quarta-feira, 27 de abril de 2011

Grenat Cafés - 202 sul, Brasília/DF

Pessoas,

a Grenat Cafés é um achado! Além dos cafés especiais, já comentei aqui sobre o pão e biscoito de queijo do local... os melhores de Brasília, sem dúvidas! Também servem doces, sanduíches, frios e cervejas especiais. 

Ontem, antes de assistir a um Teste de Audiência no Teatro da Caixa, que eu super recomendo, escolhemos o local pra fazer uma boquinha. Ao cruzar a porta da entrada, o aroma de café te transporta ao paraíso! Subimos a escada maravilhosa que tem ao final do salão e nos acomodamos no ambiente acima lindamente decorado. Moraria ali.

Optamos pelos tartines (segundo o atencioso garçom, sanduíche em italiano), os dois com pão ciabata. O do Vinicius de trio de cogumelos e queijo brie, por algo entre 16 reais; o meu com mussarela de búfala, tomates frescos (e doces!) e pesto de manjericão, por 9 reais. Muito bons!



Para beber, optamos pela cerveja Estrela Inedit, convencidos pela descrição comercial da moça, reproduzida no cardápio:

"Ferran Adrià, Juli Soler, os Sommeliers do premiado Restaurante El Bulli e os Mestres Cervejeiros da Damm criaram um novo conceito de cerveja. Estrella Damm Inedit é um coupage único, mescla de maltes de cevada e trigo, aromatizada com lúpulos e especiarias como coentro, casca de laranja e alcaçuz."

Custou 34 reais a garrafa de 750 ml, servida em balde de gelo e taças de vinho. É uma cerveja bem fresca, frutada, mas com aquela bem vinda acidez ao final. Gostamos bastante.



O local é uma excelente opção para uma café rápido, ou um lanche mais elaborado. Recomendadíssimo!


Outra coisa: eles vendem a Spirit, uma cachaça de café ma.ra.vi.lho.sa, que deixa no chão a Absolut de café e amêndoas. Salvo engano, a garrafa custa 54 reais. Vale muito a pena!

GRENAT Cafés - SCLS 202, BLOCO A, LOJA 4
Telefone: (61) 3322-0061

Horário de funcionamento: de segunda a sexta de 7h30 às 22h / sábado de 9h às 22h.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 24 de abril de 2011

Caixa de tampinhas de cervejas

Pessoas,

acabo de comprar uma caixinha para colocar as tampinhas que vinha guardando das cervas diferentes que vou conhecendo. Infelizmente não tenho todas. Só que a idéia de guardar a tampinha é relativamente recente, e também acontece que, depois de algumas cervejas é difícil lembrar da tampinha, ou mesmo onde ela foi parar.

Esse post não objetiva informar, contar ou compartilhar algo, é apenas um registro do que tá indo pra caixinha e será atualizado com freqüência que eu mereço, dentro das devidas possibilidades financeiras, orgânicas e calóricas.

Um dia talvez essa lista seja melhor organizada, por tipo de cerva, ou localidade. Agora eu quero apenar contabilizar minhas riquezas! São elas:
  • Anderson Valley Brewing Company
  • Quilmes
  • Erdinger Dunkel
  • Erdinger Urweísse
  • Erdinger Pikantus
  • Paulaner
  • Baden Baden
  • Chimay
  • Wälls, Wälls Pilsen
  • Bitburger
  • Harviestoun
  • Young's Double Chocolate
  • Westvleteren blond e 8. Da 12 não trouxe a tampa. Droga. Droga. Merda.
  • 1906
  • Bamberg München, Rauchbier 
  • Eisenbahn (weiss, dunkel)
  • Colorado
  • Edelweiss Hefetrüb
  • Baltika 6 Porter
  • La Trappe
  • Gauloise
  • Medieval
  • St. Christoffel
  • Brooklyn
  • Mac Queen's Nessie
  • Kaiser Gold
  • Estrella Damm Inedit
  • Weihenstephaner Hefe Weissbier
  • Heineken 
  • Schofferhofer Hefeweizen
  • Kromus Beer
  • Perigosa Imperial IPA
  • Coopers
  • Tucher Übersee Export
  • Lucifer
  • Delirium Tremens
  • BrewDog Hardcore Ipa
  • Ella
  • Taberna Porter
  • Westmalle Tripel
  • Coopers Vintage
  • BrewDog 5 A.M. Saint.
Por enquanto, são essas. 
Beijocas. Vanessa

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aquavit - Brasília/DF

Pessoas,


para comemorar o inesperado 5 anos da Bolacha fomos ao Aquavit.

A expectativa era grande, ainda mais porque decidimos fazer uma poupança. Hein? Sim, poupança. Porque é caro pra cacete e demoramos tanto a ir justamente porque sempre dava aquela dor no peito em deixar centenas de reais por uma noite de alegria. Então, passamos alguns meses depositando 100 legais na poupança e quando chegamos no montante necessário fomos sem nem pensar em valores. 

