sábado, 6 de fevereiro de 2016

Europa 2015 - uma geral e a aquela coisa linda chamada Edimburgo

Pessoas,

nós ainda existimos. Nós ainda não desistimos do blog.

Então. Ano passado, 2015, fomos pra Europa, entre setembro de outubro. Até já dei uma adiantada nesse post, falando sobre como manter a saúde financeira viajando para Europa em tempos de crise. 

Eu sempre gosto de registrar as razões que levam uma viagem a se materializar. Porque são tantos lugares e tantas opções, e tão pouco tempo, e dinheiro racionado, que até decidir pra onde ir leva um tempo, seja pra esperar uma boa oportunidade (preços, por exemplo), seja para decidir o que realmente queremos naquele momento. No caso dessa viagem, a culpa foi da Copa Mundial de Rugby.

Isso porque nos apaixonamos por rugby depois de ir à África do Sul, e tínhamos aquela sementinha plantada no coração de vontade de assistir alguma partida ao vivo. Um dia lá o Vinicius foi ver os preços de ingressos dos jogos e achou um com preço pagável (75 libras), em Cardiff, dia 02 de outubro de 2015, dos All Blacks. Eu disse: compra. Ele comprou. Daí, foi só ajustar um roteiro massa tendo essa referência :-)

Por fim, o roteiro saiu assim: 5 noites em Edimburgo, 7 noites na Irlanda (divididos entre Sul da Irlanda e Dublin), 2 noites em Cardiff, 6 noites no interior da Inglaterra (Cotwolds e Linconl) e 1 noite em Manchester, onde pegamos o voo de volta pra casa.

Bolacha querendo ir também.

De Edimburgo para Dublin fomos de avião com a companhia econômica Ryanair. Olha, uma beleza. Uma hora de voo, por 45 libras para os dois. Depois, de Dublin para Cardiff voamos de Flybe. Uma hora de voo, e custou 67 euros para os dois. 

Esses valores são para bilhetes sem direito a despachar mala. Só é permitido uma mala de bordo e uma bolsa de mão. Na porta do embarque tem um local pra você colocar sua mala e conferir se ela está nos limites permitidos. Caso não esteja, tem que pagar apenas 50 libras para despachá-la. E tinha lido em mil sites diferentes que eles realmente conferem todas e são super criteriosos com tudo!

No meu caso, quando cheguei ao aeroporto, antes de entrar na sala de embarque, quase morri quando vi que minha mala, apesar de pequena, não cabia no local de medir a bagagem por causa das rodinhas que impediam que ela entrasse toda lá no buraco! Sofri. sofri. Sofri. Me conformei em pagar as 50 libras. Na hora do embarque, ninguém mediu nada e eu embarquei tranquilamente. 

Isso aconteceu nos dois voos (Ryanair e Flybe) e eu fiquei impressionada. Porque ou foi muita sorte minha, ou eles não estão mais tão exigentes assim. Enfim. 

Alugamos carro em Dublin, para conhecer o interior da Irlanda (e já adianto que é maravilhoso!!!), e em Cardiff, para passear pelo interior da Inglaterra (outro local maravilhoso demais da conta! Imperdível) e o devolvemos em Manchester.

Edimburgo

Ô cidade linda! Muitas pedras, torres, kilts, cervejas, Harry Potter, guerreiros. Amei muito!

Do aeroporto têm vários ônibus que vão até o centro. Tem uns mais caros, menos demorados, e tem também linhas regulares, mais demoradas. Nós pegamos a linha 35 da Lothian Buses, que estava paradinho lá porta, parece que nos esperando. Custou 3 libras para os dois e a viagem dura 1 hora. Ele vai parando muito. Mas é confortável, tem wi-fi e dois andares. Já dá pra ir conhecendo a cidade.

Ficamos hospedados em um apartamento a uns 2 km do centro da cidade, esse aqui. Foi bem legal. O apartamento era confortável, camas gostosa, chuveiro forte, a cozinha bem equipada. Fica em New Town e tem vários bares, mercados, restaurantes, pontos de ônibus por perto. As fotos do link acima são bem fiéis. A gente gosta de caminhar, então a distancia não é um problema para nós. 

