domingo, 28 de novembro de 2010

Parada Obrigatória / Tri-Legal / Viva Verde

Pessoas,

há tempos tô em dívida com os quiosques de comida rápida, gostosa e barata das redondezas aqui de casa. Esse lugares são o feijão com arroz do dia-a-dia, sabe? Quando você quer algo prático, baixo custo e perto de casa. 

O Parada Obrigatória fica localizado entre as Octogonais 7 e 8. É basicamente freqüentado pela vizinhança e é comum perceber rostos comuns por lá. De quando em vez tá lotado e até estacionamento é difícil de achar. Muitos vizinhos se reúnem pra uma cerveja por lá. Aliás, até hoje não sei porque a reunião de condomínio é feita no salão de festas do prédio. Se fosse no Para Obrigatória, as reuniões ganhariam 2 novos adeptos.

Antigamente, servia apenas espetinho com acompanhamentos, mas o negócio evoluiu e agora servem também sanduíches, massas montadas, caldos, petiscos e etc. Porém, o carro chefe, sem sombra de dúvidas, é o tradicional espetinho com acompanhamentos, que varia de dependendo do dia. Acho que terças e quintas é baião de dois, farofa, mandioca e vinagrete, e segundas, quartas e sextas arroz branco, feijão tropeiro, mandioca e vinagrete. Acho que é assim. Tudo é bom, mas a farofa é divina!

Quanto às carnes, tem picanha, frango, alcatra. Pode ser espeto de queijo coalho também.

O preço é separado: os espetos custam entre R$ 3 a 5 reais, e o acompanhamento R$ 3,00. A carne é fresca e de qualidade: raramente vem gordura no espeto de alcatra. Como quase sempre vamos a noite, pedimos 2 espetinhos e dividimos um acompanhamento.


Já fomos milhares de vezes e apenas por uma ou duas vezes a comida deixou a desejar. Vale a pena apostar! Perto dele, também tem banca de revista, e outros quiosques de churrasquinho e sanduíche, que já fomos poucas vezes mas não são tão bons. 

Funciona à noite, acho que a partir das 18h, menos aos domingos. Recentemente estão abrindo pra almoço, do tipo serve-serve: o quilo é muito barato, e é proporcional às opções. Não recomendo. Costumam fechar uns 20 dias no mês de janeiro.

Não aceita cartão. Agora aceita, e também tem tele-entrega. O telefone é 3234-6369.

Já o Quiosque do Gaúcho Tri-Legal é um quiosque localizado ao lado do comércio entre as quadra da Octogonal 7 e 6. Fica embaixo de uma árvore, meio atrás/de lado da banca de revistas. 


Descobrimos o Tri-Legal há alguns meses e não fomos tanto quanto o Parada Obrigatória. Eles também servem espetos com acompanhamentos e pratos executivos com carne na chapa, petiscos e caldos. 

Aqui o preço é um pouco maior, mas a comida também é um pouco melhor. Por um prato executivo, paga-se algo entre R$ 10,00 e R$ 13,00, dependendo de é com carne de sol, picanha ou alguma outra que não lembro.

Na foto abaixo, a porção da carne é pra duas pessoas, e o prato montado com a salada é o executivo de uma pessoa. 


No Tri-Legal as carnes são excelentes e bem preparadas. Essa picanha estava macia e deliciosa!

Não aceita cartão.

O Viva Verde é bem novo e só fomos lá uma vez, e a primeira impressão foi boa: bom atendimento, comida gostosa, não é caro e aceita cartão! Fica na rua de trás do Terraço, bem na ponta da esquina da rua que separa a Octogonal e o Cruzeiro, bem  atrás da Octogonal 8.

É um lugarzinho de madeira, com detalhes verdes, transadinho e estilo saudável. Serve saladas, sucos, sanduíches e é afins, tipo açaí..

Quando fomos, comi uma salada com salmão por R$ 12,00. Quando pedi, pelo preço achei que viria salmão defumado desfiado. Mas não: veio um belo pedaço de filé de salmão.


O Vinicius pediu um sanduíche (que veio errado), então nem sei qual veio e qual ele pediu. Custou por volta de R$ 14,00. Estava gostoso e é digno de partilhar, né?