Optamos pelo menu completo, com 5 pratos e 5 taças de vinhos, harmonizadas. Não é comida pra caramba, apesar de encher bem, mas é bebida pra cacete. Se a Bolacha completar 10 anos e voltarmos lá, talvez peça o menu reduzido, com 4 ou 3 pratos, ou o menu sem vinhos. As taças são bem servidas, é bebedeira na certa!

O restaurante fica lá no setor de mansões do Lago Norte, num terreno de embasbacar qualquer um. As poucas mesas ficam entre a cozinha, aberta e acessível, e uma vista exuberante do lago e de Brasília. Uma pena aquele lugar não funcionar no fim de tarde, porque o por do sol visto dali deve ser tudo e mais um pouco. No inverno, eles funcionam numa sala interior com lareira e uma parede de vidro com vista pro lago. Romance....

Fomos numa quarta-feira, com a casa bem vazia. Além de nós, só havia um outro casal. Tinha mais gente trabalhando que gente comendo. O atendimento, então, foi espetacular (acredito que seria mesmo com a casa cheia). O Vicente nos deu toda a atenção, sem parecer chatão,  nos levou na horta, nos disse onde estava o Simon Lau (e era na Dinamarca, comprando quitutes para o menu da páscoa), contou que trabalha também na embaixada do Japão. Foi bem agradável.


A prova de que curto gastronomia está nessa visita ao Aquavit: não curto porco nem aves. O que tinha no menu da vez? Porco e ave. Mas, já tava combinado de ir em março, eu tava louca de curiosidade há séculos de ir lá, então fui assim mesmo. Também a expectativa de me surpreender com algo que usualmente não como usualmente foi estimulante. Afinal, de que eles sabem fazer um filet alto mal passado delicioso, e que eu iria amar, não tenho dúvidas. E se não for assim eu prefiro não saber :) Então, que venha o porco e a codorna. E se eu não gostar, dane-se. A poupança foi justamente pra não pensar em cifras.


Dica: pra quem pretende ir, é essencial cadastrar o e-mail no site para receber os textos do chef explicando o novo menu. Ele dá detalhes da preparação, diz onde busca os ingredientes. Torna a visita muito mais interessante. Vou postar em fonte itálico  cinza os trechos do chef referentes aos pratos que provamos.

 Vamos à comilança!

Primeiro pães da casa com manteiga trufada. Deliciosos. Manteiga com textura de maionese e sabor próprio que não sei explicar. Num dos tipos de pão, a flor de sal dava um up, e quando encontrava com a manteiga era uma alegria.


A seguir, terrine de lagosta com gelatina de mexilhões, sorvete de abacate com pimenta, sorbet de grapefruit e farofa de peta. O sorvete de abacate não era apimentado. A pimenta da descrição é esse traço vermelho sobre o verde. De interessante aqui, o sorbert de grapefruit foi feito para ser comido com o sorvete de abacate. Este, cremoso, acalmava aquele, ácido e amargo. Bem interessante. O terrine, envolto na folha de taioba, estava ótimo e bem colocado entre o grapefruit e o abacate, apesar de parecer estranho. O vinho  harmonizado foi Poggio al Tesoro, branco italiano. Gostoso, mas não marcante.



"O primeiro prato é um prato sofisticado de verão, tropical e servido frio. Terrine de lagosta feita com gelatina de mexilhões e acompanhada de sorbet de grape fruit, sorvete de abacate e farofa de peta. Eu sei que muitas pessoas têm restrição a grape fruit, que é fruta amarga e ácida. Mas, junto com o cremoso abacate fica tudo super balanceado e dá um ótimo fundo para a marítima terrine."

Depois, sopa de tucupi com pescadinha assada e sagu, temperada com cebolinha e pimenta de cheiro, sob crosta de mandioca, com o vinho Leyda, Sauvignon Gris, branco chileno. Pessoas, esse prato foi o must. Chegou assim:


Essa coisa preta é a crosta de mandioca, feita com peta e tingida com tinta de lula. Parecia um biscoito: gostosinho, crocante e salgadinho. Lembra vó. Quando a gente retirou a crosta, ficou assim:

"O ingrediente principal do segundo prato é o tucupi, que me fascina cada vez mais com seu sabor tão, tão agradável - gostosamente ácido, temperadinho e único. Desta vez, o tucupi ganha lugar de destaque em forma de sopa feita à base de fumet de espinha de peixe, como no tacacá. Leva, ainda, um pouco de sagu para dar substância e beleza e um pedaço de pescadinha assada no forno, como a gente faz na Dinamarca: rapidinha, só ate branquear. Para acompanhar, peta crocante tingida com tinta de lula."
Super fofo! E delicioso. Que caldinho!!! Não conhecia o tucupi, mas já me apaixonei. Caldinho com peixe, caldinho com a crosta de mandioca. E o sagu (está no fundo do prato) deu aquela incrementada, por causa da textura e da brincadeira de mastigar bolinhas. E o caldo. E o peixe. E a crosta de mandioca! O vinho agradou, mesmo sendo branco. Não era tão frutado, acho. Na verdade, as memórias dos vinhos foram desprezadas.
O prato seguinte: carne de barriga de porco cozida sous vide, com geléia de cajá-manga, vinagrete de mostarda, batatas cozidas e redução de porco, com o vinho Remhoogte, Roland Collection, tinto africano. Esse vinho lembro que gostei muito: forte, encorpado, tinto...minha cara.
Quanto ao porco. Não sou fã de porco. Inclusive, quando recebi esse menu entrei em contato pedindo maiores explicações. Fala sério: tem nome mais feio que carne de barriga de porco?? Não, não tem. Só pensava numa lapa de bacon dessa altura!
Mais calma com a resposta do restaurante, fui com tudo. Gostei bastante. O sabor do porco, obviamente, estava lá. Mas ficou bem colcoado com a geléia de cajá-manga. Por outro lado, o vinagrete de mostarda acalmava o "ranço" do gosto da carne de porco, que é o que eu não gosto. 


