quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Parabéns ao Dom Francisco - Aniversário de 24 anos!

Pessoas,

sentimos uma honra imensa ao sermos convidados para o jantar de comemoração dos 24 anos do restaurante Dom Francisco, ocorrido na ASBAC. Foi uma noite super agradável, organizada pela Solos Comunicações, cheia de gente legal e com o Chef Francisco Ansiliero sempre por ali, servindo, rindo e fazendo graça.

A gente bebeu e comeu bem, viu.... No comecinho, bolinho de bacalhau, pães e punheta de bacalhau. A punheta de bacalhau é um mix de bacalhau desfiado, cebola e bastante azeite. Além de deliciosa, rendeu ótimas piadas na mesa a noite toda :-) 


Para acompanhar, o vinho branco Santa Augusta Moscato Giallo, refrescante sem ser muito enjoativo. Gostei.



Antes de servir a entrada, o Chef Francisco disse que, há 24 anos, serviu pela primeira vez uma salada como entrada no restaurante. Então, naquela noite, uma das entradas seria salada também. E veio uma salada deliciosa de atum, couve de bruxelas, aspargos, cogumelos paris, shitake, lentilha e feijão manteiguinha de Santarém. Mesmo com todos esses ingredientes, inclusive atum, que tem gosto forte, a salada estava harmônica, ninguém roubava o sabor de ninguém.


Foi servida também uma bela empanada de carne. Recheio farto, mas na medida para não atrapalhar o sabor da massa, que mereceu atenção: saborosa e leve.


De principais, os já bem conhecidos e aprovados bacalhau e maminha de Bonsmara. De bacalhau, uma boa lapa de filet, que veio acompanhado de batatas assadas com alecrim e alho assado. Perdição. 


Sobre a simpatia do Francisco que falei acima, olha aí a prova: ele passava nas mesas amassando o bacalhau da pessoas e jogando azeite por cima.


A maminha foi servida com a fantástica e inesquecível farofa de ovos. Ainda bem que ela estava por lá, porque eu amo farofa e morro por essa do Dom Francisco! E essa carne mal passada....olha. Tudo de bom. Só isso.


E, mais uma vez, simpatia:


Ah, nessa altura, o vinho já era tinto. O espanhol Corona de Aragon, gostoso e macio.


Para fechar a noite com chave de ouro, um belo prato de doces com brownie de chocolate, sorvete de creme, tortelete de banana e bolo de castanha do Pará, acompanhado de espumante. Todos muito bons, com destaque para o bolo de castanha do Pará, que estava divino: molhadinho, docinho.... Maravilhoso mesmo.


Aproveitando o tema Dom Francisco, vou aproveitar para registrar uma visita que fizemos há mais de 1 mês na casa da ASBAC.

Eu fui de 1/2 fraldinha vermelha acompanhada de batatas coradas, por R$ 35,00. Mas, claro que pedi para trocar as batatas pela farofa de ovos. Carne mal passada deliciosa com a farofa dos sonhos. Talvez pudesse viver só disso. No mundo dos sólidos, claro.


O Vinicius pediu Bochecha suína ao chimichurri com arroz de alho, por R$ 32,00.  Eu jurava que o termo "bochecha" era em sentido conotativo. Mas é sentido denotativo mesmo. Bochecha propriamente dita. A textura de carne moída e o sabor era marcante. Para quem gosta de sabores fortes, especialmente porque o arroz de alho, para não 'morrer' ao lado da carne, também estava acentuado ...



Foi assim! Nossos sinceros votos de muitos mais anos de sucesso ao Dom Francisco e parabéns ao Chef Francisco Ansiliero, porque manter uma casa com padrão de qualidade em Brasília há tantos anos é, no mínimo, digno de muito respeito.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 26 de agosto de 2012

Como montar uma banda

Um domingo é da Rock, o outro é da Cerveja!