Pretendo voltar outras vezes.

Beijocas. Vanessa

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Carta ao Excelentíssimo Senhor Governador do Rio de Janeiro

Exmo. Sr. Sérgio Cabral,

quando eu era criança e estudava sobre a guerra, tudo era muito abstrato. Eu nunca tinha vivido uma guerra e nem mesmo assistido alguma na televisão. Mais crescidinha e assistindo ao notíciário, provei o sentimento de angústia e desespero ao me deparar com as cenas da guerra do Iraque e ataques terroristas.

E sabe aquela sensação terrível de piedade pelas pessoas de bem que sentimos quando ouvimos ou lemos sobre o oriente médio? E aquela sensação de esperar jamais ter que ir lá, por qualquer razão? A sensação de que é chegada a hora da guerra séria e milhares de inocentes morrerão, porque como está não dá pra continuar? É isso que sinto em relação ao Rio de Janeiro.

Eu sei que a culpa não é sua. A culpa é nossa. Porque a gente é tolerante com policiais corruptos, a gente compra droga ilegal, a gente adquire milhares de cds e dvds piratas. A gente vende nosso voto, a gente acha bom não precisar votar porque vai viajar. A gente tenta dar um jeitinho pra se dar bem. A sociedade toda é culpada para o caos instalado no Rio de Janeiro.

Mas, o que não podemos admitir, de jeito maneira, é que Vossa Excelência venha nos pedir calma. Se Vossa Excelência está calmo, com todo respeito, devo lhe dizer que Vossa Excelência não está entendendo. Eu estou em Brasília e não estou calma. 

Vanessa

"Lá tem Jesus
E está de costas..."
(Subúrbio, Chico Buarque)

sábado, 20 de novembro de 2010

Agrippina Bistrô - 102 norte, Brasília/DF

Pessoas,

então fomos ver de perto do Agrippina Bistrô, estabelecimento novo na capital e promete cardápio com mais de 100 tipos de cerveja.


Chegamos por volta das 21h e foi super tranqüilo estacionar (\o/) e conseguir uma bela mesinha com cadeiras e bancos de madeira que acomodassem as 6 pessoas.

A primeira impressão é ótima: lugar transadinho, com todas as mesas na área externa, em ambiente bem cuidado com grama verdinha. Já o serviço precisa ser melhorado.

Fomos atendido pela Laura, garçonete esforçada e conhecedora de cervejas que se virava nos 30 pra dar conta de todas as mesas (logo depois não havia mais mesa vazia)! Em determinado momento, fiquei levantando o braço várias vezes esperando que a Laura visse e pudesse vir, e percebi que um cara do tipo gerente/dono (aquele sem avental que volta e meia anda entre as mesas) já tinha visto meu gesto e só depois de quase ter fadiga muscular no braço o cara se aproximou e perguntou sobre o atendimento. Falamos que estava demorando muito (pra se ter uma idéia, pedimos uma tábua de frios e demorou pelo menos 40 minutos!!! ) e eu fiz o pedido pra ele.

Quanto ao cardápio de comida, tem muita coisa que parece ser bem legal, tendo a cerveja como ingrediente. Na divulgação, li sobre harmonização de pratos com cerveja, mas no cardápio não há referência a isso. Não sei do tamanho das porções e me lembro de preços entre R$ 30,00 e R$ 45,00, mas não confiem muito nessa informação porque eu prestei muito mais atenção ao cardápio de cervejas. 

Particularmente, não me agrada muito comer acompanhado de cerveja. Cerveja pesa, e  juntando com um prato de comida, acho que seria capaz de dormir uma vida inteira. Eles deveriam ter mais e melhores petiscos.

Os petiscos foram tristes: pedimos uma batata com bacon e que horror! O único consenso foi que a batata era do tipo congelada. Mas não chegamos a um acordo se ela foi colocada em óleo frio e descongelada lentamente ali, ou se ela foi assada horas antes. Chegou quase fria, completamente sem sal, o bacon era uma farinha que não parava sobre a batata. Eu acho que ela foi assada horas antes, porque não estava oleosa. Mas era murcha, insossa e sem cor. Depois desse, tentamos a tábua de frios, demorou séculos e chegou sem alardes, com molhos sem graça e torrada idem.