Vista da sala do ap.

Vista do quarto do ap.

Vista da cozinha do ap.

Na verdade, eu havia feito a reserva para outro apartamento, mas teve um problema de encanamento e nos transferiram pra esse. A empresa responsável pelos apartamentos é a Destination Edinburgh. Eu achei o atendimento deles meio capenga, não respondiam e-mail, não avisaram que iam mandar alguém para limpar o apartamento (eles fazem isso quando a reserva é de mais de 4 diárias, que foi nosso caso. Legal, mas avisa, porque eu levei um susto quando cheguei em casa e o apartamento tava "mexido" e, além disso, fiquei muito puta da vida porque a faxineira jogou fora todas as mil garrafas de cerveja que tínhamos tomado - as que tinham sido tomadas lá no ap, claro -  e eu estava juntando pra fazer uma foto bem linda). Fiquei numa raiva!

As fotos abaixo foram tiradas durante nossa caminhada do apartamento até o centro da cidade. Na verdade, era um passeio. Olha que cidade linda.











A Edimburgo moderna.

5 dias é mais que suficiente para Edimburgo. Na verdade, a programação original era passar um dia em Inverness, nas Highlands. Acabamos desistindo porque seria muito corrido, e caro. Os pacotes de bate e volta não atraíram porque ficaríamos muito tempo dentro de ônibus. E eram caros, tipo umas 80 libras por pessoa. Fica pra próxima. 

Daí, com tempo sobrando, nos fartamos de Edimburgo, o que foi ótimo. Além disso, estava rolando a Copa Mundial de Rugby, então todo dia tinha a parada no pub ou fanzone pra ver um jogo. Foi ótimo. Fizemos tudo que pudemos, e ainda rolava de fazer pausas pra rugby com cerveja. Teve dia que até tiramos soneca após o almoço. Quer luxo maior que esse? Eu só não entendo porque tenho que trabalhar e não posso viver disso (jogo+cerveja+soneca+passeios).

Na fanzone da Copa Mundial de Rugby com uma Guinness do tamanho que sempre deveria ser.

E também a Escócia é a terra da Brewdog, uma das nossas cervejarias preferidas. Então tinha que ter tempo de ir no pub na Brewdog e se jogar. Done.

Tem uma foto só. Mas fomos várias vezes.
Logo no nosso primeiro dia inteiro em Edimburgo, fizemos um walking tour com a Sandemans. É aquele esquema que você paga o que quiser ao final. Foi demais! Vale muito a pena, o guia estava vestido a caráter e era bem divertido. O tour parte da rua Royal Mile, o burburinho de Edimburgo. Anotem esse nome.

A primeira parada do tour foi no Assembly Hall, que abrigou o Paralamento Escocês entre 1999 e 2004. Prédio belíssimo.







Ah, aqui um detalhe. O inglês dos escoceses é bem difícil! não entendia bulhufas do que eles falavam, têm sotaque. Depois acabei de acostumando.

O tour é bem legal pra se ter uma boa visão geral da cidade, e se passa praticamente pela cidade toda. Edimburgo é bem pequena. Nos dias seguintes, e com sol, voltamos aos pontos que tínhamos gostado mais, tipo o cemitério.

Que lindeza aquele cemitério. Ou seria um parque?  Lá foi onde a JK Rowling passou boa parte dos dias em que escrevia Harry Potter e de onde tirou as inspirações para os nomes dos personagens. Para fãs como nós, foi demais ver os túmulos de Thomas Riddle, da professora McGonagall, Hermione.



E esse sofá rosa no meio do cemitério? Morri de amor.





Não dá pra falar do cemitério e não mencionar o Bobby, um cachorro bem famoso em Edimburgo por ficar 14 anos ao lado do túmulo do dono. Acabou que ele também foi enterrado lá e, ao lado da entrada do cemitério tem um pub com uma estátua do cachorrinho na frente. Foto obrigatória em Edimburgo.