Nobres leitores, domingo passado eu contei como foi minha tentativa de fazer brigadeiro de Cerveja Guinness. O resultado até que foi bom, mas a parte mais legal da brincadeira foi tentar fazer algo que eu nunca tinha feito. Fazer coisas novas é sempre divertido (até quando dá errado).

 A pergunta do dia é: você já pensou em fazer música? Em tocar em uma banda?

Tenho certeza que todos responderam "sim". Na sequência da resposta, alguns devem ter acrescentado "mas não nasci com o dom"; "mas sou tímido"; "mas não sei como".

Pois bem, chegou a hora de saber como ter uma banda. Eu não nasci com o dom, sou tímido e, ainda assim, já toquei em várias bandas. Se fiz sucesso? Não. Ganhei grana? Também não. Mas garanto uma coisa: me diverti (e continuo me divertindo) muito com isso. E, no fundo, é isso o que importa!

Fiz um tutorial certeiro para quem quer montar uma banda de rock:

1) ache uma (ou mais) pessoa(s) com personalidade e gosto musical parecido com o seu. Essa é a primeira e a mais importante lição: banda é igual namorada. Então não invente de engatar esse namoro com pessoas que você não tolera, ou que pensem de forma totalmente inversa de você. Isso até funciona em um projeto rápido e específico (tipo sexo casual), mas não em um relacionamento de longo prazo.

Schumainous em sua formação original (1996): Maurício, Murdock, Ziriba e Craudio

2) defina as posições. Assim como em um casal, uma banda precisa definir quem faz o quê. Essa escolha às vezes vem do acaso - o sujeito sempre sonhou ser baterista, mas acabou esbarrando com o violão do pai, então virou guitarrista. Ou o cara queria tocar guitarra, mas chegou em uma banda já quase completa, onde faltava apenas um baixista. 

Escolha feita: quero tocar guitarra

3) aprenda a tocar o instrumento. Hoje a internet está lotada de vídeo-aulas sobre tudo, inclusive sobre música. Também há academias de música em toda esquina. Vá lá, matricule-se e tenha um pouco de dedicação. Uns aprendem mais facilmente que outros - é a questão do dom. Mas todos conseguem aprender o básico. É mais ou menos como decidir fazer aula de espanhol - uns conseguem sair hablando em poucas aulas, outros só no final do semestre. Mas todos que se dedicam, chegam a um resultado.

4) escolha as músicas. Uma banda pode ser autoral (ou seja, compor suas próprias músicas) ou cover (tocar músicas de outros artistas). Não existe certo ou errado - compor é muito legal para os músicos, mas demora a causar impacto em quem ouve. Já quem toca cover perde essa oportunidade de criar algo novo, mas garante o público atento desde o primeiro acorde. Para entender melhor, imagine uma rodinha de violão - o músico pode começar a tocar Paralamas do Sucesso, com todo mundo cantando junto, ou decidir mostrar uma composição própria. Nesse último caso, ele causará admiração a todos (afinal, compor bem é coisa muito difícil), mas sem dúvida o público se divertirá menos do que se ele tocasse um hit.

5) ensaie com a banda. Se você tiver uma casa grande e equipamento completo, pode fazer isso em casa. Se não tiver nada, vá para um estúdio. Existem diversos estúdios de ensaio pela cidade. Eles funcionam mais ou menos assim: o estúdio é uma sala com a bateria (só o corpo, sem pratos), amplificadores de guitarra e de baixo, microfones e caixas de som. Basta chegar lá com sua guitarra, baixo e pratos de bateria, montar tudo e se divertir. Em regra, os estúdio são alugados por períodos de 2 horas, a um custo médio de R$ 25 a R$ 30 cada hora. Então em uma banda de 5 pessoas ensaiando em um estúdio que cobre R$ 30 cada hora, cada um pagará R$ 12 pelo ensaio de 2 horas. Isso é basicamente o preço de um cinema, ou seja, não é nada que pese demais no bolso. Eu, por exemplo, tenho um ensaio por semana - gasto na faixa de R$ 50 para passar 2 horas, todas as quartas, junto dos meus amigos, tocando Ramones. Vale muito a pena.