Vamos às cervejas! A minha primeira pergunta para a Laura quando ela trouxe o cardápio das cervas foi se tinha todas as opções. Não tinham 26 rótulos, que considerei normal para a extensa lista. Mas grave foi não ter Bohemia Weiss (R$ 9,80), que até o Pão de Açúcar e Wal Mart têm, e nenhuma das Eisenbaln.

O preço das cervejas nacionais são ok. As Colorados grandes por R$ 19,90, as pequenas por volta de R$ 13,00. A Backer Medieval (deliciosa e com garrafinha linda!) por uns R$ 16,00. Porém, a Lust custa R$ 180,00, o que considero muito caro! No Bar Godofredo, ela sai por R$ R$ 70,00 (valores verificados na revista Veja Brasília 2010/2011. Mesmo que esteja desatualizado, a diferença ainda é gritante) ou R$ 36,00 a garrafa pequena no Mittelalter.

As alemãs de trigo, por volta de R$ 18,00. A Guinees sai por R$ 18,90.

Já as belgas são de arrancar o couro! A DeuS está no cardápio por absurdos R$ 420,00!!!! As trapistas pequenas ficam em torno de R$ 40,00. 

Tem La Trappe, por quase R$ 70,00, mas não sei o tamanho da garrafa, ou talvez soubesse esqueci. Tem que ir pra ver, ainda tem mais cervejas de um monte de nacionalidades.

No final, pedimos de sobremesa sorvete de Guinness, desenvolvido pela Gula Gelada: textura incrível, sabor de Guiness :) Tem que gostar de Guinnes para apreciar, mas não pediria de novo.

Pelas cervejas a visita vale a pena. Mesmo com as falhas estruturais (completamente contornáveis), a casa fica numa quadra excelente, é agradável e uma boa oportunidade para amantes de cerveja. Fiquei bastante curiosa pelos pratos.

Beijocas. Vanessa

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bolo de caixa de chocolate Sol sem açúcar

Pessoas,

se alguém de vocês faz parte do mundo diet no dia a dia, vai a dica do bolo de caixa de chocolate Sol sem açúcar. 




Quando vi no mercado, a preço regular (considerando que tudo diet é mais caro), comprei na hora. Super fácil de fazer, só adicionar ovo, leite e manteiga. Eu adicionei também castanha de caju moída.

Ficou bem gostoso. Prum produto diet, é excelente!!! Acompanhado de um cafezinho é tudo de bom, o perfeito café da manhã.

Achei no Pão de Açúcar. Na segunda, fui Wal Mart e não encontrei o bichano. Talvez só será encontrado em mercados melhores. Já tenho mais um motivo pra ir ao Pão de Açúcar, coisa que me deixa preocupada. Sempre que vou lá, a conta do mercado sai muito mais cara do que deveria, eu com muito mais sacolas que o necessário e chego em casa com a sensação de que estive no shopping, literalmente.

Beijocas. Vanessa

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pan Doo

Pessoas,

a primeira coisa muito boa do Pan Doo é a quadra que ele fica localizado, na 306 sul. Se você vier pela L2 e for subindo pelas quadras lotadas no trecho, quando chega à 306 garanto que ergue as mãos para o céu e agradece pelas milhares de vagas sobrando. 

Estaciona bem na frente e logo aparece a segunda melhor coisa: o garçom José. Simpatia e atenção é bobagem! Sorridente, disposto, uma beleza. 

Dai, a terceira melhor coisa é o cardápio, que você pode conhecer aqui. Tanta coisa interessante (com a indicação da nacionalidade) que logo a primeira coisa ruim aparece: escolher. 

Estávamos quase sem fome, então optamos por uma entrada e um prato principal. Para entrada, sushi de ceviche de salmão, coberto com molho romesco e castanha de caju, acompanhado de molho shoyo com gengibre, por R$ 16,90. Estava gostoso, apesar de que o molho e a castanha quase matava o gosto do sushi. Do salmão mesmo não se sentia gosto algum. Ainda assim, o prato é interessante, mas sem precisar pedir novamente, entenderam?