"O porco caipira de Goiás, aquele com carne vermelha e suculenta, que só se alimentou de milho e soro de leite, é provavelmente o que eu vou pedir para comer antes de me apresentar ao pelotão de fuzilamento. 
Vou todas as semanas para Alexânia para comprar a carne da barriga. Carne que, depois: eu ponho em salmoura por 12 horas, cozinho sous vide por mais 12 horas e, na hora de servir, “glaceio” com caldo de porco e sirvo com geléia de cajá-manga. O cajá está na época agora e, com sua acidez e sabor único, faz um contraste super interessante com a carne relativamente gorda. Batatas cozidas e vinagrete de mostarda dão um toque clássico no acompanhamento."
A seguir, codorna desossada recheada, servida com espaguete de palmito, redução de codorna e óleo de salsinha, acompanhada de St. Esprit Côtes du Rhone, tinto francês. 


Esse prato eu não curti muito. Primeiro que a forma animalesca me dá um pouco de repulsa, porque realmente sinto pena. Olha que coisa mais bonitinha essa bichinha de perninhas cruzadas....Contudo, o pouco que comi foi interessante, a bem carne macia, o que não ocorre em aves. O espaguete de palmito estava bom, mas sem características marcantes. 



Quem deveria falar sobre esse prato era o Vinicius, que comeu ave a vida toda, pois sempre foi a carne principal da casa dele. Tanto que, quando criança, achava que o animal se chamava frango, e não galinha :)  Mas, mesmo se eu parasse de beber na quaresma esperando a graça de que ele fizesse isso (um pedaço do post), a chance de acontecer seria ínfima. Então vou contar o que eu vi: um Vinicius alucinado tirando as patas da codorna com as mãos e dando suculentas mordidas na ave. Depois passou pro peito, e nem levantava os olhos. Perguntei: e aí, tá bom? A resposta: putz. Tipo para de falar comigo. Depois do prato  limpo, somente com os ossinhos das patinhas, ele disse: fantástico.

"Palmito fresco é outro produto que coloco na categoria “paixão”. Cortado à juliene e refogado um minuto com manteiga e salsinha até ficar al dente dá um suave acompanhamento para as codornas desossadas e recheadas com os miúdos da ave e um pouquinho da minha pimenta de reino verde da horta, que está no ponto de usar. As codornas são cozidas sous vide, também, para deixá-las mais suculentas possíveis. Depois, são bronzeadas na manteiga, na hora de servir."

De sobremesa, Romeu e Julieta: suflê quente de queijo minas, doce de goiaba, sorvete de goiaba e bolinho de chuva. Prato lindo e delicioso. O sorvete tinha o gosto de fruta fresca. Além de tudo, super interessante o queijo em forma de suflê. Adorei. O vinho, Santa Rira, Late Harvest, Moscatel, chileno, doce demais da conta. 
"Desde que pus meu pé neste País, amo Romeu e Julieta. Já que estamos na época da goiaba, achei que estava na hora de fazer a minha contribuição para mais uma versão desta maravilha. Não vou contar como a gente faz. Venha e experimente!"
Ao final, chá de hortelã com folhas da horta. Tudo de bom. E também café, com madeleines de limão assadas na hora, servidas quentinhas.
Gostamos bastante, supriu nossas expectativas. Entretanto, cobrarem 5 reais na água acho um abuso. Pô, o menu com 5 taças de vinhos custa 130 legais. Fora o menu dos 5 pratos, por 192 legais. E a água ainda tem que ser por fora? Poderia ser até água de filtro.


Beijocas. Vanessa.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quartier Bistrot - Sudoeste/DF

Pessoas,


é cada vez mais raro ir num restaurante e se surpreender positivamente. Sempre é assim: você vai num sem grandes expectativas e encontra exatamente o que não esperava, ou se decepciona, ou vai num top de linha e sai feliz (mas não poderia ser diferente depois da fortuna deixada lá).

Escolhi a janta de quarta-feira no Quartier Bistrot com expectativas, mas conformada caso me  decepcionasse. Porque tá foda. Almoçamos no L'Affaire na segunda e meu filet alto estava frio. Sim, carne mal passada fria.  Seguindo os posts da colegagem, vamos tendo notícias de um monte de promessas mal cumpridas. Então fui assim assim.

