sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

IPA is Dead - Degustação no Agrippina Bistrô em parceria com a Beer Mart


Pessoas,

o blog está passando por um período de repouso. Culpa do tempo curto e da minha vontade de não postar algo diferente dentre os post da viagem da África do Sul (que eu custo a fazer porque dão um trabalho tremendo!) para manter a organização na casa. Porém, ontem rolou no Agrippina uma degustação das cervejas sazonais da BrewDog, que não posso deixar de falar, cujo conjunto de 4 garotas chama-se IPA is Dead. São cervejas feitas com adição de um único lúpulo (single hopped) e que dão nome às cervejas:  Nelson Sauvin, Bramling X, Sorachi Ace e Citra.



Beer Mart trouxe alguns kits para a Capital Federal e nos convidou para provar a novidade. Além de nós, estava lá uma boa turma do cenário cervejeiro brasiliense, como os representante do Empório Soares & Sousa, do Godofredo e Zigfrida, do O Melhor e o Pior de Bsb, da NCoisas, do Cerveja e Esmalte, do Oh My Beer, do Grote Markt, dentre outros, inclusive a Grace, uma mestre cervejeira! Foi uma delícia e um grande prazer reencontrar alguns e conhecer pessoalmente outros.


Começamos pela Nelson Sauvin, cujo lúpulo é da Nova Zelândia. Se tem uma coisa que eu adoro em vários exemplares da BrewDog é o aroma forte e dominante. E, depois dele, o gosto amargo na boca. Adoro isso. O retrogosto se vai rapidamente. Então, em resumo, ela é assim: chega cheirosa, explode na boca e, fugazmente, desaparece. Lembra muito a Trashy Blonde. Eu gostei bastante. O Vinicius fez exatamente o mesmo comentário feito quando provamos a loira louca: tem gosto de remédio.


Em seguida, pousou na mesa a Bramling X. O lúpulo é do Reino Unido e essa é a cara da Hardcore IPA com seus 150 BPU. Não é tão aromática quanto à Nelson Sauvin, mas o gosto é bem mais persistente e o amargor é seco. Fez mais sucesso com a vizinhança.


Daí, vem a Sorachi Ace, de lúpulo japonês. Vamos progredir de vez, vamos virar japonês! Bem aromática, cítrica, pouco amarga (ou será que ficou pouco amarga porque veio depois da Bramling?). Dessa bebi dois copos (simplesmente porque pedi) e não tenho tantas considerações a fazer. Ela é calma. Boa para meninas, não muito fã de cervejas, eu opinaria.


Por fim, chega a Citra. Creio que o lúpulo seja americano. Sabe gosto de casca de laranja? Tal qual. Gostei bastante e achei a de mais personalidade do quarteto. Tem um frescor delicioso, um docinho no fundo, uma leveza boa de viver....


Todas elas têm 7,5% de teor de álcool. 

E assim foi. Não tipo sala de aula, como está parecendo aqui no post. Da metade pra frente, uma turma já tava em pé, outros mudaram de lugares pra conversar com outro alguém, os fumantes de uniram, alguns riam muito, outros se conheciam, alguém ia no banheiro, novos encontros eram programados, fofocas foram atualizadas, falava-se do carnaval no Agrippina com banda ao vivo...

Quando tudo parecia ter chegado ao fim, eis que surge um bando de Bitch Please. A BrewDog é incrível! Inventa cada cerveja louca. 


A Bitch Please não é necessariamente gostosa, até porque lembra (muito) Campari. Mas, da mesma forma que a Paradox, é uma experiência que merece ser sentida por qualquer apreciador de cerveja. É tão complexa que não tem como não ser interessante: tem caramelo, café, alguma coisa cítrica.

Então, nossos especiais e sinceros agradecimentos à Beer Mart, especialmente ao Flávio (aliás, deixo registrado que lisonjeados ficamos nós pelo convite), ao André, da NCoisas, ao Alberto e André, do Agrippina, e à Lulu, pela carona amiga e companhia que não tem preço.

Beijocas. Vanessa.