Ensaio do James Train (2005). Na foto: Caw, Ziriba e Gera. Também tocavam: Tix e Diogo.

6) quando a banda estiver afiada, mostre seu trabalho. Peça pra tocar na festa de aniversário dos amigos; escreva um release (uma mini biografia da banda), grave algumas músicas (os estúdios de ensaio costumam fazer gravações) e vá conversar com os produtores que organizam shows por aí; faça um vídeo caseiro e coloque no youtube (a guria do CrossFox que o diga). 

Whiskey Leaks tocando um cover de Killers (Somebody told me) no Velvet. Com Elisa Fuzz, Marcelo Joe, Beto Cavani, Everton França e Ziriba

7) continue tocando para sempre. O que importa é se divertir e encontrar os amigos.

Ensaio recente (2012) do Ramones Mania. Na foto, JP e Ziriba. Também integram a bada: Craudio, Rafael Jougle e Hugo.


Hora do Jabá

Jabá 01: quer ver o Ramones Mania tocando em seu evento? Pergunte-me como. 

Jabá 02: para curtir e acompanhar a Fan Page do blog no Facebook, clique AQUI


Jabá 03: bons lugares para ensaiar em Brasília:
a) Capital Records (onde o Ramones Mania ensaia autalmente). O dono do estúdio é o Elvis Presley, dono do Johnny Cash. Fica na 209 norte. Ponto forte: boa sala, dono super gente-boa e cuidadoso com as regulagens. Contatos com Bonfin Netto: (61) 3349-7420.

b) Estúdio Prime (onde o James Train ensaia). Fica na 301 do sudoeste. Ponto forte: grande investimento em equipamentos. Os amplificadores são simplesmente inacreditáveis - Vox AC30; Fender Bassman; Mesa Boogie; Orange; .... acho que metade das válvulas de Brasília estão lá. Contato com Júlio: (61) 3344-5344.

Próximo domingo: dia de cerveja!

Abraços

Ziriba (Cerveja e Rock)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

África do Sul - Outubro/2011 - Plettenberg, Mossel Bay e Hermanus.

Pessoas,

vou ser mais sintética no registro da viagem à África do Sul. Queria fazer algo detalhado, mas não consegui finalizar até hoje (a viagem já vai fazer 1 ano!) e, para piorar, fui atualizar meu celular e perdi todas as notações e gravações de voz que fizemos durante a viagem. Não, eu não fiz back up. 


O post sobre a viagem da África do Sul anterior a este foi sobre o comecinho do trecho no litoral, a Garden Route, logo depois dos safáris. De Jeffrey's, zarpamaos para Plettenberg, parando no Tsitsikama Park para emoções, como contado aqui. Então, nesse post registrarei Plettenberg, Mossel Bay e Hermanus. Cape Town ficará para o próximo e último post, para que esse não fique maior ainda.


Plettenberg 

É o melhor ponto de parada na Garden Route. Opte por ela se for escolher um só local: cidade maiorzinha e mais centralizada, deixando acessível diversas opções de lazer. 


Ficamos na Halcyon GuestHouse por sugestão do booking.com. Uma delícia! Tinha mais cara de casa ainda que a guesthouse que ficamos em Jeffrey's, porque a dona morava lá. A casa era lindamente decorada, gigante, com muitas flores que deixavam o ambiente super perfumado.

"Nossa parte" era a de cima da casa: uma antesala, corredor, dois quartos e dois banheiros! Ocupamos o Nautilus Room, com direito à varandinha no quarto com vista para o mar, TV com DVD e tudo mais. Na antesala, vários livros, revistas e DVDs a disposição, além de chás, cafés e sempre um licorzinho com bombons eram colocados no aparador de noite. Um mimo fofo que só!