Mas, foi ótimo! Primeiro, apesar de ser no sudoeste, o ambiente é bem legal. As 3 ou 4 mesinhas de dentro são o ouro, mas se tiver que ficar na área externa, tá valendo. 

O atendimento é atencioso e discreto. Equilibrado.

Depois de analisar superficialmente o cardápio que é um pouco longo, optamos pelo couvert que nem deveria ter esse nome: custa 8,90 para duas pessoas. Amei! Barato, gostoso e numa quantidade adequada para acalmar a fome até a chegada dos pratos:  composto de cesta de pães,  pastas de queijo (gorgonzola?), alho poró e antepasto de berinjela.


Para beber, vinhos em taça, por volta de 12 legais, servidos em jarrinhas de maneira que a quantidade, na verdade, era bem mais que uma taça, apesar de não chegar em duas. Gostei também. Daria pra dividir um desses e beber um pouco menos, na boa.

De pratos principais, eu optei pelo filet du chef, tournedor recheado com queijo brie, ao molho roti, com fettuccine na manteiga com alho e ervas, por 48,60. O Vinicius aproveitou a promoção das quartas (qualquer risoto por R$ 29,90) e foi de risoto de lingüiça.

Pois bem. Primeiro meu prato: lindo e super bem apresentado. O filet, apesar de que poderia estar um pouco mais mal passado, ganhou elogios, o molho roti estava de comer de rezando, a massa ao ponto, levemente crocante com as ervas e alho marcando presença. Delicioso, mesmo. 


O risoto de lingüiça igualmente bem apresentado e bem delicioso. A prova é que pouco conversamos enquanto comemos.


Depois da comilança, o chef Rodrigo Parente estava por lá e pudemos falar sobre os pratos. Ele perguntou do ponto da carne e eu disse que poderia ter vindo mais crua, e ele, surpreendido, disse que quando o garçom disse que a comensal era mulher, ele preferiu não arriscar e mandar uma crua demais, sob o risco de ter que assar mais depois de pronta. Compreendi o lado dele e fiquei feliz comigo ao perceber que cheguei num nível de evolução em que o ponto correto da carne é: quente. :) Da próxima vez, reforço isso com o garçom. Mas voltando ao chef: ponto pra ele, que deu a cara a tapa, desculpou-se, agradeceu os outros elogios, foi bem simpático e tá ralando por um lugar ao sol. Talvez até já tenha encontrado.

Tudo foi ágil e sem esperas. Acabamos o couvert e os pratos pousaram na mesa, quentes e frescos. Ponto pra eles.

Aos domingos, no almoço, a casa tem menus executivos, com entrada e pratos principais por R$ 55,00. Às quintas, qualquer prato com camarão custa 39,90.

A única crítica negativa é sobre a música. Aquela porra de Dani Carlos, Emerson Nogueira e afins é o fim dos tempos. Um bistrot francês, lindamente decorado, super romântico, não deveria ter uma música na língua francesa????? Não precisa de nada surreal, não. A Carla Bruni, rouca, intimista, charmosérrima e conhecida tá aí pra isso.

De terça a sábado, o Quartier Bistrot só funciona a noite. No domingo, só no almoço. Fica na CLSW 301, bloco B - lojas 78/80 , na lateral do bloco, e o telefone é 3341-4214.

Adorei a visita. Não é baratinho, mas vale a pena. 

E ainda fico felizaça por ser perto de casa. O Sudoeste e o Terraço estão com ótimas opções pagáveis de restaurantes. Viva!

Beijocas. Vanessa

quarta-feira, 13 de abril de 2011

São Luis/MA - Março/2011

Pessoas,

bastou um convite da sogra pra passar o feriado de carnaval em São Luís que a gente foi. Passagem pagável para o período, hotel massa pela Bancorbrás e destino desconhecido. Além da gente ser super fácil, não havia uma razão para dizer não.

No vôo da chegada, a paisagem é parecida com a de Manaus: muitos rios e muito verde. Uma floresta, na verdade. A Floresta Amazônica. Vale a pena pegar a janela. Na poltrona ao lado, um rapaz estranho com livro Moby Dick no colo.

Nos hospedamos no Hotel Luzeiros, na Ponta da Areia. Hotel novo, quarto amplo, com um super café da manhã que servia até espumante, piano bar, spa (caro!!) e academia que parecia decente, mas não consegui averiguar porque fechou no carnaval. Quarto de frente pro mar. Pena que o mar de São Luís é feio.

É feio porque a água é escura. Porque é escura eu não sei. Talvez por causa do imenso porto que tem por lá, acho que o 2º mais fundo do mundo (o outro é na Holanda). Além da água escura, lá no fundão ficam muitos navios cargueiros esperando para atracar. E navio cargueiro também é feio. Eles podem ficar por ali esperando por até 10 dia! Dai o visual não fica muito legal.

Sem problemas quanto a isso. Os ludovicenses são uma simpatia só. E não são desprovidos de beleza como nos alardearam. Vi muita gente bonita trabalhando no hotel, nos restaurantes que fomos, cinemas e afins.