Para o prato principal, optamos (após pedir opinião do José) pelo camarão ao leite de côco, creme de leite e açafrão da índia com abacaxi acompanhado de arroz de jasmine, por R$ 32,90. O prato é servido na metade do abacaxi, com ótima apresentação. Camarões médios e firmes, molho delicioso e cremoso. O abacaxi parece que alivia o "peso" do molho, e ainda dava uma adocicada, pois estava maduro na medida certa. 


O arroz jasmine é tailandês e tem um suave aroma que é tudo de bom. No cardápio, vários pratos são servidos com esse tipo de arroz.

A quantidade de comida foi mais que suficiente para a pouca fome, e seria ideal para a fome padrão. Ah, pedimos um espumante, o que também ajudou no excesso de saciedade

A carta de vinhos, aliás, pareceu atraente. Não lembro detalhes, mas os preços eram pagáveis. Tinha um espumante da Casa Valduga que custava uns R$ 28,00.

Adoramos e queremos voltar pra provar outros pratos. Ah, e gostamos de amigos. Podem nos chamar :)

Beijocas. Vanessa

sábado, 13 de novembro de 2010

Invictus

Pessoas,


dica de filme imperdível? Invictus.


Ah...o perdão. Tão difícil, e por isso tão nobre.


Beijocas. Vanessa

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O CCBB me faz feliz.

Pessoas,

quando me lembro que o CCBB existe e me disponho a olhar a programação e vou comprar ingressos (quando preciso) redescubro como sou feliz por lá e fico agradecida por termos isso na querida Brasília. E como tenho me lembrado, me disposto e comprado, vou registrar :)

Pois bem. Está por lá a exposição O Mundo Mágico de Escher. São lindas obras com ilusão ótica do artista holandês. Bastante interessante, vale a pena a visita, especialmente a Sala de Espelhos e o filme 3D, de 10 minutos. E não deixem de fazer fotos no cenário que fica em frente à bilheteria, ok? A exposição fica lá até 26 de dezembro e é de graça.


foto meramente ilustrativa

foto meramente ilustrativa




Teremos também peças de teatro, como Fragmentos do Desejo e Inverno da Luz Vermelha, a última indicada ao Prêmio Politzer em 2006. 

Ah, e tem música.  Tô curiosa pelo espetáculo Riffs, Grooves e Beats, e terá Cidadão Instigado e Karina Buhr. Assisti Cidadão Instigado em 2005 em Curitiba e odiei! Mas, 5 anos depois e por R$ 7,50 eles merecem uma nova chance.

A programação completa tá aqui. O ingressos começam a ser vendidos 15 dias antes da primeira apresentação. Os preços? R$ 15,00 a inteira, R$ 7,50 a meia (estudantes, professores, funcionários e correntistas do Banco do Brasil (olha que bom!) e maiores de 60 anos).


O misto de restaurante/lanchonete/livraria, se não me engano chamado Bom Demais, tem boas opções de comida e bebida. Serve panquecas, sandubas, e afins. O sanduba tem tamanho adequado para 1 pessoa e meia, e custa por volta de R$ 14,00. De cerva, a Bohemia Weiss sai por R$ 8,50. Boa pedida.


porção de 4 triângulos.

Aproveitem!

Beijocas. Vanessa

domingo, 7 de novembro de 2010

D.O.M.

Pessoas,


de quando em vez, a gente decide quebrar o cofrinho e nos proporcionar uma intensa experiência gastronômica. O escolhido foi o D.O.M., pelas razões óbvias: chef premiado, restaurante bem falado e um casal de amigos que topou a aventura.

O D.O.M. fica localizado na curta e sem saída rua Barão de Capanema, nos Jardins, em São Paulo. Se a rua não fosse mesmo tão pequena, seria difícil achar o D.O.M., tão discreta é sua fachada. Procure pelos manobreiros (R$15,00) dispostos logo aí e chegue.

Quando a porta, porém, se abre, a ruela sem graça é esquecida. Além dos dois imensos felinos de bronze junto à porta, fomos recebidos também pela hostess e pelo chef Alex Atala, sorridente e simpático dando boas vindas (até nos levou na cozinha pra uma foto). O salão é belíssimo, com um super lustre de cristal negro ao meio, e o serviço de mesa é impecável, cobrado na porcentagem de 12%.