O carro ficava na garagem coberta dentro da casa, que tinha duas vagas: uma pra nós, outra pra dona :) Ganhamos o controle da garagem, a chave de casa, tínhamos acesso à cozinha, sala, mesa de sinuca, bar (com a ficha para anotações caso consumíssemos algo).

O café da manhã era espetacular, cheio de opções, enfeites e simpatia. Na hora que a gente quisesse, a partir das 08h, mais ou menos.


Super recomendo. O valor da diária? Inacreditáveis R$ 160,00. Para nossos 3 dias por lá, programamos uma visita ao Santuário dos Elefantes, Arvorismo no Tsitsikamma Park, visita a Knysna, a Outshoorn para conhecer a famosa gruta Cango Cave, além de, obviamente, acatar as sugestões de bons restaurantes da cidade. Foram dias bem tranquilos, descansamos bastante e assistimos o filme I Am Sam, cada noite víamos uma pouquinho. Vamos por tópicos:

  • na nossa primeira noite, fomos ao restaurante Nguni, indicado pelo hotel com a ressalva de que era um restaurante caro. Tem página no facebook. Um dos melhores da viagem! Localizado numa espécie de taberna, é cheio de estilo! O precinho sul africano continuou nos fazendo feliz! Pedimos o vinho mais caro da restrita carta, um Rustenberg John, e custou R$ 64,00. De entrada, provamos o inesquecível e suculento carpaccio de springbok (uns R$ 13,00). Carpaccio suculento? Pois é. E veio um pão gostoso e divertido pra comer com manteiga decente. De prato principal, eu fui de peixe muito bem temperado com  ervilhas e brócolis (uns R$ 23,00), o Vinicius de cordeiro com purê (uns R$ 18,00). Para sobremesa, um coisa meio brownie/pudim/brulee de doce de leite, dos bons, por míseros R$ 8,00. Atendimento VIP, comida muito gostosa e preço pequenos. O paraíso na terra.




  • no dia seguinte, bem cedinho, fomos ao The Elephant Sanctuary: É um local que resgata elefantes doentes, caçados e impossibilitados de voltarem à vida selvagem. Daí eles oferecem um programa de visitação no qual eles passam várias informações e agente pode ter contato com os elefantes (escovar, andar de "mãos dadas", alimentar, e montar. É divertido pra quem gosta de bichos. Pegamos o pacote completo, mas não recomendo a parte de passear nas costas do elefante: não é confortável, é super rápido (ainda bem, na verdade) e é a parte mais cara, dobrando o preço do pacote, que ficou em quase R$ 200,00 por pessoa.


  • na tarde do mesmo dia, fomos fazer arvorismo no Tsitsikamma Park, ali por perto e fácil de chegar com o GPS. Reservei por aqui, R$ 225,00 para os dois, e foi bem divertido. Durou umas 3 horas e teve lanche no final: suco e um sanduíche de atum simples, mas delicioso. Não temos fotos, mas garanto que é bem legal observar a floresta pelas copas das árvores e é uma maneira de  explorar a floresta Tsitsikama de perto, já que o Tsitsikama não está aberto à visitação  O local do arvorismo ficava a 30 minutos de carro do Santuário dos Elefantes e fizemos um lanche entre as atividades em alguma lanchonete por ali. 
  • na volta para casa, paramos em um observatório em Natures Valley para observar a beleza e fazer a foto clássica :)



  • Moby Dick's: um restaurante famoso por lá. Não gostei muito não e os preços nem são muito atrativos. Fomos duas vezes e achei a qualidade da comida bem mediana. Ainda, as ostras que o Vinicius comeu lá não desceram nada bem. Mesmo.                                                                         
  • Knysna é uma cidadela sul africana conhecida como “capital mundial das ostras”. Fica do ladinho de Plettenberg. É bonitinha, mas não empolgou. Tem uns pontos bonitos para ver o mar, ilhas, e só. Talvez não curtimos muito porque o tempo não estava dos melhores, e ainda ventava muito! Não comemos ostras por lá porque não achamos um lugar com cara de “vamos parar aqui pra comer” (comemos no Moby Dick’s e repito que não recomendo!).