Em São Luís não se tem muitos afazeres, 3 ou 4 dias está de bom tamanho. Imperdível são os Lençóis Maranhenses, que nós não fomos por absoluta falta de planejamento, mas os sogros foram e amaram. Por R$ 260,00 por pessoa, você sai de São Luís num dia cedo, dorme em Lençóis, e volta no dia seguinte a tarde. Tudo incluído, até os passeios!!! A pousada não era chique, mas a sogra disse que bem aceitável pelo preço. Por fora do pacote, o sobrevôo pelos Lençóis é imperdível, e custa R$ 200,00 por pessoa.

Numa corrida de táxi, o motora nos ofereceu um passeio de dia todo pelas praias e municípios da redondeza. Preço? R$ 200,00, para os 4. Ok, vamos nessa.

Foi divertido. O motora não era humorista, mas conversando era como se fosse. Nos levou em São José do Ribamar, cidadezinha fofa do lado, com uma igreja e praça super simpáticas, estátua imensa para boas fotos. Sabiam que São José de Ribamar é padroeiro do Maranhão? Sim, por isso tantos ribamars por lá. E o povo quando compra carro, vai até São José do Ribamar pra batizar a nova aquisição.










Passamos também no município de Raposa, com seus pescadores e suas rendeiras, todos cearenses. Conhecemos a Dona Maria, por conta de uma sombra que tinha na barraca dela. Esperando por lá, a conversa desabrochou e Dona Maria, que estava fazendo uma faixa de cabelo, contou que demora um dia para fazer a faixa, quando a coluna deixa. Se dói, ela tem que deitar e aí leva um dia e meio. Disse que, se pudesse, sairia viajando por aí, mas adora aquele trabalho, aquela terra e os turistas. Quando nos despedimos, ela entristeceu e me deu um abraço. A prosa estava boa. A faixa, linda e colorida, custa R$ 6,00. 




Em Calhau, fomos ver os carros na praia. Literalmente. De tempos em tempos, a maré recua tanto que a areia da praia vira um grande pátio, e os carros estacionam ali. É tão surreal que algumas barracas têm a mesa, cadeira e a garagem do carro. Interessante, esquisito e perigoso.


Fonte: http://200.188.178.148/oimparcial/portal/noticias.php?id=32301


O Centro Histórico tem um potencial turístico imenso, mas está bem abandonado. Uma pena, de partir o coração. Casarões antigos, azulejos belíssimos, construções bacanas. Tudo acabado. Tudo mofado. com cheiro de mijo. Ironicamente, são tombados pelo patrimônio histórico estadual. Sério: um lugar daqueles arrumado, com bares e restaurantes transados entupiria aquele lugar de turistas e dinheiro. 






Lagoa da Jansen é um lugar novo e bem bacana, com restaurantes e barzinhos legais. Não conseguimos parar por lá. Quando tentamos estava bem morto, provavelmente por causa do carnaval.

E as comilanças? Maracangalha e Cabana do Sol. Ótimos! Os tradicionais arroz de cuxá (arroz feito com "azedinho" e camarões secos, pedido mais de uma vez em dois restôs diferentes e bem falados) e o guaraná jesus não agradaram :)

O Maracangalha é um dos restaurantes mais bem falados de São Luís, Acho que fora indicado por todas as pessoas que sabiam que íamos. É lindo, com decoração fofa, nordestina, retrô, colorida e aconchegante. Entende? Cadeiras diferentes e combinantes nas mesas. Muitos dos quadros lembravam fortemente o traçado do Romero Brito. Achei meio deselegante...poderia ser menos parecido. Mas deselegante não significa feiura, né? E era tudo lindo :) Atendimento atencioso, preços adequados e comida gostosa.




De interessante, a sobremesa de goiabada com sorvete de tapioca e parmesão. Gente, o parmesão combinou tão bem com o doce e o sorvete. Juro. Por 13 legais.


Abaixo, um prato com camarão grelhado com arroz e farofa, creio, que custou R$ 78,00 e a quantidade era pequena. Não é uma boa pedida, apesar de delicioso. Já o peixe custou R$ 87,00 e servia mais que duas pessoas. Não sei bem qual acompanhamento é de que :( Lembro que quando escolhemos a peixada, olhamos errado e pedimos o prato para 4 pessoas. Os garçom, num exemplo de atendimento ético, fez o pedido com o prato correto (para 2 pessoas) e nos avisou depois. Ponto pra eles. E tem Erdinger, por 16 contos. Ponto pra eles de novo. Mas eu fiquei com um suco de amora, vermelho, lindo e doce (e sem açúcar ou adoçante!). Mais pontos!!!!


O Cabana do Sol é famosa pelas carnes de sol, que não provamos. A decoração não é pomposa como a do Maracangalha, mas o atendimento é tão bom quanto e a comida também. A proposta é ser um lugar mais despretensioso. Os pastéis de entrada com geléia de pimenta (mais açúcar que pimenta) são imperdíveis. Comemos por lá um peixe na brasa fantástico (sem lembranças do nome, mas no site tem o cardápio com preços e tudo mais.) e um camarões gigantes!!!! Quase não bebi cerveja por aqueles dias. Provei todos os sucos de nomes diferentes do cardápio. Bacuri tomei demais.





