroshima, né? Daí que vem minhas ressalvas.

O JR Pass não te permite andar em várias linhas de trem ou metrô que são úteis durante a viagem, como, por exemplo, o magnífico metrô de Tóquio ou o acesso ao Monte Koya. Ainda que muito das cidades sejam acessíveis pelas linhas do JR Pass, nem sempre a melhor opção, e a mais rápida, é da JR.

Considerando isso tudo, minha dica é: programe seu roteiro de viagens primeiro e depois decida se irá comprar o JR ou não. Você pode até fazer uma programação já direcionada ao uso dele, como nos fizemos.

Apesar de termos passado 13 dias no Japão, optamos por comprar o passe de 7 dias e concentrar todas as viagens longas e mais caras, cobertas pela JR, nesse período. E ainda assim não foi possível usar somente o JR, acabamos pagando uma ou outra passagem.

Se voltar ao Japão, considerarei bastante não comprar o JR. Tenho minhas dúvidas se valeu a pena. Nesse período de 7 dias, a gente ficava meio vendido para a JR, com dó de pagar por um trecho de metrô mais rápido e perto que não era da JR, ou outro, mais longo e demorado da JR, que já estava pago. Afinal, transporte público é caro no Japão.

Li dois relatos de viagem de turistas que resolveram não comprar o JR e não se arrependeram. Estão no blog Lud Leo Pelo Mundo (post aqui) e no Preciso viajar (post aqui). Há a opção de viajar de ônibus pela Japão. Aposto que deve ser maravilhoso e tudo deve funcionar muito bem. Porém, não recomendo uma viagem ao Japão sem viajar, nem que seja uma vez, de trem bala. É incrível e faz parte da festa :-)

Idioma e comunicação

Com certeza, o maior desafio dessa viagem. A gente não fala japonês, e eles são péssimos no inglês. Mas, para compensar, são extremamente solícitos. São dispostos a fazer mímica, desenhar, usar o celular como tradutor. No fim, tudo dava muito certo. Ter internet móvel, nesse caso, também ajudou bastante. E pode ser bastante útil levar por escrito o nome do hotel, endereço das principais atrações, as palavras básicas pra você (tipo banheiro e cerveja :-)), etc.

Em restaurantes, é muito comum ter a exibição dos pratos com preços em maquetes do lado de fora. Daí, é só apontar o que você quer e pronto!

Naquela vitrine ali atrás das bicicletas tem a amostra de todos os pratos do restaurante. Sim, isso é um restaurante. 

Cardápio do Sushi Banzai, um ótimo restaurante de sushis e sashimis. Rápido e barato!


Custos em geral

Olha, o Japão nem é tão caro assim. Não sei se é porque estivemos antes em Paris e o euro tá de arrancar o couro, mas a impressão que ficou é de que o Japão é bem possível.

É muito fácil comer barato por lá. Eles têm muitos fast food japoneses, com sushis, sashimis, udons, noodles, sobas. Nem precisa cogitar McDonalds. Fora os mercados, cheios de comida pronta, gostosa e em conta.

Comida de mercado.

Café da manhã de mercado.


Faça como os japoneses: coma na rua.

Os preços dos nossos hotéis também foram bem razoáveis. Em Osaka, R$ 1.090,00 por 6 noites, em Tóquio R$ 1.641,00 por 6 noites também.

Táxis estão fora de cogitação porque são serviços de luxo, muito caros! Em compensação, metrô é perfeito e andar a pé é pura alegria. Afinal, em qual outro momento você realmente conhece a cidade e seu moradores?

Para comprinhas de tudo, inclusive comida, itens de higiene, utilidades em geral, as lojas de 100 Yenes são imperdíveis!!!! 100 yenes é mais ou menos 1 dólar.

As entradas nas atrações pagas são bem acessíveis, por volta de 500 yenes, (quase 5 dólares), e tem muita coisa gratuita pra fazer. Aliás, o que não falta é entretenimento gratuito. Lembre-se que você estará no Japão. Parar por horas em qualquer esquina e observar a vida passar já um grande programa.







Ou seja, não deixe de ir por medo dos custos. Garanto que você irá se surpreender.

Sapatos

Que raio de tópico é esse? Simples: numa viagem ao Japão, você tirará os sapatos muitas vezes para visitar templos e afins. Portanto, programe-se para usar sapatos de fácil remoção :-)



Se tira tanto o sapato para entrar nos recintos que vendem essa versão de sapatos facilmente removíveis para homens!

Daí, tem lugar que você troca de sapato para entrar no local e depois troca de novo para usar o banheiro.

Toalhinhas de mão

Outro tópico estranho, né? Seguinte: no Japão é muito raro ter papel toalha ou secador de mãos nos banheiros. Também é difícil ter guardanapos nos restaurantes. Por isso, todo japonês anda com uma toalhinha de bolso para essas eventualidades. É fácil de achar para comprar e nas lojas de 100 yenes tem umas fofas. Além de úteis, viram ótimas lembranças.

Acho que é isso. Ainda vem muito post sobre o Japão por aí!

Beijocas. Vanessa.

sábado, 7 de junho de 2014

Olivae

Pessoas,

já disse que a ida a restaurantes aqui em casa tá fraquinha, né? Não disse ainda, mas vocês devem ter percebido que ando com preguiça monstra de blogar. Juntando as duas coisas, quase não se fala mais de comida nesse blog.

Pra quebrar essa onda, vou contar a visita que fizemos ao Olivae, restaurante revelação do ano pela Veja Brasília 2014/2015.

Vamos começar pelo ambiente. Achei minimalista demais. É sofisticado, mas u pouco "frio", sem aconchego.