  • Num dos dias, fomos até George, saindo da via N2, a “capital mundial das fazendas de avestruz”. A paisagem nessa parte da viagem é espetacular, com vales e formações rochosas impressionantes. Um dos pontos altos da viagem! Não paramos em nenhuma das fazendas de avestruz, mas vimos milhares de dentro do carro. De George, fomos até Outdshoorn, onde está localizada a gruta Cango Cave, aberta para visitação e cheias de estalactites e estalamitites. É tudo lindo, tanto a estrada para se chegar até lá, quanto a gruta (uns R$ 15,00 a entrada). Vale muito a pena! Nós chegamos por lá por volta de meio dia, e tem visitas a cada meia hora. Ah, e você pode escolar a visita standart, sem emoção, ou adventure, com emoção (passando por pontos estreitos, escalando pedras...). Optamos pela primeira, para evitar a fadiga. Almoçamos por lá mesmo, no Cangos Caves Restaurant, e comemos carne de avestruz. Gostei, parece boi. Lá foi "caro": a refeição saiu por uns R$ 50,00, acima da média, e só pedimos um prato.




  • ainda em Plettenberg, mais dois restaurantes que agradaram muito: o Kitchen Café Bar, descoberto pelo TripAdvisor (que ganhou muito meu respeito depois dessa viagem à África - dicas quentes e certeiras), é um local que serve de tudo um pouco (sandubas, sushis, pizza, "comida"), ambiente bem legal, ótimo atendimento, com vista para o mar e muito aconchegante a noite. Não gostamos do sushi, mas amamos a pizza, a lareira, o vinho e a sobremesa :-). O outro foi o Scotty's, dica da dona da nossa casa em Plettenberg. O restaurante é muito bom mesmo, comida gostosa. Infelizmente, estivemos lá no dia que o Vinicius tinha comida as malditas ostras e estava super mal. Não aproveitamos o restaurante como ele merecia. 


Mossel Bay

Mossel Bay é uma cidade portuária, bem pequenininha, famosa por ter sido descoberta pelo navegador português Bartolomeu Dias na época das navegações. Por isso, lá tem o Museu Bartolomeu Dias com a réplica do navio utilizado em 1488 para cruzar o Cabo da Boa Esperança. E também tem ponto de observação de baleias (não vimos nenhuma de lá!). O que era pra ser uma tragédia tediosa (reservamos 2 dias para lá e ainda estava frio) acabou sendo salvo por descobertas improváveis: o micro e nunca recomendado museu de tubarões e a Guinness com o melhor preço nunca visto antes na vida: menos de R$ 5,00 nos bares, e menos de R$ 3,50 na distribuidora de bebidas. Pena que só vendiam depois da 10h. Ainda assim, passamos boas horas sentados e bebendo Guinness. Não dá pra dizer que foi ruim, né?