As opções são o menu degustação, com 4 ou 8 amostras de pratos do cardápio, mais queijo e sobremesa (R$ 250,00 ou R$ 350,00 respectivamente), ou pedidos a la carte (entrada entre R$ 60,00 a 75,00; pratos entre R$ 110,00 a 130,00; sobremesas não lembro, mas a servida na nossa degustação custa quase R$ 30,00). 


Funciona assim: ou a mesa toda pede o menu degustação ou todo mundo pede a la carte. Optamos pelo menu degustação de 4 pratos (depois concluímos que deveríamos ter pedido o de 8 logo) e fomos questionados quanto às restrições alimentares de cada um. As restrições são individuais e as amostras da degustação são preparadas conforme as restrições de cada um. 


Quanto às bebidas, além do básico, têm sucos de coisas que me deixaram mega curiosa, como taberebá, bacuri e água de limão rosa com manjericão Tailandês, a carta de vinhos com o famoso Châteu Pétrus (R$ 12.000,00 ou R$ 18.000,00, dependendo da safra), champagne Bollinger (R$ 78,00 a taça, quase R$ 340,00 a garrafa), champagne Taittinger Rosé (R$ 72,00  a taça). Eu juro que vi um vinho chileno por R$ 78,00 a garrafa. Mas, como o Vinicius não viu,  é bem possível que existisse um outro dígito que me passou despercebido. 


No momento em que servem os pratos, os garçons explicam resumidamente a composição. Acho que notei pequenas diferenças entre a descrição do garçom e o cardápio. Nada grave que descaracterize o prato, então as descrição daqui são as do cardápio, ok?


As porções do menu degustação têm ótimas apresentações, mas são bem menores do que eu esperava. São realmente amostras, e devem ser comidas com calma e atenção para saborear a combinação oferecida. No fim, deu tudo certo, não saímos com fome e saímos satisfeitos. Sem falar que a lembrança daqueles sabores e aromas até hoje estão comigo. De todos os restaurante que já fui, foi o que menos comi e o que mais gostei.


Antes dele, foi servido o couvert, R$ 25,00: pasta de batata com alho (muito boa!), coalhada no azeite (não me surpreendeu, mas não como coalhada, então não tinha parâmetro) e pães (nada de especial).


Em seguida, serviram uma entrada, apesar de não estar descrito como parte da degustação. Para nós (sem restrições alimentares), palmito de pupunha fresco com vieiras regado com azeite de manjericão e molho coral, feito da própria vieira. A apresentação foi linda: numa peça que parecia uma pedra de ardósia, o laranjado molho coral em contraste com o verde da pedra, e acima a bela pequenina torre de pupunha e vieiras. O sabor delicioso: as vieiras e o pupunha deveriam se casar e o molho coral funcionaria como o "tchan" que toda boa relação deve ter. 





Para o casal amigo (com restrições alimentares de frutos do mar) foi servida uma salada de tomate pêra, salsinha lisa, beldroega, mini mussarela de búfala banhada com água de melancia.  A Pat afirmou que tinha manjericão. Infelizmente não provei. 


Depois, ostra empanada com sagu de tapioca marinado. Uau! Juro por Deus que essas bolinhas estouram na boca e a sensação é ótima. A ostra estava deliciosa e também tinha sabor de salmão ali (o garçom falou em ovas, deve ser de salmão) e a combinação de tudo é espetacular.






Pro casal amigo, arroz negro com salada verde de aspargos e brócolis banhado com leite quente de castanha do Pará. Esse prato estava lindo, pena que perdi a foto e a Pat adorou o arroz negro. Falou dele a noite toda.


Daí, chega uma raia na manteiga de garrafa com tomilho limão, brócolis, mandioquinha defumada e espuma de amendoim. Por parte: a espuma de amendoim é interessante, mas confesso que a textura de clara de neve não me encantou; a raia estava divina; a mandioquinha, e aqui posso falar com conhecimento de causa, foi a melhor que comi na vida! Mandioquinha defumada...hmmmm..tudo de bom! Tudo junto eu não sei explicar, mas que foi delicioso, foi.