Comemos, de entrada, Bruschettaa de purê de tomates, castanhas e ervas, finalizadas com parmesão fresco e manjericão, por R$ 18,10. A aparência não é impactante, elas são pequenas e a porção vem com 6 unidades. Mas são deliciosas! Gosto super fresco do purê de tomate, parmesão supimpa. A falta de crocância não me incomodou. Eu até gosto delas mais maciazinhas.



Em seguida, chegou uma cortesia da casa: peixinho frito com molhinhos tipo vinagrete (?). Delícia também.



De principal, eu fui de Bife de Kobe finamente fatiado, que é ponta de alcatra (coxão duro) finalizado em pedra quente, tornedos de mandioquinha, farofa de castanha do Pará e purê de cogumelos, por R$ 55.


Esse prato é bem legal. Diferente, criativo, gostoso, bonito. A farofa estava dos deuses e eu sugiro que o restante tenha porção dela avulsa para servir como guarnição. Eu comeria uma panela inteira. Aceito de presente, se tiverem alguma sobra. Nem sou muito fã de cogumelos, mas esses purês estavam demais. A textura era bem macia e elástica, gostoso de comer. A carne, apesar de corte fino, o que eu acho a que desvaloriza muito, era mesmo macia e tinha um temperinho maravilhoso.O prato todo era muito gostoso, na verdade, eu se eu voltar lá, como ele de novo. 

O Vinicius optou pelo Parmegiana Clássico, acompanhado com espaguete salteado em alho negro, ervas frescas, tomate cereja e parmesão, por R$ 46,90.


Estava bom, mas sem arrancar suspiros e nem digno de repetição. Já comemos muito parmegianas bem melhores (Tratoria 101, Beirute, Dona Lenha).

Não comemos sobremesa, mas fiquei muito de olho na chamada Trio de Vegetais. Se alguém comer, manda foto! Acho que volto lá pra experimentá-la. Aliás, as opções de sobremesa parecem bem interessantes. 

O atendimento foi super cordial e agradável. Os pratos demoraram um pouco mais que o necessário e a casa não estava cheia.

No final, eles entregaram um IPAD para gente registrar nossa avaliação. Gostei. Sempre preencho aquelas avaliações em papel achando que vão parar em lugar nenhum.



Endereço: 405 Sul, bloco B, loja 2 - - Brasília

Telefone: 3443-8775

Funcionamento: segunda a domingo (só almoço), das 12h/15 e 19h/23h.

Beijocas. Vanessa.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Bike Brasília

Pessoas,

mal o Bike Brasília foi lançado, eu já pude testar. E adorar!

Aconteceu que, bem no dia da inauguração, eu tinha que resolver uma parada e havia programado o deslocamento entre o trabalho e o destino de ônibus.

A sorte foi que bem na frente do meu trabalho tem uma estação do Bike Brasília e há também outra estação perto de onde eu tinha que ir. 

Baixado o app e feito o cadastro, fui de bike da estação Praça do Buriti até a estação Torre de TV. 

O app funcionou perfeitamente e pude retirar a bike sem problemas. Fui pedalando pela ciclovia que existe no canteiro central eixo monumental e foi muito tranquilo. Bike novinha, ventinho bom, céu azul. Muito legal.

A devolução da bike também foi tranquila: só encaixar a magrela na trava e pronto.



Essa semana também precisei usar o serviço. Fiz o mesmo trajeto, só que agora fui e voltei. A ida foi tranquila. A volta também, mas tive problemas na hora de retirar a bike da estação da Torre de TV. Acessei o app e a bike foi liberada, mas não consegui tirá-la, de verdade, da trava. E o pior: o meu status estava "em uso", e eu não conseguia liberar outra bike.

Daí, liguei para a central de atendimento, número 6140039846. Fui atendida muito rapidamente e orientada e sair e entrar no app, para ele ser atualizado. Deu certo.

Voltei para a estação Praça do Buriti. Chegando lá, tive sorte que o pessoal da manutenção das bike estava lá e tinham acabado de tirar uma bike, onde pude estacionar a minha. Eles disseram que faz parte da rotina ir desocupando as estações cheias para sempre ter vagas para as pessoas estacionarem. Legal, mas não é eficiente isso, né?

Pra mim, aqui está grande problema do programa: como as estações são poucas e algumas bem longes, se você tiver o azar de chegar na estação e não onde estacionar, tá enrolado. Nós usamos muito esse programa de aluguel de bikes em Paris, mas lá tem estação a cada esquina, então onde estacionar não é problema. Aqui ainda é.

Volta e meio pesquiso as estações no app. A estação Rodoviária está sempre vazia, e as estações Ministério da Cultura e Ministério do Trabalho estão sempre cheias. Olhei agora, que são 18h47, e as estação Rodoviária tá lotada, sem lugar para estacionar, e as estações dos Ministérios vazias, sem bikes para alugar. A parte legal disso é perceber que as pessoas estão usando as bikes como meio de transporte.

Segundo a empresa Samba Transportes Sustentáveis, responsáveis pela implementação do programa em Brasília,  expectativa é que, até o segundo semestre, mais 30 pontos sejam instalados e mais 300 bicicletas estejam disponíveis. Olha, eu mal posso esperar! Estou torcendo com força. E fé :-)

É isso! Fiquei bem feliz com a implantação. Quero muito que vingue e que as pessoas usem menos carro.

Ah, e fiquei puta da vida quando vi pelas redes sociais que já estragaram uma bike. Ô mania que brasileiro tem de não zelar pelo que é de todos. Enfim.

Beijocas. Vanessa.