Nos hospedamos na guest house Cross Court. A diária custou uns R$ 100,00. Essa é um pouquinho diferente. Não ficamos bem na casa da dona, que morava numa acomodação ao lado da nossa. Nosso "quarto" era um bela casa de dois andares e comportava facilmente 4 pessoas. Apesar de grande, era meio envelhecido e a limpeza não era das melhores. Também não tinha café da manhã. Tudo bem. A proprietária, de uma simpatia exemplar, tinha um gato :-) e, logo ali na esquina, bar de frente pro mar cheio de surfistas com Guinness por menos de R$ 5,00.
  • Complexo Bartolomeu Dias: fica numa área ampla, com bastante verde, e é onde está o Museu Bartolomeu Dias, um museu de vida marinha e a caixa de correspondência em forma de sapato, em referência à maneira que os marujos do século deixavam mensagens para os companheiros: no sapato pendurado na árvore. A grande atração do Museu Bartolomeu Dias é a réplica da embarcação usada em 1487 pela frota que saiu de Portugal e parou lá em Mossel Bay. É muito legal entrar naquela embarcação e imaginar como seria viajar naquilo mar adentro. Pessoas, é muito pequenina! Essa réplica foi criada para comemorar o V centenário da passagem do Cabo da Boa Esperança e fez o mesmo percurso da original em, salvo engano, 3 meses (a original demorou 6 meses!). No museu de vida marinha, o que mais chamou a atenção foi um polvo em um aquário. Nunca tínhamos visto um polvo se movendo e é bem interessante. A caixa postal em formato de sapato funciona até hoje (mandamos postais que chegaram!) e ainda vem com um carimbo diferenciado.



 

  • passeando a pé pela orla de Mossel Bay, próximo a um dos pontos de observação de baleias, passamos por um casinha muito simples com uma placa indicando tratar-se de um museu de tubarões, ou centro de pesquisa de tubarões. Custava 5 randes (algo como R$ 1,00) para entrar. Com a falta de opções na pequena Mossel Bay, entramos. Cara, foi super legal! O local era bem tosco, mas tinha um bocadinho de tubarões em aquários (todos alvos de pesquisas). Além disso, vimos o que muito possivelmente jamais veríamos nessa vida: ovos de tubarão! Sim, há tubarões ovíparos.

  • não comemos em nenhum lugar digno de nota em Mossel Bay. Ficamos ali pelo Delfino's Restaurant, perto de casa, com wi-fi, de frente para a praia, Guinness e cardápio extenso no qual nada era realmente bom. Em cima do Delfinos há o KingFischer Restaurant, mais restaurante, menos bar, mas comida igualmente mediana e mais caro (aqui a Guinness custava 14 rands. No Delfino's, 9). 

Hermanus

Depois de Mossel Bay, o destino era Cape Town, a última parada da viagem. Entre ela, existe Hermanus, tida como um dos melhores pontos do mundo para observação de baleias. Então, paramos por lá, a 120 km da Cidade do Cabo. A cidadezinha é fofa e me pareceu que vive, basicamente, das pessoas que vão ali observar baleias. Pessoas, pensa no tanto de japas com máquinas e binóculos gigantes! O mês de outubro é tido como o mais cheios de baleias, ainda que, por causa do aquecimento global, elas tenham aparecido o ano inteiro.

Podem levar a sério o termo "observação de baleias". Como são lentas e calmas, alguns bons minutos são necessários para avistá-las e observá-las. É terapia ocupacional. Senta lá, fixa o olhar naquele mar lindo e azul, e espera. Se tiver paciência, verá espirros de água para cima (vimos vários!), rabinhos de baleia para fora da água (vimos um). Mas, na maior parte do tempo, o que se vê são coisas imensas na água se movendo lentamente, e você acredita que são baleias porque todos dizem. Poderia ser um hipopótamo ou um iceberg :) Na primeira foto abaixo, todas essas "coisas" que estão na água são baleias. Alguma delas com filhote. Eu juro! Marquei com um círculo para facilitar :-) Na segunda foto, tem uma baleia jorrando água para cima. Eu também juro!



Na verdade, passamos duas vezes em Hermanus, nessa ida para Cape Town, e num outro dia quando fomos de Cape Town para Gansbay mergulhar com tubarões brancos (registro no post sobre Cape Town)! Nas duas vezes, comemos no Fabio's Restaurant, uma cantina italiana com comidinha gostosa e reconfortante.






Próximo post: Cape Town.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 19 de agosto de 2012

Brigadeiro de Guinness

Um domingo é da Cerveja, o outro é do Rock!