Pra alegrar a estadia, o circo Tihany, cujo slogan é algo do tipo "Las Vegas está aqui". estava na cidade e, obviamente, convoquei todo mundo. Muito bacana, é circo tipo espetáculo, com shows de mágica, contorcionismo, palhaços, tudo de alto nível. O preço do ingresso é salgadinho e compensa. Não tem tanta pompa como o Cirque du Soleil, mas quase chega lá. 




Foi assim. Não carnavalizamos.


Voltamos na madrugada de terça para quarta. Na poltrona ao lado, o mesmo rapaz estranho com livro Moby Dick no colo. 


Beijocas. Vanessa

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gero - Iguatemi, Brasília/DF

Pessoas,

hoje a gente fala sobre o Gero, do grupo Fasano, localizado no Iguatemi. Fiz questão de deixar passar uns dias para escrever esse post, para não fazê-lo sobre os efeitos do encantamento que aquele lugar provoca.

A entrada é por dentro do shopping, ao lado da Galeteria. Se vocês estão pensando que do lado da Galeteria não tem nada, eu entendo vocês. É que a faixada é tão discreta, que mais parece uma entrada para área de serviço do shopping. 

Mas, não. Ao cruzar a entrada, se chega um amplo salão com luzes leves, mas estrategicamente direcionadas ao centro das mesas, em sua maioria de 4 lugares com cadeira superconfortáveis. Ambiente clean, decoração leve, umas plantas que sem aquele projeto de iluminação seriam desprezíveis. 


Quanto às luzes, eles precisam urgentemente providenciar lanternas para as pessoas lerem o cardápio. Pelo menos a noite, a missão era sofrida. Meu sogro que o diga!

Éramos 4. Chegamos com o restaurante bem vazio, o que evidenciou a impressionante quantidade de garçons e afins. Um verdadeiro pelotão. Até um pouco intimidante. Parecia o staff presidencial. A qualquer momento chegaria a presidenta Dilma. Quando a casa encheu, o serviço permaneceu excelente. Praticamente um garçom pra cada mesa, atento a cada detalhe, a cada menção de dúvida ou pedido. Eu o chamaria de mordomo. E bem preparado. Na parte das sobremesas, perguntei se a chamada Torta de Chocolate Light tinha açúcar. Ele disse: "Não. Na verdade, a sobremesa é diet. Saiu errado no cardápio".

Como eu já sabia o que pediria (pirei com a foto do atum no blog da Anna Claudia Stein), nem xeretei muito o cardápio, o que foi confortável, porque me livrei da infinita dúvida do que escolher dentre tantas boas opções. Por outro lado, a descrição dos pratos será pífia, já que se nem vi o cardápio, quiçá fotografei. É, eu pago esse mico. Foda-se. Por isso adoro quando tem o cardápio nos sites dos restaurantes. Quanto às bebidas, lembro de algumas coisas: a água, R$ 5,00. O suco, R$ 8,00.

Pedimos o vinho português Conversa (120 reais, por aí 60). O humor português estampado no rótulo da garrafa me agradou. E, quando informamos o pedido do vinho, logo nos avisaram ser a última garrafa, dando a entender que, caso desejássemos que conta ultrapassasse os 4 dígitos, com o mesmo vinho, seria adequado escolher outro. Não, será só esse mesmo, obrigada.

De couvert, paezinhos deliciosos, manteiga, patê de tomate seco com (....), outro patê que não lembro e abobrinha frita. Achei a abobrinha frita bizarra e com gosto de gordura acentuado. Não gostei. Mas o pão italiano com a manteiga.....poderia comer só aquilo. Os itens do couvert são repostos continuamente até que perguntam se podem suspender, pouco após o pedido dos pratos. Não sei o valor do couvert. Li em algum lugar que custa R$ 15,00, mas não confirmei. 


Meu atum era grelhado por fora, cruzinho por dentro, com crosta e molho de limão, acompanhado com purê de batatas em formato de triângulo e aspargos. Lindo, executado perfeitamente tal qual a foto que tinha visto no blog a Anna Claudia Stein. Não sei se por causa da grande expectativa (sim, desde 26 de janeiro de 2011 eu penso nesse prato), o sabor não me surpreendeu. Não pedirei de novo, quando voltarmos lá depois da restituição do imposto de renda. O purê de batatas não tinha nada de especial, e a crosta quase apagava o gosto do atum.


O Vinicius foi de robalo com crosta de aspargos e legumes, que ele chuta ter sido R$ 78,00. Diz que estava muito gostoso, apesar de não ter encontrado o gosto de aspargos.



Os sogros pediram massa, que ficam em torno de R$ 55,00. Amaram! E os pratos eram bonitos mesmo! Mas, exatamente do que eram os pratos, eu não lembro. Sei que o vermelhinho tinha lagostin, e a sogra disse que era farto. Detalhe: o parmesão é ralado diretamente no prato. Achei um luxo!