Pro casal amigo, batata doce com creme de chimarrão e sal inglês. Provei o creme de chimarrão. Não gosto de chimarrão e achei o creme convidativo. Se você gosta de chimarrão, vai querer nadar naquele creme.


Depois, o mesmo para todos da mesa: fettuccine de palmito pupunha com molho carbonara. Super gostoso, bem leve, com textura simpática. Para quem não gosta de bacon, tipo eu,  o bacon do tipo moído salpicado no fettuccine dava um tempero ideal sem ser tão marcante como o bacon tradicional. Acho que esse prato seria melhor servido como entrada, fiquei com a impressão de que não tem cacife pra ser prato principal, sabe? 


Para finalizar a seqüencia de pratos, costelinha ao Malbec com mandioca e espuma do molho da própria carne com vinho tinto. Pra ser feliz, esqueça a etiqueta (o chef já foi punk, é todo tatuado e não vai se importar, ok?) e coma essa deliciosa costela com as mãos. Super demais. Nem como (ou comia?) porco, mas não quis diminuir o universo de opções, por isso não apresentei nenhuma restrição alimentar (apesar de ter várias). Ainda bem, ainda bem.....estava perfeita, perfeita. A mandioquinha é a mesma da defumada pela qual me apaixonei, e aqui veio servida tipo batata palha. O garçom disse que a mandioca era feita à Brás, se não me engano é um cozimento brando e longo, mas não tenho certeza. Essa espuma não me agradou: nem sabor, nem textura.





E chegou a hora do queijo. Primeiro, puseram pratos quentes na mesa, um pra cada. De repente, se aproxima o garçom com uma panelinha apoiada numa mesa e começa a manipular com duas colheres uma massa branca de forma artesanal, tipo assim:



Foto do google imagens. Fiquei tão encantada que não dava pra desviar a atenção.

E em seguida, deixa cair uma porção no prato. É o Aligot: um purê de batata com queijo minas fresco e gruyére. Simples e delicioso. Aqui e aqui tem como fazer. Se fizer, me chama que eu digo se tá bom :)


A sobremesa foi torta de castanha do Pará com sorvete de whisky (Jack Daniels), com calda de chocolate com sal e pimenta, curry polvilhado no prato e rúcula. Interessantíssima, em todas as partes e em conjunto. Tudo junto é um explosão de sabores bastante curiosa. Separadamente, super destaque para o sorvete de whisky, que verdadeiramente tinha o sabor do destilado, e a rúcula, que baixava a poeira levantada pelo chocolate com pimenta e o whisky. 



Com certeza absoluta quero voltar pra comer à la carte. Difícil vai ser escolher qual dos pratos. Observando o vai vem durante a estadia, garanto que os pratos não são pequenos. O filet com aligot era uma pratada de respeito: a carne tipo um cone alto (que salivo só de lembrar) e a quantidade de aligot também era farta (e o aligot é um alimento pesado). Passou também um atum ao gergilim, do tipo tostadinho por fora e cru por dentro, numa apresentação tão linda e farta que nem sei. E ainda tem a tal da mandioquinha defumada com a raia pra tirar meu sono. Vou ter que voltar lá umas 20 vezes. Ainda bem que não é em Brasília, senão não sossegaria enquanto não resolvesse o problema. Por outro lado, a vontade de ir ao Aquavit tá latejando!


As fotos não estão tão boas por causa da meia luz do restaurante e a falta de flash no celular. Porém, se você procurar no google por esses pratos, encontrará lindas fotos profissionais e até algumas receitas.


Vale cada centavo! Fui feliz no antes, no durante e no depois. Minhas lembranças são da melhor categoria.


Beijocas. Vanessa

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ser pai

Pessoas,

hoje, em SP, eu recebi do Claudio (amigo pai recente da Clara) uma resposta no mínimo emociante à clássica pergunta 'e aí, como é?' sempre feita pela turma dos sem filhos humanos aos amigos pais. Ele disse: 'É estar amando.' . Agora eu entendi. O 'é muito bom' de sempre não me satisfazia. Muitas coisas são muito boas. Estar amando é mesmo especial.

Beijocas. Vanessa
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