Nobres leitores, esses dias estava zapeando o facebook e dei de cara com uma receita de brigadeiro de cerveja (mérito da amiga Linn Alencar):


Olhei pra Vanessa e fiz a pergunta: temos leite condensado em casa?? (obs: não havia nenhuma dúvida quanto à manteiga e à cerveja. Isso sempre, sempre, sempre tem).

Por sorte, tinha uma caixinha de Leite Moça no armário. Ora, então fomos à luta. A pior coisa que poderia acontecer era perder uma lata de cerveja. 

Escolha da cerveja: como a ideia era fazer um doce, escolhi uma cerveja de estilo que costuma harmonizar bem com sobremesas: uma Stout. Seria ainda melhor se fosse uma Russian Imperial Stout, mais forte, mas eu não tive coragem de arriscar a garrafa de Petroleum que temos. Assim, a escolhida foi uma das cervejas que eu mais amo: a Guinness.


Primeira etapa: reduzir a Guinness. Como a latinha da Guinness é turbinada (440ml, ao invés dos tradicionais 350ml), separei um pouquinho em um copo para tomar e coloquei o restante em uma frigideira. Escolhi a frigideira por ter uma área maior, o que facilita a evaporação. Coloquei no fogão em fogo alto e fiquei mexendo para evitar a formação de crostas no fundo (nem sei se isso aconteceria, mas minha intuição mandou eu mexer - e eu mexi). Fiquei quase 20 minutos nessa etapa..


O resultado foi o esperado - a Guinness "encolheu" bastante. A foto abaixo mostra o resultado após a redução. Uma coisa interessante era o cheiro da cerveja fervendo - lembrou bastante o cheiro do mosto no processo de brassagem. Isso me lembrou que estou terrivelmente atrasado na aquisição de meu kit de fabricação de cervejas...... 


Depois veio a fase teoricamente fácil: juntar os ingredientes. Na minha cabeça, tudo ficaria muito simples a partir dessa parte, já que seria igual fazer brigadeiro tradicional. A diferença é que brigadeiro é leite condensado (uma pasta) mais chocolate em pó (um sólido moído). Dessa vez, no lugar do chocolate eu adicionei um copo de cerveja - mesmo reduzida, ainda era totalmente líquida. O resultado não foi bonito....


Não tinha opção: baixei o fogo até o mínimo, misturei tudo, puxei uma cadeira pra perto do fogão e comecei a mexer. E a gororoba continuava líquida......


Meio século depois (quase 40 minutos mexendo), cheguei a um ponto consistente. Acho até que deveria ter deixado um pouco menos, mas a parte da receita que diz que "até homens conseguem fazer" não é exatamente verdade.


Passamos tudo para uma tigela e colocamos na geladeira pra esfriar. Depois de esfriar, hora de comer!!!


O resultado é, no mínimo, interessante. O sabor começa doce (e bem gostoso). Depois, vem o amargor tradicional da Guinness, com muita clareza (ou seja, continua gostoso, apesar de mudar radicalmente). Não é uma sobremesa que apenas contém cerveja na receita - qualquer pessoa que conheça cervejas sabe que aquele brigadeiro está lupulado. A consistência era firme, mas não cremosa. Digamos que parecia a consistência de cajuzinho, e não de brigadeiro de colher. Talvez tenha ficado assim porque eu deixei tempo demais no fogo. 

Resumo da ópera: não é um doce que agradará a todos, mas sem dúvida fará sucesso em uma mesa de pessoas que curtam cervejas especiais. Creio que dá pra evoluir na técnica de preparação e na receita - fiquei tentado a testar com cervejas mais doces e alcoólicas, com menos amargor, como uma Dubbel ou Quadrubbel. Indo para outra linha, talvez uma Heineken resolvesse a situação, e com a vantagem do baixo custo. Quanto à consistência, acho que um pouco de creme de leite ajudaria a deixar o doce mais cremoso.

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Próximo domingo: dia de rock!

Abraços

Ziriba (Cerveja e Rock)