Depois de sabidamente recusar a sobremesa, nos ofereceram café ou chá natural de hortelã, servidos numas louças de prata belíssimas e madeleines e pedacinhos de brownie! Fiquei com o chá. Delícia.


A única queimação de filme do local foi aquele famigerado oferecimento do drink do dia quando a gente acaba de se acomodar. Acho péssimo, me lembra churrascaria fuleira querendo ganhar dinheiro com batida de iogurte. E, depois da experiência no DOM, que rolou a mesma coisa, só que a palavra champagne no lugar de cocktail me fez pensar que poderia ser uma boa e me custou R$ 72,00 por uma taça (tudo bem que a garrafa custava R$ 400,00 e era o champagne bambambam não sei das quantas), eu sempre digo não, respiro, acalmo e daí a gente começa os serviços.

Ah, e lugar pra colocar a bolsa. O salão é meio apertado, com as mesas bem próximas. Minha bolsa pequena coube no meu colo. E aqueles ganchinhos de metal que as meninas usam para pendurar a bolsa na mesa não funciona lá, porque a mesa é deveras grossa. Praquelas moças que andam com umas bolsas  gigantes parecendo estarem prontas para uma possível viagem a qualquer momento, ou mesmo para quem chegue carregado de compras das lojas finas do Iguatemi, acredito que eles tenham algum lugar para colocar as tralhas. 

O custo disso tudo é uma baba! Mas fiquei pensando se o custo paga aquela gente toda que trabalha lá. É impressionante! Ah, e rapidez do serviço também merece ser comentada. Chegamos às 21h. Às 22h, estávamos jantados, pedindo a conta, que, aliás, já estava prontinha. Acho que aceitando o café, a conta é fechada.

Registro que não entendo como esses restaurantes de alto nível cobram pela água. Tô mal acostumada com os restôs da Europa e voltei ainda mais com os de Mendoza. Sei que pro cliente não é nada pagar pela água, frente a todo o resto da conta. Mas é de um bom tom enorme não cobrar, e isso pode ser um grande diferencial. Ou, no mínimo, ter serviço de água, como no 1884, no qual se paga um valor X e se tem água a vontade, sempre fresca. Vou mandar um e-mail sugerindo.

Vou finalizar parafraseando, mentira, copiando a frase que li lá no Bacco e Bocca: "o Gero é caro, mas respeita seu dinheiro". É isso.

Ah, mais uma coisa: fomos ao Aquavit comemorar o aniversário da Bolacha (já já sai o post) e já adianto minha conclusão: é melhor ir 3 vezes no Gero que uma no Aquavit.

Beijocas. Vanessa

quinta-feira, 7 de abril de 2011

11 benefícios da caminhada para o corpo e mente

Pessoas,

li a reportagem abaixo e quis compartilhar. São coisas que eu já sabia, mas me faz bem ler de novo. Igual ler a Boa Forma: não tenha nada ali que já não sabemos, mas ler dá um ânimo!

Enjoy it!

11 benefícios da caminhada para o corpo e mente

1.Melhora a circulação
Um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto, provou que caminhar durante aproximadamente 40 minutos é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão.  
Além disso, a caminhada faz com que a as válvulas do coração trabalhem mais, melhorando a circulação de hemoglobina a e oxigenação do corpo. "Com o maior bombeamento de sangue para o pulmão, o sangue fica mais rico em oxigênio. Somado a isso, a caminhada também faz as artérias, veias e vasos capilares se dilatarem, tornando o transporte de oxigênio mais eficiente às partes periféricas do organismo, como braços e pernas", explica o fisiologista Paulo Correia. 
2.Deixa o pulmão mais eficiente
O pulmão também é bastante beneficiado quando caminhamos. De acordo com Paulo Correia, as trocas gasosas que ocorrem nesse órgão passam a ser mais poderosas quando caminhamos com frequência. Isso faz com que uma quantidade maior de impurezas saia do pulmão, deixando-o mais livre de catarros e poeiras.

"A prática da caminhada, se aconselhada por um médico, pode ajudar também a dilatar os brônquios e prevenir algumas inflamações nas vias aéreas, como bronquite. Em alguns casos mais simples, ela tem o mesmo efeito de um xarope bronco dilatador", explica. 
3. Combate a osteoporose
O impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade estímulos elétricos em nossos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose
 "Na fase inicial da perda de massa óssea, a caminhada é uma boa maneira de fortalecer os ossos. Mesmo assim, quando o quadro já é de osteoporose, andar frequentemente pode diminuir o avanço da doença", diz o fisiologista da Unifesp.
4. Afasta a depressão
Durante a caminhada, nosso corpo libera uma quantidade maior de endorfina, hormônio produzido pela hipófise, responsável pela sensação de alegria e relaxamento. Quando uma pessoa começa a praticar exercícios, ela automaticamente produz endorfina.

Depois de um tempo, é preciso praticar ainda mais exercícios para sentir o efeito benéfico do hormônio. "Começar a caminhar é o inicio de um círculo vicioso. Quando mais você caminha, mais endorfina seu organismo produz, o que te dá mais ânimo. Esse relaxamento também faz com que você esteja preparado para passar cada vez mais tempo caminhando", explica Paulo Correia. 
5. Aumenta a sensação de bem-estar
Uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, pode melhorar significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e a autoestima, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Essex, no Reino Unido.