O túmulo do Bobby.

Aproveitamos também os museus gratuitos da cidade. Um deleite! 

O Museu Nacional da Escócia tem de tudo que você pode imaginar, agrada crianças, adultos, nerds e não nerds. Vai sem medo.


Lá é onde estaria a Dolly, a ovelha clonada! Mas naqueles dias ela estava numa exposição da universidade. E nós fomos atrás dela. 

Tínhamos tempo e AMO ir em locais não turísticos. E foi muito legal entrar na universidade. Vinicius engenheiro tirou várias fotos das instalações e estações de estudos (?).
  

Fomos na Galeria Nacional da Escócia. Tem um acervo bacana e pintores conhecidos, como Botticelli, Rembrandt, Van Gogh. Não é grande, então dá pra ir tranquilo. O museu oferece tour gratuitos de hora em hora (eu acho). Fizemos um e foi bem legal. Bem do lado, tem  a Academia Real Escocesa. Legal também.

De graça, fomos também ao Parlamento (bem moderninho) e ao Museu da Moeda.

O Castelo de Edimburgo. Um ícone da cidade, situado no alto de um morro e proporciona vistas maravilhosa de vários pontos da cidade. Passeio pago (33 libras a entrada pros dois), mas daqueles obrigatórios. Foi bem legal. Tem vários museus lá dentro e coisinhas pra se ver. Tem uma apresentação que mostra um cara vestindo aquelas roupas de ferro de guerra. Tem degustação de whisky. Tem até tiro de canhão!!! É legal. Vá com tempo. E lá de cima a vista da cidade é linda!

Indo pro Castelo paramos num pub. Recarregar as energias.


A caminho do castelo, tinha uma noiva. Tinha uma noiva a caminho do castelo.











A prova cabal que cerveja é alimento!


Um lugar muito bacana de Edimburgo é a Calton Hill. É uma colina bem perto do centro da cidade. Lá em cima tem alguns monumentos históricos e dá pra ver um por do sol fantástico.


Aquele palácio á em baixo é o Holyroodhouse, casa da Rainha Elizabeth quando ela visita a Escócia. Custa umas 12 libras a entrada. Não fomos. E aquele morro lá na frente, com uma subida, é o Arthur's Seat, uma colina bem explorada pelos turistas também. Não fomos.




Eu iluminada pelo sol. Adoro essa foto.

Fomos até Dean Village. É um vilarejo um pouco afastado do centro, muito pitoresco, com um rio. Um local que é uma paz. Só descobri por causa do TripAdvisor.

Uma catedral maravilhosa no caminho para Dean Village,

A Escócia é cheia de casas peludas!



Nesse dia, aproveitamos para provar whisky. A bebida faz um sucesso danado na Escócia, né? Lá no centro, é cheio de "experiências do whisky" para turistas. Ma sé aquela coisa. Umas 30 libras por pessoas pra saber da história da bebida, como se faz, e 3 doses de prova no final. Desanimei total, porque não curto whisky. Daí, estando longe do centro, lá por Dean Village entramos num pub qualquer e dissemos pra moça que queríamos provar whiskys diferente.

Pois foi um tiro certeiro. Provamos dois tipos diferentes, cada dose custou umas 3 libras e ainda batemos um papo bacana com a canadense que nos atendeu, que tinha planos para se mudar pra Londres mas, depois de conhecer Edimburgo, concluiu que naquele reinado melhor lugar não há, e seu mudou pra lá.


Nesse dia, voltando para casa, passamos no Jardim Botânico, que era bem no meio do caminho e gratuito. Lindo, sereno, aquela coisa de jardim botânico. Pra quem tem tempo sobrando.

No caminho para o jardim botânico. É por isso que amo andar a pé.


Mais fotos da cidade. Olha que lindeza!









Edimburgo foi assim. Uma cidade muito muito linda.
Beijocas. Vanessa.