Comparando dados de 1,2 mil pessoas de diferentes idades, gêneros e status de saúde mental, os pesquisadores descobriram que aqueles que se envolviam em caminhadas ao ar livre e também, ciclismo, jardinagem, pesca, canoagem, equitação e agricultura, apresentavam efeitos positivos em relação ao humor e à autoestima, mesmo que essas atividades fossem praticadas por apenas alguns minutos diários.  
Outro estudo feito pela Universidade de Pittsburgh, afirma que as pessoas que caminham em média 10 quilômetros por semana apresentam metade dos riscos de ter uma diminuição no volume cerebral. Isso pode ser um fator decisivo na prevenção de vários tipos de demência, inclusive a doença de Alzheimer, que mata lentamente as células cerebrais. 
6. Deixa o cérebro mais saudável
Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento. Entretanto, um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostra que esse efeito antienvelhecimento do exercício pode ser possível também em relação ao cérebro, ao aumentar seus circuitos e reduzir os riscos de problemas de memória e de atenção. "Os estímulos que recebemos quando caminhamos aumento a nossa coordenação e fazem com que nosso cérebro seja capaz de responder a cada vez mais estímulos, sejam eles visuais, táteis, sonoros e olfativos", comenta Paulo Correia. 
7. Diminui a sonolência
A caminhada durante o dia faz com que o nosso corpo tenha um pico na produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. Somado a isso, a caminhada melhora a qualidade do sono de noite.

"Como o corpo inteiro passa a gastar energia durante uma caminhada, o nosso organismo adormece mais rapidamente no final do dia. Por isso, poucas pessoas que caminham frequentemente têm insônia e, consequentemente, não tem sonolência no dia seguinte", completa o especialista da Unifesp. 
8. Mantém o peso em equilíbrio e emagrece
Esse talvez seja o benefício mais famoso da caminhada. "É claro que caminhar emagrece. Se você está acostumado a gastar uma determinada quantidade de energia e começa a caminhar, o seu corpo passa a ter uma maior demanda calórica que causa uma queima de gorduras localizadas", afirma Paulo Correia. 
E o papel da caminhada na perda de peso não para por aí. Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que, mesmo horas depois do exercício, a pessoa continua a emagrecer devido à aceleração do metabolismo causada pelo aumento na circulação, respiração e atividade muscular. 
A conclusão foi de que os músculos dos atletas convertem constantemente mais energia em calor do que os de indivíduos sedentários. Isso ocorre porque quem faz um treinamento intensivo de resistência, como é o caso da caminhada, tem um metabolismo mais acelerado. 
9. Controla a vontade de comer
Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que fazer caminhadas pode conter o vício pelo chocolate. Durante o estudo, foram avaliadas 25 pessoas que consumiam uma quantidade de pelo menos 100 gramas por dia de chocolate. Os chocólatras tiveram que renunciar ao consumo do doce e foram divididos em dois grupos, sendo que um deles faria uma caminhada diária. 
Os pesquisadores perceberam que não comer o chocolate, juntamente com o estresse provocado pelo dia a dia, aumentava a vontade de consumir o doce. Mas, uma caminhada de 15 minutos em uma esteira proporciona uma redução significativa da vontade pela guloseima.

"Além de ocupar o tempo com outra coisa que não seja a comida, a caminhada libera hormônios, como a endorfina, que relaxam e combatem o estresse, efeito que muitas pessoas buscam compulsivamente na comida", afirma Paulo Correia.  
10. Protege contra derrames e infartos
Quem anda mantém a saúde protegida das doenças cardiovasculares. Por ajudar a controlar a pressão sanguínea, caminhar é um fator de proteção contra derrames e infarto. "Os vasos ficam mais elásticos e mais propícios a se dilatarem quando há alguma obstrução. Isso impede que as artérias parem de transportar sangue ou entupam", diz Paulo.

A caminhada também regula os níveis de colesterol no corpo. Ela age tanto na diminuição na produção de gorduras ruins ao organismo, que têm mais facilidade de se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e por isso causar derrames e infartos, como no aumento na produção de HDL, mais conhecido como colesterol bom. 

11. Diabetes
A insulina, substância que é responsável pela absorção de glicose pelas células do corpo, é produzida em maior quantidade durante a prática da caminhada, já que a atividade do pâncreas e do fígado são estimuladas durante a caminhada devido à maior circulação de sangue em todos os órgãos.

Outro ponto importante é que o treinamento aeróbico intenso produzido pela caminhada é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. Assim fica comprovado que os exercícios têm ainda mais benefícios contra o mal do que se pensava anteriormente.

"Quanto maior a quantidade de insulina no sangue, maior a capacidade das células absorverem a glicose. Quando esse açúcar está circulando livremente no sangue, pode causar diabetes", explica o fisiologista da Unifesp. 
Fonte: 

Beijocas. Vanessa